Depois de crescer com o grande sucesso de “Pesadão”, IZA lançou “Dona de Mim”, o seu primeiro álbum de estúdio.
E como disco de estreia, o que esperamos é ver mais profundamente o estilo musical da cantora e isso é bem trabalhado. São vários gêneros juntos, um pop com mistura de R&B, hip hop, uma influência de ritmos africanos e até jazz.
São 14 faixas, sendo seis delas com colaborações: as já conhecidas “Ginga”, com Rincon Sapiência, que abre o disco, e “Pesadão”, com Marcelo Falcão. Não à toa elas foram escolhidas como single, ambas têm refrãos marcantes e as participações foram bem utilizadas.
Além delas, há “Bateu”, com Ruxell, “Corda Bamba, com Ivete Sangalo, “Rebola”, com Carlinhos Brown e Gloria Groove, e “É noix”, com Thiaguinho. Essas duas últimas poderiam ser melhores aproveitadas, apesar de também serem boas músicas. Em “Rebola”, a ideia de colocar mais dois artistas faz com que eles participem pouco tempo, não dando muito destaque para cada um deles. Já em “É Noix”, o estilo favorece mais o Thiaguinho do que a própria cantora.
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Entre as faixas cantadas apenas pela IZA, valem destacar “Saudade Daquilo”, “Dona de Mim” e “No Ponto”. A primeira dessas tem um estilo mais sensual, tanto na voz quanto na letra. Já a segunda, foi a melhor escolha para faixa-título, tem um ritmo bem puxado para o pop e fala justamente sobre essa independência da cantora, é uma candidata forte a virar single. E a “No Ponto” é uma faixa alternativa no disco, é bem interessante, mas pode dividir um pouco o público. Ela tem uma levada de jazz, bem estilo americano, mostra bastante o talento da artista.
“Você Não Vive Sem” é uma outra canção que foge um pouco do estilo predominante no disco, um ritmo mais acústico e, novamente, a qualidade vocal da IZA é destacada.
O álbum, no geral, é muito bom e foi uma ótima estreia. A mistura de gêneros musicais é interessante, prende quem está ouvindo, e trazer outros cantores para participar também atrai novas pessoas para conhecer seu trabalho.
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