Em 17 de fevereiro de 2020, o Sepultura lançou o álbum Quadra, um dos trabalhos mais elogiados do grupo brasileiro nos últimos anos. No entanto, a frustração veio na sequência: com a paralisação total dos shows por causa da pandemia do coronavírus, as músicas do disco nunca puderam ser apresentadas ao vivo.
Passaram-se dois anos até que, com os shows retornando devido à flexibilização e à vacinação contra a covid-19, o guitarrista Andreas Kisser, o baixista Paulo Jr., o vocalista Derrick Green e o baterista Eloy Casagrande pudessem sentir o gosto de tocar as faixas de Quadra para os fãs de São Paulo, feito realizado em show na Audio nesta noite de domingo (20).
“Estamos esperando por esse momento faz dois anos”, celebrou Andreas Kisser feliz da vida logo no início do concerto. Nem o tornozelo quebrado de Derrick Green fez com que a banda perdesse a empolgação – o cantor se apresentou com uma bota imobilizadora apoiada em uma muleta. “Derrick está com uma perna mecânica hoje, mas ele veio fazer o show, p*rra”, exclamou o guitarrista.
Como era esperado, o setlist deu preferência às músicas elaboradas e matemáticas de Quadra. Faixas como “Isolation”, “Means to an End”, “Capital Enslavement” e “Guardians of Earth” casaram muito bem com as do álbum anterior, Machine Messiah (2017), também tocadas no show.
Durante a instrumental “The Pentagram”, quem se destacou foi o jovem baterista Eloy Casagrande. A composição é perfeita para o instrumentista mostrar seus dotes nas baquetas fazendo com que a faixa se torne praticamente um workshop de bateria.
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“Essa música é muito difícil de tocar. A gente sofre, mas a gente também curte muito tocar ela”, pontuou Andreas Kisser ao microfone antes de executá-la.
Não houve muito espaço para as canções mais antigas da fase dos irmãos e fundadores do grupo, Max e Igor Cavalera – o que talvez não tenha agradado boa parte dos fãs presentes. O repertório foi mais focado na fase de Derrick Green, que já conta com 25 anos de banda.
Todavia, os clássicos não deixaram de aparecer no setlist – e nem poderiam faltar. Os refrões de “Territory”, “Arise”, “Refuse/Resist”, “Ratamahatta” e “Roots Bloody Roots” fizeram com que os pulmões dos fãs “explodissem” de tanto cantarem.
A partir de março, o Sepultura segue para uma extensa turnê norte-americana, e em junho vai para a Europa participar dos festivais Download Festival (Inglaterra), Hellfest (França), Ressurection Fest (Espanha), entre muitos outros. Mas, foi na Audio, em São Paulo, que o grupo matou a sede de palco criada pela pandemia.
Texto por: Itaici Brunetti
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