Adriana Calcanhotto ilumina Turá com brasilidades ao lado de Rubel

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Foto: Juan Alves @juan_alves / Nação da Música

Apesar das baixas temperaturas que tomaram conta da capital paulista neste domingo (30), uma certa multidão estava concentrada no Turá para assistir ao show de Adriana Calcanhotto.

Prestes a começar a turnê de seu último álbum “ERRANTE”, lançado em 2023, a cantora abriu sua apresentação com a antiga “Mais Feliz”, ilustrando o sentimento de estar diante de pessoas inclusive de outros estados. Seguindo para “Jamais Admitirei”, além dos limpos vocais de Adriana, um dos grandes destaques da performance foi por parte da banda que a acompanhava e que elevou o patamar musical com flautas e trompetes. Não à toa, a partir de “Naquela Estação”, a artista sacou uma lanterna do bolso para iluminar, de forma bastante próxima, cada um dos músicos presentes no palco.

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Além do conjunto de sopro, a banda de Adriana Calcanhotto contava ainda com um violoncelista que soube mesclar à intensidade do instrumento o tom mais puxado para o samba e o xorinho que caracterizaram não apenas “Levou Para o Samba a Minha Fantasia”, mas a apresentação como um todo. Tanto que, “Esquadros”, uma das favoritas e mais cantadas pela plateia, ganhou ainda um novo final com um solo de flauta transversal.

Chamando a atenção para o casaco de pelos cor de rosa que compunha seu figurino elegante e digno do inverno paulistano, Adriana Calcanhotto convidou Rubel para subir ao palco, brincando estar vestida como o monstro que compõe a capa do álbum do cantor, “As Palavras”. Fazendo a base no violão, o timbre mais grave do carioca somou bastante junto da artista em “Pra Lhe Dizer”, resultando numa combinação extremamente melódica. Apesar do mesmo não ter se replicado tanto em “Posso Dizer” – do último álbum de Rubel – quanto no clássico “Menitras”, a união dos artistas agradou tanto o público que a saída do cantor após três músicas deixou um certo ar de lamentação.

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Com a guitarra assumindo a posição de destaque, o Parque Ibirapuera foi tomado por uma sensação de pertencimento em “Nômade” com o coro generalizados do verso “a casa é o corpo”. Quase que instantaneamente, as incertezas do amor tomaram conta do repertório com “Era Isso o Amor?”, seguidas pelos mares melodramáticos de “Maresia”, com uma incrível ambientação criada pelo encerramento do violoncelo e das imagens exibidas no telão.

Se “Vambora” era esperada como o encerramento oficial do show, Adriana Calcanhotto surpreendeu duas vezes: uma por substituir o violão acústico por uma versão mais xorinho da faixa, e ainda por chamar Rubel de volta ao palco para cantar um cover de “Depois de ter você”, de Maria Bethânia. Com isso, a cantora consagrou, por meio de suas músicas, a versatilidade rítmica que a MPB dispõe; mesmo que isso signifique ultrapassar um pouco do tempo de palco previsto, e economizar nas interações com o público.

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi