Depois de quatro anos do último disco inédito, “Pray For The Wicked”, a banda Panic! At The Disco lançou nesta sexta-feira (19) o sétimo álbum da carreira, intitulado “Viva Las Vengeance”. Liderado por Brendon Urie, o grupo já havia divulgado quatro canções antes do lançamento oficial: a faixa-título, “Middle of a Breakup”, “Local God” e “Don’t Let The Light Go Out”.
Com total de 12 faixas, o álbum começa com “Viva Las Vengeance”, que dá nome ao trabalho. A faixa, que também já ganhou videoclipe oficial, não foge muito do clássico Panic! At The Disco, com guitarra bem marcada e os vocais expansivos de Urie. É um bom começo para o disco, mostrando que não perderam sua essência entre um lançamento e outro.
Em seguida, vamos para “Middle of a Breakup”, que assim como o clipe, traz uns vocais com ar de nostalgia e é uma boa continuação da primeira faixa, com as mesmas guitarras marcadas.
Diminuindo um pouco o ritmo depois de dois singles bem enérgicos, temos “Don’t Let The Light Go Out”. A balada possui como destaque os arranjos vocais de Urie, com seus agudos impecáveis. Parece uma daquelas músicas de formatura norte-americana, que vemos em filmes de Hollywood, onde os casais dançam juntinhos no final.
“Local God” é a próxima da lista e fala sobre a rápida ascensão da banda, que fez sucesso logo com o primeiro disco da carreira, “A Fever You Can’t Sweat Out”. A canção também faz menção ao sucesso na cidade local do grupo, Las Vegas, que também é referenciada na faixa-título.
Seguindo, temos “Star Spangled Banger”, novamente com um estilo nostálgico, lembrando o rock dos anos 70/80 com seu coro, batidas e os versos rápidos de Brendon. O tema dos desajustados na letra também lembra filmes como “Clube dos Cinco” e “Curtindo a Vida Adoidado”.
“God Killed Rock and Roll” traz de volta a combinação de voz e piano que gostamos tanto no Panic! At The Disco, mas com a adição de solos de guitarra e coro para dar um tom de grandiosidade à música, a la “Bohemian Rhapsody”. A sétima faixa se chama “Say It Louder” e é uma das que a guitarra de Butch Walker mais se destaca, assim como a temática dos desajustados que aparece novamente.
Até agora, o som de nostalgia parecia apenas uma feliz coincidência, até ler uma declaração do líder da banda que o disco realmente é um olhar para o Brendon Urie adolescente, 17 anos atrás. Tudo então fez sentido. As gravações foram feitas ao vivo em fita, com os produtores Jake Sinclair e Mike Viola.
Continuando, “Sugar Soaker” já começa com uma vibe mais rockeira e guitarras mais pesadas. Eu diria que é uma ótima candidata a single, seguindo os exemplos de “Viva Las Vengeance” e “Middle of a Breakup”. O refrão é o ponto forte da música, daqueles de grudar na cabeça depois da primeira ouvida.
“Something About Maggie” segue o mesmo estilo da canção anterior, com refrão marcante e o coro em destaque, dando um ar de música dos anos 80. Gostei muito dos arranjos desta música no geral.
Sem perceber, você já chega na próxima música, “Sad Clown”. Os vocais agudos de Urie estão como nunca, sendo destaque na faixa. Energética, a canção chega até a ser meio bagunçada com tantas informações presentes e simultâneas.
A penúltima faixa, “All By Yourself”, é uma das poucas baladas do álbum, sem deixar o lado grandioso do Panic! At The Disco de lado. Para finalizar, temos “Do It To Death” com o combo nostalgia, guitarras marcadíssimas e vocal afiado de Brendon Urie, características que permeiam o álbum como um todo.
No geral, não diria que é o melhor álbum do Panic! At The Disco, principalmente depois de termos hits tão incríveis como “High Hopes”, “Victorius”, “Death of a Bachelor”, entre tantos outros. É um disco que traz a essência da banda, com vocais impressionantes e solos de guitarras em destaque, mas também com músicas parecidas umas com as outras, o que pode ser difícil para fazê-las brilharem separadamente. Por outro lado, vemos que o disco realmente segue um tema e uma estética, o que pode agradar a muitos.
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