Prestes a encerrar o segundo dia do Primavera Sound São Paulo, a banda Bad Religion subiu ao Palco Barcelona para um legítimo show de punk rock na noite deste domingo (03).
Após um período de 4 anos desde a última vez em que estiveram no Brasil, o grupo norte-americano deu início à apresentação com as intensas e melódicas guitarras de “The Defense”, já fazendo com que o vasto público entrasse em êxtase, dos mais estereotipados da cena à famílias completas.
Não demorou muito para que o espírito literal da letra de “Wrong Way Kids” pairasse sobre o Autódromo de Interlagos e as rodas punk tomassem se espalhassem ao longo do espaço, a ponto de serem exibidas no telão enquanto a banda performava as músicas.
Se uma das principais características da cena punk são músicas de curta duração por conta das melodias aceleradas, o Bad Religion soube aproveitar tal marca para explorar seu repertório ao máximo, apresentando 25 músicas na setlist, emendadas quase que instantaneamente uma na outra.
Em meio à sequência contínua de uma discografia que contemplou clássicos – como “Infected”, “No Control”, “21st Century (Digital Boy)” e “Do What You Want” – e músicas mais recentes (como “Fuck You, “My Sanity” e “Candidate”, as duas do último álbum, “Age Of Unreason”, de 2019), o vocalista Greg Graffin fez alguns intervalos para agradecer ao público não apenas pela presença, mas por todos os anos acompanhando a banda.
Com apenas um intenso jogo de iluminação de artifício, que ajudou a intensificar a energia de cada “Punk Rock Song”, a grande presença de palco e comprometimento artístico dos membros do Bad Religion em entregar um grande espetáculo, mostra que a cena punk merece ser lembrada na escalação do line up dos grandes festivais.
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