Lançado na última sexta-feira (17), “Audaz” é o quarto álbum de estúdio de Filipe Ret. Além disso, ele fecha a trilogia iniciada por “Vivaz” e seguido por “Revel”.
O disco é composto de diversas parcerias, passando por diferentes temáticas com e variando batidas mais fortes e outras mais tranquilas.
A música “Aquele Menino” é feita com Rick Beatz e MC Deise. A colaboração ficou boa especialmente pela participação feminina no refrão que mudou bem o estilo. Os vocais vêm de uma maneira acelerada e grave, quando ela entra fica mais melódico, a combinação ficou interessante.
Com Dallass, “Retiavéliko” inicia de um jeito mais denso, seu primeiro verso é cantado mais agressivamente do que na canção anterior. O refrão, por sua vez, é bem repetitivo, intercalando frases curtas e o nome da música.
Novamente com Rick Beatz, “Santo Forte” já tinha sido lançada com single e é a principal do novo trabalho de Fliipe Ret. Aqui já há uma crítica social maior com versos que buscam o enfrentamento como “A caneta de um safado do governo mata mais que um fuzil”. A letra é outra que fica bastante na cabeça.
“Tedebeeme” é a faixa com mais colaborações. Além de Dallas, que já havia aparecido, estão nela Mãolee, Thiago Anezzi e Pan Mikelan. Nesta já não há tanta crítica, a letra enaltece mais os rappers e traz momentos breves de ostentação.
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“Gonê” é uma música interessante. Quando se ouve pela primeira vez pode não entender muito, mas depois nota-se que ela é cantada com as sílabas alternadas. É uma boa alternativa e realmente fica diferente. Claro que para entender o que ele canta é necessária a letra ao lado para acompanhar, mas pela autenticidade ficou ótimo.
Com uma batida mais intensa, “Vivendo Avançado” conta com BK, Mc TH e Rick Beatz. Os versos feitos pelo Filipe Ret são em seu estilo, bem acelerado com efeitos na voz. O refrão é outro que é bem cativante. Na parte do BK, o vocal é mais cru fica apenas com a batida ao fundo e é cantão de um jeito mais grave, o que combinou bem.
“Paradoxo Mítico” traz como parceria Flora Matos e Mãolee. A participação da rapper faz o bom contraste entre os vocais masculinos e femininos, ainda mais que ela aparece em um verso inteiro intercalado com os refrãos. Ela é mais um acerto dentro do disco.
Um grito pela legalização, “Maconha” tem como grande colaboração Marcelo D2, que junto com Planet Hemp fez diversas músicas sobre o assunto. A música tem um ritmo mais lento e, até para passar melhor a mensagem, o vocal é mais arrastado. A letra não chega a falar dos impactos sociais da criminalização, foca mais na droga em si. Ela é boa e quebra um pouco o ritmo do disco.
No primeiro rap romântico do álbum, “Louco Pra Voltar” conta novamente com Dallass. Ela é praticamente uma declaração e fala sobre o reencontro de um casal que está longe um do outro. Bem detalhada, a canção tem um apelo sensual maior, seu ritmo lento também vai para o mesmo sentido.
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“Faça Você Mesmo” é uma música que conta um pouco da trajetória de Filipe Ret e sobre ele mesmo. Ela canta a respeito de sua juventude, relembra o álbum “Vivaz” e também a gravadora Tudubom Records. Pelo teor biográfico, ela é bem interessante e é muito boa.
“A.N.A.R.C.O.S.” traz novamente Rick Beatz como colaborador. Ela inicia já de um jeito diferente, com um sample do funk “Cheiro de Pneu Queimado” e a primeira parte é mais agressiva, com críticas sociais e políticas. O refrão se repete mais vezes do que o normal durante a música, o que faz com que ela seja bem envolvente.
Em “A Libertina”, o estilo já fica um pouco mais dançante, em determinados momentos nota-se até algumas semelhanças com reggaeton, mudando bem o que foi apresentado até então. Mãolee é a parceria na faixa de novo, combinação que já havia mostrado resultados anteriormente.
Fechando o disco com a mesma colaboração da faixa que a antecede, “Abençoado” é a maior do disco e na letra é o rapper falando um pouco dele mesmo e das coisas boas que existem em sua vida. Foi uma boa escolha como canção de encerramento.
A opção por colocar diversos rappers em “Audaz” foi algo extremamente positivo, cada faixa ficou com uma cara diferente e ainda assim há uma linha que as prende. Alternando letras agressivas com outras mais leves, batidas pesadas e tranquilas, Filipe Ret conseguiu fazer um belo álbum.
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