Resenha: “Scorpion” – Drake (2018)

DrakeNa última sexta-feira (29), Drake lançou seu quinto álbum de estúdio “Scorpion”. Ele é um disco duplo e possui 25 faixas.

Na primeira parte, o artista usa mais do rap e na segunda ele cai para o R&B e pop, mostrando uma boa versatilidade musical.

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Survival” é uma faixa introdutória, com batida mais densa, versos rápidos e sem refrão. A letra fala um pouco de sua experiência de vida, desde a infância até hoje em dia com o que ele precisa lidar no meio da fama.

Aqui, em “Nonstop”, a batida já ganha um ritmo mais acelerado, e com momentos em que há uma quebra e o rapper fica apenas com vocal. Nesta, ele fala sobre sua personalidade e tudo que conquistou. Ela já possui momentos mais repetitivos, o que agrada mais na hora de ouvir.

“Elevate” começa de um jeito mais denso, entra a batida acelerada, com um leve piano no fundo. O vocal fica um pouco mais agudo e mais melódico. O primeiro conjunto de versos é o único que repete, e a música termina apenas com o instrumental num fade out.

Emotionless” inicia de um jeito bem diferente, como se fosse um coral, com instrumentos de corda e um vocal feminino potente. Este trecho ainda se repete durante a faixa entre os versos. Ela ainda termina com um longo instrumental feito no piano, é musicalmente mais completa do que o restante. O faz também uma crítica à sociedade atual, em que pessoas demonstram algo nas redes sociais que não são, fazer as coisas para impressionar as outras e como ele optou em esconder o filho do mundo.

God’s Plan” é a principal faixa do álbum, lançada como single. É uma canção extremamente atraente, e, com a ajuda do refrão, fica muito na cabeça. Ele canta sobre as pessoas desejarem o mal para ele e como ele segue sua vida seguindo o plano de Deus.

“I’m Upset” é uma música bem repetitiva, a batida é a mesma o tempo inteiro e seu refrão também é muito cativante.

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“8 out of 10” começa apenas com o vocal e então o ritmo acelera mais. Ela tem pausas interessantes que prendem a atenção de quem está ouvindo. No final, há quase um minuto com apenas o rapper falando.

Com o instrumental bem ritmado, em “Mob Ties” o rapper consegue mostrar melhor sua velocidade para fazer rap. Apesar da letra bater fortemente na questão de críticas de novo, para se ouvir a música é mais tranquila do que muitas que foram apresentadas.

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Can’t Take a Joke” é mais uma música bastante acelerada e o diferencial dela é como Drake trabalha suas rimas aqui, fazendo com que ela fique ainda melhor para ouvir. Ele trabalha as rimas com versos rápidos e sempre na sequência. É outra muito boa dentro do disco.

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Sandra’s Rose” inicia com leves vozes femininas num coro, que se repete entre os versos durante a música. Nesta, o cantor usa muitas referências famosas como Indiana Jones e Amber Rose.

Na primeira parceria do álbum, a escolha foi Jay-Z. “Talk Up” tem um tom mais pesado do que as outras e os rappers combinaram muito bem, ficou uma boa alternância de vozes. Pela colaboração, dá para coloca-la como destaque.

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Is There More” é uma faixa estranha, pelo menos quando se ouve pela primeira vez. Por um lado, os versos são interessantes, ele questiona situações da vida, demonstra um pouco mais de seu lado humano. Por outro, a batida tem um som agudo presente o tempo todo que chega a ser um pouco incômodo. No final, quando parece que ela está acabando, ainda há um sample de “More Than a Woman”, feito por Nai Palm. Aqui finalizaria a primeira parte do álbum.

Peak” é bem lenta, Drake aparece quase como se estivesse sussurrando na música, com a voz bem grave. Seu refrão, apesar de não mudar tanto a melodia com relação aos versos, já prende um pouco quem ouve. No final, há uma conversa, quase que como uma discussão.

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Em “Summer Games”, a batida até acelera mais, mas o estilo do vocal mais grave e lento continua. Nela, o rapper fala sobre um relacionamento que acontece durante o verão.

Jaded” volta a ser lenta, no entanto, o vocal é um pouco mais melódico. Drake é sentimental nesta canção, dizendo que está sofrendo, está cansado e que não está com ninguém por não querer machucar ninguém.

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O ritmo volta a acelerar bastante em “Nice for What”. Além disso, a mistura de Drake com voz feminina ficou ótima. O refrão é muito bom e como ele repete bastante, a música fica muito na cabeça.

Iniciando com um piano, “Finesse” retorna ao estilo mais lento com vocais graves do rapper. Com um minuto aproximadamente, a batida até chega a ficar mais forte, mas sem mudar muito, ela é bem parada.

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Ratchet Happy Birthday” começa com uma batida com toques rápidos, um pouco alegres. Apesar do ritmo, a letra não é tão positiva assim. No refrão, ele fala que pequenas besteiras não deveriam excitar você e preencher o vazio interno. É uma canção boa para ouvir, é bem leve na parte instrumental.

Em “That’s How You Feel”, o estilo volta para o padrão do disco: uma batida mais densa, vocal grave e um pouco lento. Ela pode se perder no meio de tantas faixas, mas é outra música boa do disco.

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“Blue Pint” acelera novamente o ritmo, tanto no instrumental quanto no vocal. Assim como em outras faixas, Drake utiliza referências atuais, nesta ele diz que vive como Cristiano Ronaldo, mas que nunca esteve em Madrid.

Em “In My Feelings” é mais um momento em que podemos ver a ótima capacidade do cantor em fazer rap em alta velocidade. Os versos no meio da música são bastante acelerados, além do jogo de palavras criando boas rimas.

Até por causa da parceria, “Don’t Matter to Me” tem um estilo puxado para o pop. Nesta faixa, o refrão é cantado por Michael Jackson. Essa colaboração ficou ótima, a mistura dos estilos realmente combinou muito. Sem dúvidas, é uma das principais do álbum.

Voltando com batidas mais fortes, “After Dark” conta com a parceria de Static Major e Ty Dollar $ign. Novamente, funciona bem a alternância de vozes, prende muito a atenção. E ela termina de um jeito diferente, com uma narração de rádio.

Final Fantasy” tem um ritmo mais pesado e os versos rápidos de Drake. No meio da música há uma pausa brusca, quase como se tivesse acabado, mas depois de uma frase, ela retoma no mesmo estilo que vinha antes.

Para finalizar o disco, “March 14” é a maior música do disco e uma das melhores. Além de uma velocidade maior nos versos, a letra também é boa. No meio dela, o ritmo muda, surge um piano e ela acaba de maneira lenta.

“Scorpion” é separado em duas partes, então o melhor jeito para ouvi-lo é também desta maneira. Escutando as 25 faixas na sequência pode ser cansativo, pois somam quase uma hora e meia de duração. No entanto, musicalmente, Drake se reafirma como um dos maiores nomes do hip hop da atualidade, além de mostrar um amadurecimento do artista. O disco é um dos principais lançamentos até o momento e tem tudo para ser um dos melhores do ano.

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Ouça “Scorpion” abaixo:


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"Scorpion" é um dos principais álbuns de 2018 e o melhor de Drake. Há ótimas parcerias no disco e o artista consegue mostrar bem sua versatilidade musical.Resenha: "Scorpion" - Drake (2018)