Em 10 de julho de 2000, o ano que marcou a virada do milênio, a então jovem banda britânica Coldplay lançou “Parachutes”, o disco de estreia que literalmente os mostrou para o mundo.
Depois de produzirem de forma independente o EP “Safety” em 1998 – criado especificamente para ser apresentado como uma demo para gravadoras – Chris Martin, Jonny Buckland, Guy Berryman e Will Champion liberaram por meio da Fierce Panda Records no ano seguinte mais um pequeno conjunto de canções, o “Brothers & Sisters”.
O lançamento os levou a assinar um contrato com a gravadora Parlophone ainda no início de 1999 e a então distribuição de mais um EP, “The Blue Room”, que tinha entre as canções da sua tracklist as faixas “Don’t Panic” e “High Speed” – ambas entrariam no ano seguinte no bem sucedido primeiro álbum da banda, “Parachutes”.
Criado durante o inverno e o início da primavera do hemisfério norte em 2000, praticamente todo o disco foi produzido pelo produtor britânico Ken Nelson. Ele se uniu a Chris Martin e companhia em um momento crítico do desenvolvimento do trabalho, quando grande parte do orçamento disponível já havia sido gasto e o grupo não conseguia se alinhar com nenhum outro profissional.
Dan Keeling, então responsável pela área de pesquisa de talentos da Parlophone e quem levou o Coldplay para a gravadora, explicou para o jornal The Independent: “Era aquela coisa clássica de tentar demais… sentir a pressão. Como qualquer coisa na vida – era preciso relaxar. E eles não estavam relaxados. Nós havíamos estado em estúdio com outro produtor e ele saiu do projeto logo no primeiro dia de pré-produção.”
Apesar dos problemas iniciais, o trabalho engatou e deu origem a um conjunto de 10 canções, inspiradas em bandas como o Radiohead, a escocesa Travis e o músico Jeff Buckley. Entre elas, foram escolhidas como single “Shiver”, “Yellow”, “Trouble” e uma nova versão da então já conhecida “Don’t Panic”.
Segundo a revista NME, há uma lenda de que a segunda, que até os dias de hoje é um dos maiores sucessos do Coldplay, surgiu em uma noite em que Martin ficou encantado com as estrelas do lado de fora do estúdio. Já na sala de gravação, a ideia de usar a palavra ‘amarelo’ veio das páginas de uma lista telefônica, encontrada por ele quando sentiu a falta de uma peça chave para a composição.
Nas palavras do produtor Ken Nelson, “Yellow” nasceu assim: “Chris chegou com uma nova música. Ele gostava de tocar coisas logo no início [do processo de escrita]. Ele tinha alguns acordes de abertura, a primeira linha da letra. Foi bem engraçado: ele estava tocando em um violão e cantando, tentando soar como Neil Young.”
A canção foi indicada na categoria “Melhor Performance de Rock por um Duo ou Grupo com Vocal” na 44ª cerimônia do Grammy Awards em 2002. Apesar de não levar o gramofone dourado com ela, o Coldplay teve “Parachutes” coroado como “Melhor Álbum de Música Alternativa” na ocasião.
Sucesso comercial e de crítica, o material chegou ao topo da parada de álbuns do Reino Unido, atingiu a posição #51 da Billboard 200 nos Estados Unidos e foi ainda celebrado como o “Melhor Álbum Britânico” no Brit Awards em 2001. Nada mal para um primeiro disco, não? – assista aqui aos recém-lançados clipes remasterizados de “Parachutes”.
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