No meio de novembro, o Mumford And Sons lançou, nas plataformas digitais, seu quarto álbum de estúdio chamado “Delta”. Ele apresenta ótimas composições, sendo marcado por belas letras e mudando um pouco seu estilo com relação aos últimos trabalhos, voltando mais às origens.
“42” começa com um coro e, com o passar do tempo, o instrumental oscila bastante, ganhando volume e diminuindo de repente. Ao final, ela fica bem forte com uma bateria muito presente, terminando com um astral bem mais alto.
“Guiding Light” já possui clipe e é uma ótima faixa, o que justifica a boa escolha como single. Seus versos têm início mais lento e encaminham para um refrão muito bom e forte, a música não sai da cabeça.
Começando com leves toques de violão, “Woman” apresenta vocais mais graves e um ritmo mais lento do que as anteriores. Ela passa a ganhar força mais para o final com o instrumental aumentando o volume, mas ainda assim é mais calma.
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“Beloved” é uma das melhores do álbum. Com o estilo folk bem claro, ela já é mais animada e tem um refrão muito bom. Após um breve trecho de solo, o vocal retoma com mais força no final. Além disso sua letra passa uma mensagem bem emocionante.
Com um teclado ao fundo, “The Wild” já tem um início diferente. A melodia é mais lenta e os vocais são mais graves. A partir de dois minutos o violão já aparece com mais destaque, ainda que tocado sutilmente e, ao final, há um toque de violino muito bom que deixa a faixa ainda melhor. Musicalmente, é uma das mais bem trabalhadas e se sobressai dentro do disco.
Mais uma que aposta no ritmo mais devagar é “October Skies”. Cheia de metáforas, a canção traz uma letra sobre morte e fala disso de uma maneira bonita também.
“Slip Away” possui uma batida mais tranquila e um ritmo um pouco repetitivo até a metade da música. Então, o vocal entra mais agudo e ela passa a acelerar mais com toque diferentes ao fundo. Desse momento em diante, a faixa fica mais interessante.
Já “Rose of Sharon” entra de um jeito interessante com uma batida bem acelerada e, durante a canção, aparecem diversos toques de violão que mudam um pouco sua cara. Em seu refrão ainda entra um breve coro ao fundo que combina bem. Sua letra ainda tem uma boa dose de romantismo.
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“Picture You” é mais um grande acerto. A canção vem com versos bem lentos e, conforme o tempo passa, eles vão acelerando aos poucos. Seu refrão também é ótimo, extremamente cativante e a letra passa uma mensagem de esperança.
A “Darkness Visible” é que mais se diferencia dentro do disco. Ela inicia com um leve som ao fundo e uma narração que dura mais de um minuto. Quando a fala chega ao fim, a música fica só na parte experimental até o final.
Na sequência vem “If I Say” com um grande toque emocional. Com um estilo mais lento e vocal grave, a bonita letra traz uma história de relacionamento, falando bastante sobre amor. Seu final fica ainda melhor com uma forte presença de violino.
“Wild Heart” é mais uma bem tranquila, tanto no ritmo quanto na melodia do cantor. Um destaque é para a composição instrumental que conta com toques de piano e violão ao fundo.
Em “Forever”, o refrão com falando do sentimento de amor é cantado com muita força e bom destaque para o backing vocal. Na parte final, ainda podemos observar bem o alcance do vocalista. E, novamente, os instrumentos ao fundo dão um tom emocional diferente.
E, para finalizar, a faixa-título aparece como a música com maior duração, são um pouco mais de seis minutos. Até por seu tamanho, ela é muito bem dividida. A primeira parte que dura até dois minutos é mais lenta, quase que só com o vocal. A partir daí entra uma batida mais forte e ela fica bem mais acelerada, criando uma composição bem interessante.
“Delta” apresenta músicas muito boas e todas com letras bonitas, abordando diferentes temas e com apelo emocional forte. E o disco vai ser mais apreciado por quem gosta de canções mais lentas, já que a maior parte do álbum é composta por faixas assim. Além disso, este trabalho marca boa presença do grupo no folk, algo que eles tinham fugido um pouco em suas últimas produções.
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