No final de abril, Kell Smith lançou seu primeiro álbum de estúdio “Girassol”. Numa grande mistura de estilos musicais, ela conseguiu expor muito de seu talento e mostrar que vai bem além de “Era Uma Vez”.
A faixa inicial leva o próprio nome do disco e, assim como boa parte do álbum, possui um ritmo mais tranquilo e tem uma boa base de violão ao fundo. No pré-refrão, a cantora utiliza bem a voz, chegando a tons mais agudos. A música acelera um pouco mais quando chega no refrão, que fica bastante na cabeça.
Em “Ai de Mim”, nas primeiras notas já é possível perceber uma boa mudança no estilo, o instrumental é mais completo, sem tanta utilização de violão. A artista ainda mostra uma potência vocal maior do que na primeira, o que deixa a canção ainda mais interessante.
A terceira é o sucesso que fez Kell Smith estourar na música e não poderia ser diferente, pois “Era Uma Vez” é realmente muito boa. Ela vem na onda de uma MPB mais atual com letra romântica e um refrão extremamente cativante.
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“Diferentão” é a primeira mudança mais brusca do disco. A faixa tem um estilo bem puxado para o reggae e a cantora se encaixou bem aqui também. Ela fala sobre um rapaz que foge dos padrões e que não se vê mais algo assim hoje em dia.
Já “Maktub” traz de novo um ritmo mais calmo, uma letra sobre amor e um instrumental bem mais suave, dando foco para o vocal, que estica muito para o agudo. Um diferencial que agrada muito é o piano entre os refrãos no final da música.
Com versos mais corridos, “Meu Lugar” traz também um piano, mas ao fundo e de maneira mais sutil, criando um bom ritmo. O refrão é bem atraente e ainda há uma quebra na batida antes de voltar para os versos que encaixou bem na música.
Seguindo a linha romântica, “Capuccino” aparece com mais uma boa declaração de amor. A faixa é outra calma e agradável, que a artista sabe muito bem fazer.
Em “Meu Lugar”, Kell Smith muda mais uma vez seu estilo. A voz está um pouco mais grossa, mais bem trabalhada e, em alguns momentos, chega a lembrar algo que Amy Winehouse fazia. Não bastasse isso, na ponte, ela muda drasticamente e passa a fazer um rap, para depois retornar ao ritmo original.
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Outra que fez sucesso e com muita razão foi “Respeita as Mina”. A letra é forte, mostrando como o machismo atinge as mulheres diariamente. E não só por isso, musicalmente ela é muito boa e fica muito na cabeça. É um estilo que combina bem com a artista.
Na sequência, vem “Nossa Conversa” tem uma linguagem bem próxima à de “Era Uma Vez”, o que é bom, já que trouxe bons resultados. E, vindo depois de outras canções mais fortes, prende um pouco mais quem está ouvindo o álbum na íntegra.
Outra canção que segue a linha é “Respira Amor”. Esta apresenta um dos melhores refrãos do disco, a cantora mostra bem sua capacidade vocal, variando tons entre os versos.
Em nova mudança, “Marcianos” é feita toda como rap. Pode ser que não atraia todos que conheceram a artista pela as canções com base no violão, mas é uma das melhores do disco. A batida é ótima e a versatilidade impressiona.
Voltada para o pop, “Sete Galáxias” é mais uma boa faixa, ela possui versos mais corridos e seu instrumental é extremamente agradável.
Fechando muito bem o álbum, “Coloridos” traz uma batida forte com toques de piano. Aqui a voz está mais forte e ainda há mistura com rap e com tom crítico: “Até tentei dizer de forma branda/Mas falta consciência negra/Falta consciência humana”.
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