No início dos anos 2000, Cameron Crowe decidiu transformar as memórias da turnê em que acompanhou o Led Zeppelin para a revista Rolling Stone, em um longa-metragem. À princípio, o título escolhido foi “Untitled” (‘sem título’ em tradução livre) porém, o estúdio não aceitou e o nome acabou sendo “Quase Famosos”. A versão de cortes do diretor acabou ficando com o primeiro título.
No filme, William Miller (Patrick Fugit) é um adolescente prodígio que quer ser jornalista, mas tem uma vida bastante regrada e controlada pela sua mãe, Elaine (Frances McDormand). O jovem conhece seu ídolo Lester Bangs (Phillip Seymour Hoffman) com quem tem uma longa conversa e de quem recebe o conselho “seja honesto e impiedoso”. A partir daí, vemos a caminhada tortuosa de Miller pela trilha que o ajudará (ou não) a alcançar seu objetivo.
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O crítico Lester Bangs existiu na vida real e foi escritor tanto da Rolling Stone quanto da revista Creem, como citado no longa, também. Ele é o único personagem que tem a sua existência confirmada, os outros são meramente “inspirados em pessoas reais”, como Penny Lane (Kate Hudson) que dizem ter sido inspirada em duas mulheres; Bebe Buell e Pennie Lane, ambas tiveram envolvimento com rockstars na época.
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Mas, chega de curiosidades acerca de personagens e vamos falar sobre o que interessa: a trilha sonora! A versão completa é composta por músicas da banda fictícia Stillwater, que dizem foram em parte escritas pelo diretor, em parceria com sua esposa na época, Nancy Wilson e outros por artistas como Peter Frampton (Humble Pie, The Herd). Canções bastante conhecidas pelo público, como “That’s The Way” do Led Zeppelin, “Paranoid” do Black Sabbath, “I’m Waiting For The Man” do David Bowie, entre milhares de outras também embalam as 2 horas de filme (quase 3h, se você assistir a versão do diretor).
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Quando Jeff Bebe (Jason Lee), Billy Crudup (Russell Hammond) e companhia descobrem que aparecerão na capa da revista Rolling Stone, eles cantam um trecho de “The Cover of the Rolling Stone”, da banda Dr. Hook & the Medicine Show. Perto do final, quando toda a banda está dentro de um avião, Russell Hammond canta “Peggy Sue”, do Buddy Holly. O momento para a aparição da música é um tanto quanto curioso devido ao fato de Holly morreu num acidente aéreo.
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Um dos momentos mais icônicos da trama acontece dentro do ônibus da turnê, após Hammond usar drogas e se autointitular um “Deus dourado” durante uma festa com fãs. Os laços entre os membros da banda estão abalados, mas no momento em que “Tiny Dancer”, do Elton John, começa a tocar no rádio, todos cantam juntos. Cameron falou um pouco sobre essa gravação à Rolling Stone, na comemoração de 20 anos do lançamento do longa:
“É uma daquelas situações em que você apenas sente. Quando eles começaram a cantar juntos, foi como uma força física e dava para sentir todas as relações naquele ponto único. Billy estava lá na frente, um pouco introspectivo, enquanto eles cantavam e é impossível não pensar: ‘Esse é o filme! Isso é tudo!'”, revelou. Além disso, ele também contou que a memorável fala “Você está em casa”, dita por Kate no final dessa cena, foi uma improvisação da atriz.
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Os vinis que vemos na introdução da trama pertencem à Crowe e foram guardados por ele ao longo dos anos. Apesar do Pink Floyd não ter entrado na seleção de faixas que embalam a trama e nem ser mencionado diretamente, é possível ver rapidamente a capa de “Dark Side of the Moon” em uma das primeiras cenas que William tem sozinho com Penny.
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Diversas cenas do filme são baseadas em acontecimentos reais. Por exemplo, a cena em que vemos o público no primeiro show do Stillwater mostrado no filme, é baseada na capa do disco “Time Fades Away”, do Neil Young. A camisa que gera um dos primeiros confrontos que vemos na tela entre Jeff e Russel foi baseada no disco do Bad Company, “Burnin’ Sky”, de 1977. A cena na qual vemos William sendo puxado pela banda em seu ritual pré-show foi baseada num acontecimento nos bastidores do Lollapalooza, no qual Eddie Vedder puxou Crowe na amontoação do Pearl Jam.
Nas premiações de 2001, o filme levou pra casa “Melhor Roteiro Original”, desbancando o grande vencedor daquele ano “Gladiador”, do diretor Ridley Scott. A história foi diferente no BAFTA. Lá, o longa-metragem garantiu as estatuetas de “Melhor Diretor”, para Cameron Crowe e “Sonoplastia”, ganhando do musical “Billy Elliott”, de Stephen Daldry.
Como de costume, o trailer está depois rodapé, junto com a playlist completa que montamos para você!
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