Na sexta-feira (20), a Mariana Nolasco lançou seu primeiro álbum de estúdio que levou como título seu próprio nome. Em suas 10 faixas, há boas parcerias, letras românticas e melodias calmas compostas com uma boa base instrumental.
Começando com um violão mais animado e que se repete em toda a canção, “Fico Só” abre o disco. Nos versos, a cantora intercala partes cantadas mais lentas com outras mais aceleradas. O refrão fica bastante na cabeça até por serem apenas duas frases e aqui ela usa também mais o agudo do que no resto.
Na sequência, vem o primeiro single lançado. “Poemas Que Colori” talvez seja a faixa que quem acompanhava a artista anteriormente mais se identifique. A música lembra bem o estilo das versões de rap que ela fazia no YouTube com seus versos acelerados e um ritmo de violão leve ao fundo.
“Que Seja pra Ficar” foi divulgada no ano passado e também já possui um clipe. Nesta, a melodia já é mais constante e o vocal é feito de maneira mais suave. A letra também é repetitiva e bem cativante. Ela ainda consegue encaixar elementos religiosos de maneira sutil, falando de Deus, Iemanjá e Xangô, por exemplo.
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Na primeira colaboração do álbum, “Sons de Amor” foi um acerto em diversos aspectos. Para começar, a escolha por Rael foi ótima, pois o estilo dos dois combinou bastante. Além disso, ela foge do ritmo só leve, já que há também batida de hip hop. E a participação do rapper não é pequena, são dois conjuntos de versos e um refrão que ele canta junto com Nolasco. Pela mudança no estilo, a faixa se destaca bastante e é uma das melhores do álbum.
Voltando para o estilo voz e violão, “Certeza” é uma música mais simples. No início do verso, foi interessante como foi criado o jogo de palavras com “te vi” e “tive” que sonoramente ficou bem agradável. A parte final ainda é um pouco mais acelerada, mudando levemente a melodia apresentada.
Em nova parceria, “Constelação” conta com o duo Mar Aberto. Diferentemente de “Sons de Amor” em que foram combinados dois estilos diferentes, aqui os artistas tocam gêneros parecidos. Ela já inicia com o refrão que é uma estrutura que não tinha sido feita até então e o maior contraste fica pela voz masculina de Thiago Mart. A melodia dos versos que antecedem o refrão também é muito boa, elevando o tom a cada frase que entra.
A música mais longa do álbum, “Planeta Borboleta” é outra faixa bem leve e, novamente, a estrutura foge do comum. Os dois versos são apresentados primeiro e depois só o refrão é tocado e nele é um momento de destaque da cantora, que consegue mostrar bem seu alcance vocal, atingindo bons tons de agudo.
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“Deixei” é uma canção bem lenta com o violão muito leve ao fundo, dando uma boa ênfase à voz da artista. O instrumental ainda ganha o apoio de um violino, o que deixou ela ainda mais bonita e um tom mais comovente.
Na última colaboração do disco, “Me Sinto Eu” é um dueto bem tranquilo de se ouvir. Aqui a cantora ganha a parceria de Pedro Pascual, músico que também toca violão em outras faixas do disco. Na letra bem romântica, eles falam sobre um casal em que um se encontra um no outro.
Para encerrar, “Tudo Fora de Lugar” foge um pouco da temática de amor em sua letra e fala do que acontece com o passar do tempo, de sofrimentos que passamos e como reagimos a tudo isso. Na base instrumental de fundo, há novamente a presença do violino que é um elemento que pode parecer básico, mas que acrescenta bastante na canção.
Mariana Nolasco faz uma grande estreia com seu primeiro álbum. Ela soube aproveitar bem o momento atual da música que abre bastante espaço para artistas neste estilo dela. As parcerias foram muito bem escolhidas, combinando muito com o ritmo tocado. A cantora ainda consegue mostrar toda sua qualidade vocal e deixa essa marca dela de trabalhar com facilidade os versos mais rápidos com outros mais lentos. O disco é uma ótima opção para quem busca algo mais leve e com temática amorosa.
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