Lollapalooza Brasil 2018: saiba como foram os três dias do festival

lollapalooza 2018 brasilA sétima edição do Lollapalooza Brasil aconteceu de 23 a 25 de março e reuniu 300 mil pessoas nos três dias de festival – segundo a produção, foi o maior de todos os tempos! Com uma estrutura que contou com quatro palcos, área de lazer, gastronômica e várias ativações de marca, certamente 2018 foi um ano memorável para o evento.

Já começou a bater a saudade do Lollapalooza Brasil? Bom, pra quem estava lá (e também para quem não conseguiu comparecer), vem ler um resumão que nós, da Nação da Música, fizemos sobre o festival:

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Shows

Com mais de 70 atrações em sua programação, é preciso ressaltar a presença de algumas bandas e artistas que fizeram bonito – e ainda comentar sobre alguns que deixaram a desejar de acordo com a expectativa da galera.

Durante o primeiro dia, o Oh Wonder rendeu boas energias para o palco Axe. A dupla acertou no carisma e não deixou de interagir com os fãs, inclusive arriscaram algumas palavras (e até frases) em português! O brasileiro Rincon Sapiência também brilhou; o rapper paulista protestou contra a violência nas favelas, mencionou os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro e chamou IZA para cantar com ele.

Outros momentos de sucesso da sexta aconteceram nos shows de Zara Larsson, palco Axe, e Chance The Rapper, palco Budweiser. Zara é dona de hits como ‘Never Forget You’ e ‘Lush Life’, e vale ressaltar a comovente homenagem de Larsson à Marielle Franco, a artista dedicou ‘Symphony’ para ela. Já Chance deixou todos atentos para sua performance que dominou o principal palco do evento. O rapper é conhecido por se inspirar na música gospel para criar seu hip-hop autêntico e de forte personalidade. O setlist contou com cover de ‘Ultraight Beam’ do Kanye West e a maioria das músicas do álbum ‘Coloring Book’, de 2016.

De outro lado, é preciso falar sobre o show do Red Hot Chili Peppers – que por sinal, era a atração mais aguardada da noite. Anthony e sua turma exibiram uma boa performance, sem dúvida alguma, mas a apresentação não teve espontaneidade, foi mais do mesmo (e não que isso seja ruim, apenas não houveram surpresas). Os pontos altos da noite ficaram por conta de ‘Can’t Stop’, ‘By The Way’, ‘Give It Away’ e um cover majestoso de ‘Menina Mulher da Pele Preta’ de Jorge Ben Jor.

A tarde de sábado começou animada com o Ego Kill Talent, o grupo trouxe Bob BurnQuist para cantar junto e fez uma apresentação de peso que merece reconhecimento. O palco Perry reuniu muitos jovens para aclamar a música de Mac Miller; o cantor foi de ‘Dang!’, do novo disco, a conhecidas como ‘100 Grandkids’ e ‘Loud’. No início de ‘Donald Trump’, o artista ressaltou que nunca imaginou que o político viraria presidente dos Estados Unidos e pediu para todos gritarem ‘Fuck Donald Trump’.

Os gringos do Imagine Dragons marcaram presença no palco Onix com hits como ‘Believer’, ‘Radioactive’ e ‘Thunder’, e acredite, estava difícil achar um lugar para assistir ao show tamanha era a multidão de pessoas. Aliás, o som deixou a desejar, já que quem estava muito atrás não conseguia ouvir praticamente nada, uma pena. Pearl Jam entrou para encerrar a noite do palco Budweiser com maestria, a banda foi longe com cerca de 2 horas e meia de um setlist recheado de sucessos, entre eles, ‘Jeremy’, ‘Better Man’, ‘Sirens’, ‘Black’. Em determinado momento, Vedder até chamou Perry, responsável pela criação do Lollapalooza, para se juntar e cantar ‘Mountain Song’, canção de seu grupo Jane’s Addiction – a participação foi uma homenagem para o mesmo, já que seu aniversário estava chegando. Rolou até um ‘parabéns pra você’!

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No último dia de festival, nomes como Milky Chance e The Neighbourhood conquistaram o prêmio de bandas incríveis para descrever uma ‘vibe Lollapalooza’. A música melódica de ambos e o dia bonito foram pontos fortes para quem gosta de assistir shows sentado em uma canga.

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A brasileira Mahmundi surpreendeu com sua presença de palco em conjunto com sua banda. Além de hits como ‘Eterno Verão’ e ‘Azul’, a cantora incluiu no repertório uma bela versão de ‘Olhos Coloridos’, de Sandra de Sá.

Liam Gallagher saiu um pouco da sua pose de marrento e fez um espetáculo incrível para quem gosta de Oasis e aprecia suas composições solo, inclusive interagiu diversas vezes com a plateia. A musa teen, Lana Del Rey, ressurgiu da sua fase ‘queria estar morta’ e apostou em uma performance mais solta e carismática. A norte-americana levou o público ao delírio, beijou fã e sensualizou! Nada mal para um show que tem a fama de ser ‘ótimo para dormir’.

É preciso decorrer um parágrafo inteiro sobre a apresentação do The Killers, uma das atrações principais do domingo. Brandon Flowers e sua banda estariam em uma de suas melhores fases ou o carisma, personalidade e devoção à música são figurinhas carimbadas do grupo? Apostamos na segunda opção. Um público generoso se postou frente ao palco Budweiser para conferir de perto uma das bandas mais aclamadas do indie rock. Para quem acha que apenas os clássicos fizeram os fãs cantarem, se enganou. Os refrões de ‘Run For Cover’ e ‘Runaways’ animaram a galera, mas claro, os ápices do show aconteceram durante hinos como ‘Somebody Told Me’, ‘Smile Like You Mean It’ e ‘Human’. Flowers inclusive abriu o coração para a multidão durante o desfecho, ‘às vezes a vida é difícil e coisas duras acontecem, mas pode ser que não’ e foi assim que o público foi aos berros com ‘Mr. Brightside’. Logo em seguida, os fogos anunciavam que o Lollapalooza Brasil 2018 estava chegando ao fim.

Serviços e estrutura do festival

A sexta edição do evento, que aconteceu em 2017, deixou um aviso: é preciso dar maior atenção ao tempo que o público gasta nas filas, isso porque este foi um dos maiores problemas de serviço do festival. O ano de 2018 trouxe boas novas para o Lollapalooza Brasil! Muitos vendedores ambulantes, bares acessíveis e caixas com atendentes ágeis, e claro, as filas aconteceram, mas era possível se deslocar para um bar próximo e garantir a cerveja gelada ou comida tranquilamente. No geral, apenas o preço elevado da cerveja (que já é um clássico), deixa a desejar.

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As ativações do evento são sempre uma surpresa agradável. Desta vez, rolou roda-gigante, kamikaze, escorregador, touro mecânico e espaços interativos das marcas – quem chegou cedo conseguiu aproveitar aos montes

E ai, quem saiu mais do que feliz com os momentos que viveu no festival? Certamente a oitava edição do Lollapalooza Brasil já está sendo aguardada, rs.

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Juliane Romanini
Juliane Romanini
Passo a maior parte do tempo escrevendo, procurando por bandas novas, lendo de tudo um pouco, destruindo umas paranoias da minha cabeça e assistindo tudo que vejo pela frente na Netflix. E por favor, make emo great again.