#VCnaNM: Victoria Siqueira relata o show do Muse e fala sobre sua experiência no LollaBR

A Publicitária, Victoria Siqueira de 28 anos, acompanhou os dois dias do festival e deu um depoimento sobre o show do Muse no Lollapalooza Brasil 2014. Confira:

“Não sou uma obcecada pelo Muse como sou com outras bandas como o The Killers e o Garbage, mas confesso que sou uma grande admiradora do trio há um bom tempo e certamente figura entre as minhas 7 bandas do coração. Minha única oportunidade de ver a banda ao vivo, até então, foi na abertura do 360° Tour do U2, em São Paulo. Diga-se de passagem, na ocasião, comprei mais pelo Muse do que por Bono Vox e Cia. Por isso, quando a banda confirmou a presença na edição 2014 no Lollapalooza, não pensei duas vezes e garanti meu Lollapass. O mesmo aconteceu quando anunciaram que eles seriam uma das atrações dos sideshows. Uma pena que esse, que era o mais aguardado por mim, não aconteceu L.

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Confesso que cheguei no Autódromo tensa e com medo de que, a qualquer momento, fosse anunciado o cancelamento do show. Só sosseguei quando o trio, enfim, subiu em palcos paulistas.  De cara, a banda mostrou ao que veio abrindo o show de 1h30 com “New Born” do álbum  Origin of Symmetry (2001), surpreendendo principalmente os fãs veteranos da banda, que completa 2 décadas de existência em 2014. Outra surpresa veio pouco depois, com uma épica homenagem aos 20 anos da morte de Kurt Cobain. O cover de “Lithium”, um dos grandes hits do Nirvana, fez com que fãs de todas as idades pulassem e cantassem a plenos pulmões. Eu, que também curto bastante Nirvana, fiquei aos prantos. (Vídeo no final)

Era visível que Matt estava longe de sua melhor forma, ao menos no quesito voz.  . “Eu perdi a voz”, disse Bellamy em um momento do show. Em “Starlight”, um dos momentos mais aguardados do show, o público respondeu ao pedido do vocalista, entoando um coro de mais de 80 mil vozes emocionante. O mesmo fato se repetiu em “Madness”. Certamente, dois dos maiores pontos altos da noite.

 Por outro lado, mostrou que dá um verdadeiro show de guitarra. O mesmo vale para Dom e Chris, que arrebentaram e mostraram o porque formam uma das melhores bandas de rock alternativo da atualidade.

Hits como “Supremassive Black Hole”, “Feeling Good” e “Muscule Museum” ficaram de fora por conta da laringite de Matt, frustrando boa parte do público. Em compensação, “Knights of Cydonia” fechou com chave de ouro a performance que começou cheia de incertezas mas com uma conclusão: a de porque Bellamy é considerado um dos maiores frontmen da música.  

Prova disso: quantas pessoas subiriam num palco, para se apresentar para mais de 80 mil pessoas, com limitações vocais e muita, mais muita dor (coisa que só quem teve laringite sabe o que é)? Ainda que com as expectativas não alcançadas, não posso negar que a banda ganhou ainda mais pontos no meu coração pela consideração e respeito que eles tiveram pelos fãs, que aguardaram ansiosamente por este dia.  Valeu cada minuto da espera. “

Assim como no depoimento de Vinicius Machado, Victoria fez duras críticas a organização do festival: “Sou super entusiasta de festivais e acostumada a ir em shows de grande porte, por isso, além de estar acostumada com os perrengues, sou bem tolerante com relação aos problemas. Porém, desta vez, alguns fatos me incomodaram bastante.

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Muitas bandas que eu queria ver tocando no mesmo horário ou com um intervalo ridículo de 5 minutos entre elas – e, pelo menos, 600m de caminhada com muitos obstáculos entre eles. Não reclamo pela distância, mas pelo tempo – como vou atravessar um mar de gente em apenas 5 minutos? Acredito que se houvesse um intervalo um pouco maior, de 15 ou 20 minutos, este problema seria amenizado.

O quesito transporte também me incomodou. Muito se falou sobre o trem, mas pouco falou–se sobre o translado oficial e sobre as linhas de ônibus que passavam na região. Fiquei sabendo disso por conta de amigos que conseguiram fugir do caos na hora de ir embora no sábado, que também descobriram por acaso. 

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Por outro lado, a estrutura do evento estava ótima. Muitas coisas para fazer (até demais, eu diria) e uma visão excelente em todos os pontos dos palcos.

Espero que na próxima edição, estes problemas sejam corrigidos e que possam oferecer um maior conforto (na medida do possível, afinal estamos falando de festivais!) para o público.”

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Redação
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