Lançado no final de outubro do ano passado, “Masters of The Sun Vol. 1” marca o retorno do Black Eyes Peas no cenário musical após oito anos.
A primeira grande diferença que vemos ao ouvir o novo álbum é o alto número de parcerias, algo que não acontecia no passado. Mas esta foi uma saída da banda para suprir a ausência de Fergie neste projeto, o que conseguiram.
A primeira faixa já dá o tom desta produção, o grupo diminui as influências pop e de eletrônico e retorna ao hip hop como próprio título da música diz. “Back 2 Hip Hop” ainda conta com a parceria de Nas. Com cinco minutos, ela tem seus versos em rap e refrão mais leve, dizendo que estão de volta à vida, em determinado momento eles chegam a dizer, inclusive, que o hip hop morreu e eles o ressuscitaram. É uma ótima canção e perfeita como abertura.
“Yes or No” é outra que reforça na própria letra o retorno às próprias raízes, quando terminam dizendo que este é o clássico Black Eyed Peas. Sua batida é muito boa, começa com um piano ao fundo, que dita o tom durante os versos da música. Além disso, o vocal de Jessica Reynoso é excelente e combina muito bem.
Em “Get Ready”, a batida não é tão forte quanto as outras, conta até com saxofone em determinados momentos, mas os versos já trazem uma agressividade maior. Diversificando entre temas, passam por quantidade de trabalho e terminam falando do sucesso, que antes contavam centavos e agora contam milhões.
Começando direto com o refrão, “4EVER” tem a colaboração de Esthero e também tem um ritmo ao fundo mais lento, com leves toques. Os versos são bons, tem uma certa força, mas o refrão deixa um pouco a desejar, sendo cantado quase que como um sussurro. Mas, no geral, a faixa é boa e bem tranquila de ser ouvida.
Mudando um pouco o tom e com alguns toques de eletrônico, “Constant pt. 1 pt. 2” tem a parceria de Slick Rick. Seu refrão fica bastante na cabeça e a batida chega a ficar bem intensa mais para o final, inclusive com modificações nas vozes.
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“Dopeness” tem CL como colaboração e é mais uma que funciona muito bem. Além de combinarem quando cantam juntos, a parte sozinha da cantora ela se destaca bastante também. Um ponto forte da música é a linha de baixo que aparece no início e é bem repetitiva, prendendo bastante quem está ouvindo.
Numa parceria grande, “All Around The World” conta com Phife Dawg, Ali Shaheed Muhammad & Posdnuos. Ela é bem repetitiva, até porque seu refrão é cantado diversas vezes e possui apenas uma frase. Apesar disso, ela é muito boa e já volta ao tom mais forte do hip hop como as primeiras do álbum.
Bem agitada, “New Wave” é a que aparece na sequência. A letra traz referências de cultura pop, como citações a Star Wars, por exemplo, falam de drogas e, no refrão, focam bastante na questão do novo estilo. É uma boa faixa, com rimas interessantes e uma batida mais leve.
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Outra música bem tranquila é “Vibrations pt. 1 pt. 2”, sua batida é lenta e conta até com toques de teclado ao fundo. Os versos também são um pouco mais devagar do que os que foram apresentados nas outras. Mais para o final, o ritmo acelera e o refrão, que também é um pouco repetitivo, fica mais forte.
“Wings” vem com a colaboração de Nicole Scherzinger e vale pelo contraste dos vocais femininos e masculinos. Além disso, ter um refrão de pop com versos de rap sempre é algo que encaixa bem. Um ponto negativo é a quantidade de efeitos nas vozes, ela mal lembra seus momentos de Pussycat Dolls e até suas próprias músicas de carreira solo. Apesar disso, é uma música faixa muito boa, com bons toques e também muito cativante.
Uma das melhores do disco sem dúvida é “Ring The Alarm pt. 1 pt. 2 pt. 3”. Além do bom ritmo e batida, a letra é a mais crítica. Eles falam sobre a falta de educação nas escolas, como isso influencia para que crianças estejam nas ruas, perseguição da polícia, corrupção na política, entre outros temas. Ela realmente é um marco dentro do álbum e a cara deste novo período do Black Eyed Peas.
Seguindo a mesma linha de uma letra mais politizada, “Big Love” é outra de destaque nesta produção e encerra muito bem o álbum. Aqui eles tocam na questão do armamento, que está muito em alta nos Estados Unidos, aborda a questão da droga novamente, mentiras de governantes e pedem fim da violência. Além disso, seu refrão dizendo que são todos feitos de amor é muito bom e prende demais.
“Masters of The Sun Vol. 1” é um ótimo trabalho, que reúne ótimas parcerias, versos fortes e uma mudança muito boa com relação ao “The Beggining”. No final, a ausência de Fergie nem foi algo tão sentido, mesmo com todo o talento dela de fora, todos esses aspectos citados colaboraram para um excelente disco.
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