Resenha: “Wilder Mind” (2015) – Mumford & Sons

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Quando você pensa em Mumford & Sons o que vem em sua cabeça? Porque se você pensa em banjos, folk tradicional e toda aquela coisa que nos conquistaram, eu sinto dizer que em “Wilder Mind”, lançado no dia 04 de maio de 2015, nós damos adeus a uma era, e recebemos a banda com um novo estilo.

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Há quem diga que essa mudança faz com que se perca toda a identidade do grupo, e outros que acreditam ter acontecido no momento ideal, já que o conhecido som estava começando a se desgastar em meio à alguns artistas novos que seguiam pelo mesmo caminho. O que podemos ver nesse primeiro trabalho depois de um hiatus da banda, são guitarras, uma pegada mais urbana e músicas muito bem arranjadas.

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O álbum é aberto por “Tompkins Square Park” uma música que traz um pouco de guitarra e teclado na sua introdução, que para alguns, lembra o Coldplay, e vai se desenvolvendo com um pouco de baixo e uma bateria marcada. É essa música que nos prepara para o que vem por aí. “Believe” vem na sequência, e foi um dos singles do disco. É uma música, que para mim, continua nessa vibe do Coldplay, mas é mais impactante que a primeira. “The Wolf” é uma música que confirma o que Marcus Mumford disse quando comentou que a banda havia se apaixonado novamente pela bateria. A faixa também foi lançada como single tem aquela aura dos anos oitenta com um bom pop/rock, e de acordo com Ted Dwane, o baixista do grupo, a canção é produto de um jamming.

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“Wilder Mind” é a faixa título do disco e começa a ir por um caminho diferente. A bateria soa quase como um metrônomo , tem uma vibe que dá vontade de dançar e evoca a atmosfera das duas cidades em que o álbum foi gravado: Nova York e Londres. “Just Smoke” traz um pouco de nostalgia. Isso, porque ela lembra os velhos tempos, mas agora sem ser na forma acústica. Seu refrão explosivo, com certeza, faz diferença. “Monster” é aquela faixa fácil de ser esquecida. Ted Dwane comentou que ela foi uma canção fácil de fazer, e pela sua melodia, podemos perceber que a impressão é de que ela realmente não teve lá tanta atenção. Mas a sua letra, por outro lado, é até interessante. “Snake Eyes” começa de forma tranquila, um tanto quanto quieta e cresce com poder no seu refrão. É uma faixa que chama a atenção por seu lado mais obscuro e por um baixo melódico.

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“Broad-Shouldered Beasts” sai um pouco do modelo que vínhamos escutando durante o disco (e que acabou ficando um pouco cansativo), traz um arranjo de cordas, faz referência à Manhattan e também traz um pouco do velho Mumford & Sons que conhecemos. Vale ressaltar que os vocais do Marcus estão maravilhosos. “Cold Arms” dá uma parada no álbum, e se apresenta como uma balada com violão, melancólica sobre términos e relacionamentos. Dá a impressão de que está perdida no meio da tracklist, mas é uma boa música. “Ditmas” volta com a bateria, mas com uma mistura do eletrônico. A música anima, tem uma boa guitarra no refrão e tem ponto positivo pela sua letra. “Only Love” começa como se fosse uma sequência da anterior, e traz mais um pouco do que já vimos no álbum todo. Dá até para falar que ela engloba tudo sobre a sonoridade do disco. Silêncio, guitarras e baterias que vão crescendo com a música. Quando “Hot Gates” chega para finalizar o álbum, é quando você começa a se acostumar com o som, e até fica com um gostinho de quero mais. Vai crescendo de forma lenta e se reafirma em ser uma boa escolha para encerrar esse ciclo.

Tracklist:

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1. Tompkins Square Park
2. Believe
3. The Wolf
4. Wilder Mind
5. Just Smoke
6. Monster
7. Snake Eyes
8. Broad-Shouldered Beasts
9. Cold Arms
10. Ditmas
11. Only Love
12. Hot Gates

Nota: 8

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Andressa Oliveira
Andressa Oliveira
Metade campograndense, metade paulistana, jornalista e apaixonada por música. Escreve para o Nação da Música desde 2012, estuda música desde pequena, é obcecada por reality shows musicais, odeia atender telefone, mas não vive sem seu celular. Seriados, livros e comida também não podem faltar em sua vida.