Resenha: “Wasteland, Baby!” – Hozier (2019)

Hozier
Foto: Reprodução/Facebook

O Hozier vai lançar seu álbum “Wasteland, Baby!” na próxima sexta-feira, 1º de março. A Nação da Música, a convite da Universal Music, ouviu com antecedência e preparou um texto contando um pouco do que está por vir.

A primeira canção do álbum é “Nina Cried Power” com a parceria de Mavy Staples. Ela já tinha sido liberada anteriormente e conta até com um clipe. Seu início tem bateria e baixo fortes, bem presentes e um vocal mais grave. No refrão, quando ela acelera um pouco, a voz fica mais potente também. Foi uma ótima escolha como single e para iniciar o disco, sem dúvidas é uma das melhores.

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Já em “Almost”, o ritmo muda um pouco e dá mais destaque a um violão ao fundo. Mantendo de maneira bem leve, o refrão já não é com vocal potente quanto o da anterior, mas como complemento ganha um coro que preenche bem o som.

Com toques calmos e pequenas batidas, “Movement” começa com vocal bem lento e grave. No refrão, a música tem uma excelente presença da voz, em que o cantor pode demonstrar toda a qualidade e seu alcance. E, mais para o final, o ritmo chega a seu ápice com um ótimo uso instrumental. Ela também já tinha sido divulgada anteriormente e possui vídeo.

No Plan” começa com uma guitarra com mais destaque, o que se repete durante a música. Já aqui a voz não é tão explorada, no sentido de diferentes níveis de alcance, então ela fica mais suave e em tons próximos, até sem seu refrão, que é bem envolvente.

Com um coro leve e mais agudo inicia a “Nobody”, que é outra faixa que merece ser destacada dentro do álbum. Seu refrão é ótimo, conta com frases pausadas que te levam ao ápice da música de uma ótima maneira. Ela é extremamente cativante.

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To Noise Making (Sing)” tem um ritmo bem interessante com um piano ao fundo que aparece com boas pausas no meio, criando uma batida boa. Novamente, no refrão, o uso do coro ao fundo é muito bem feito, dando maior potência à parte vocal.

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As It Was” inicia com apenas um violão de fundo e a voz extremamente grave do cantor. Aos poucos alguns elementos são adicionados, mas a base principal é sempre essa. No meio, o vocal ganha uma potência maior e depois volta ao que tinha sido apresentado no começo e termina de um jeito denso a canção.

De maneiras mais tranquila, entra a “Shrike”, que conta com quase cinco minutos de duração. Nela, ele começa cantando baixo, meio que como um sussurro, e então entra com notas mais agudas. Ela é bem mais lenta e, por seu tamanho, fica um pouco parada, mas possui um ritmo bem bonito e se encaixa bem nesta produção.

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Talk Refined” é outra que segue o padrão de não mudar muito o ritmo. No entanto, ela apresenta alguns elementos diferenciados com relação à última, como um backing vocal que se repete durante toda a canção e acaba compensando a uniformidade da melodia da voz principal.

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Então chega “Be”, que é com certeza um excelente destaque no álbum. Ela inicia com toques de guitarra, que se repetem durante a canção. Seu ritmo varia bem e aqui tanto a parte instrumental quanto a vocal são muito bem utilizadas, conta com um refrão ótimo, é bem agitada e muito envolvente. Uma das melhores apresentadas aqui.

Dinner & Diatribes” é uma faixa mais animada, com bom uso de guitarra novamente. Ela acaba sendo um pouco repetitiva, pois seu refrão tem menos frases e é cantado diversas vezes, mas é uma canção boa.

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Em “Would That I”, aparece uma versão mais tranquila e leve do cantor, pelo menos no início. A voz é bem relaxante e baixa, com uma presença de violão ao fundo. No meio, ela fica um pouco mais agitada e o músico usa mais potência e alcance e, após o refrão, retorna para o jeito que estava no começo. É uma faixa muito boa também, alternando bem ritmos.

Sunlight” tem uma letra que repete bastante, o nome da faixa aparece diversas vezes durante a canção. Mas seu ponto positivo está ao fundo na composição entre backing vocal e instrumental, que, em determinados momentos, crescem juntos, dando uma força grande à música.

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Finalizando o disco vem “Wasteland, Baby!”. Ela funciona bem como música de encerramento, é bem lenta, não tem grandes alterações em seu ritmo e o cantor trabalha com a voz mais grave e, em algumas partes, o instrumental mal aparece.

Este novo álbum de Hozier é muito bom, apesar de ter boas variações, é um trabalho mais tranquilo e leve com letras ótimas. A composição dos versos, inclusive, merece bastante atenção, pois muitas trazem mensagens positivas e são bem interessantes.

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Em "Wasteland, Baby!", Hozier consegue fazer um álbum bem linear, trazendo ótimas composições, alternando faixas leves com outras mais agitadas e com ótimos letras e versos.Resenha: “Wasteland, Baby!” – Hozier (2019)