Resenha: “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?” – Billie Eilish (2019)

Billie Eilish

A Billie Eilish lançou, na sexta-feira (29), seu primeiro álbum de estúdio intitulado “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”, nas plataformas de streaming.

Com apenas 17 anos, a cantora já é sensação na música e tem dado uma nova cara ao cenário do pop.

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Com algumas faixas já liberadas, a expectativa para esta produção já era alta e ela não decepcionou. Com 14 músicas, o disco consegue fluir bem e trazendo novidades em cada uma delas.

Ela começa com “!!!!!!!”, que é apenas uma fala da cantora que dura pouco mais de dez segundos e introduz o disco.

A primeira música em si é “bad guy” e já mostra bem o estilo da artista. Ela inicia cantando quase que como se fosse um sussurro e dá uma leve acelerada após primeiro refrão, quando entram palmas e uma batida acelerando o ritmo. Mais próximo do fim, ela ganha alguns efeitos mais fortes, enquanto ela diz algumas frases. A letra é interessante, diz que mesmo o cara se comportando como “durão”, ela é a vilã e que mantém o controle de tudo.

xanny” começa bem diferente de como terminou a anterior. No início é apenas a voz dela, sem nenhum instrumento ao fundo. Passado um tempo, entram algumas batidas graves e que depois são substituídas por um piano suave, e essa alternância fica muito boa, prendendo bastante quem está ouvindo. Aqui ela levanta questionamentos sobre a sociedade e o uso de medicamentos, numa letra angustiante, cujo refrão diz que não há necessidade de Xanax (remédio para ansiedade) para se sentir melhor.

Com um tom diferente, ritmo mais acelerado, vem “all the girls go to hell”, que possui batidas mais presentes do que a anterior. Os versos mostram bem como a cantora consegue colocar suas críticas e, desta vez, entrando no campo da religião, tratando da dualidade entre o Diabo x Deus.

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Voltando ao vocal mais leve, entra a canção “wish you were gay”, que já tinha sido lançada anteriormente. Na letra, ela fala sobre um relacionamento que não foi bem, que o homem tem uma falta de interesse grande e que ela deseja que ele fosse gay. Um recurso interessante utilizado por ela aqui é o efeito de risos e reações de uma suposta plateia, como se estivessem com ela enquanto ela está cantando.

Com uma base instrumental muito boa, aparece “when the party’s over”. Ela tem um belo uso do piano ao fundo e combina bem com a voz mais grave utilizada pela cantora nessa faixa. Nela, a mensagem é sobre um término de relacionamento, a sensação de se sentir sozinha e que apenas quer esquecer a outra pessoa.

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Em “8”, o estilo é bem mais leve, com um violão tranquilo ao fundo e uma batida alegre, causando um contraste com o que é cantado. A letra fala, novamente, sobre uma relação que não anda bem e a cantora questiona que não sabe como agradar, que o amor do outro não é para ela e que ela deveria ir.

my strange addiction” muda o tom completamente, e o vocal da artista passa a variar entre agudos e graves, numa letra que fala sobre a atração de duas pessoas com muito uso de metáforas. Os fãs de série ainda vão reconhecer alguns diálogos da versão americana de “The Office” que foram inseridos tanto no início quanto no meio da faixa.

Em “bury a friend”, há uma grande presença de efeitos e sintetizadores na voz da cantora, dando uma dinâmica diferente à faixa. Ela é uma música agitada, tem uma alternância interessante no vocal, em alguns momentos é rápido e em outros ela praticamente recita os versos.

ilomilo” é outra com ritmo leve e voz suave, mesmo que com a presença de alguns efeitos ao fundo. Na canção, ela fala sobre um relacionamento e, de novo, num retrato de um momento que não é positivo, trazendo questionamentos e preocupações.

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Já num tom bem mais melancólico, aparece a “listen before i go”. Com um piano tenso ao fundo, ela canta de maneira mais lenta com pausas dramáticas no início. Com o passar do tempo, até acelera um pouco, mas sem mudar o estilo da canção. Combinando com isso, a letra é mais triste, dizendo que se a pessoa precisar dela, é bom ter pressa, pois logo ela vai embora e que agora não há mais salvação. Ela é pesada, pois fala sobre depressão, diz que a única saída é cair e mostra a despedida com os amigos, como quem vai, de fato, partir. Até pelo tema impactante, ela traz emoção forte.

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Uma das melhores do álbum é “i love you”. Quem é fã das mais lentas, também irá gostar bastante dessa. Seguindo o ritmo da anterior, ela tem como base um leve violão e o interessante dela é que, no refrão, um coro surge junto, elevando a altura da música de uma maneira bem bonita. Sua letra é bem sentimental também e apresenta emoções comuns de quem já sentiu algo por outra pessoa.

Finalizando o disco, há “goodbye”. Ela funciona bem como uma faixa de encerramento, volta a usar o vocal como se estivesse sussurrando e sem uma presença forte de instrumentos ao fundo. E, em sua letra, ela reúne diferentes versos das músicas apresentadas no disco.

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“When We All Fall Asleep, Where Do We Go?” é um ótimo álbum, ainda mais como uma estreia de uma cantora tão jovem. Billie Eilish mostra toda a sua qualidade, principalmente na construção de letras e melodias. A produção é bem variada e reúne faixas que agradam todos os gostos de fãs de pop. Só o tempo dirá o que a artista fará pela música, mas, com certeza, este disco mostra todo seu potencial e não deixa nada a desejar.

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Com faixas mais melancólicas e outras mais agitadas, o álbum consegue atingir diferentes públicos dentro do universo pop. Billie Eilish conseguiu, em 14 faixas, mostrar todo seu potencial e estreia muto bem com este disco.Resenha: “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?” – Billie Eilish (2019)