Caetano e Bethânia mostram em SP que a música brasileira é gigante – e lota estádios

caetano veloso maria bethania
Foto: Fernando Young/Divulgação

Após rodar pelas grandes capitais do país, a turnê Caetano & Bethânia, de Caetano Veloso e Maria Bethânia, chegou à sua etapa final com três shows no Allianz Parque, em São Paulo. Os primeiros aconteceram neste fim de semana; no sábado (14) e domingo (15), e o derradeiro será realizado na quarta-feira (18).

Na primeira noite, debaixo de uma chuvinha insistente que fazia jus ao apelido da capital paulista como “Terra da Garoa”, os dois irmãos, ícones da nossa música popular brasileira, subiram ao palco despejando logo no início clássicos como “Alegria, Alegria”, “Doces Bárbaros” e “Gente”, fazendo com que os presentes nem se importassem mais com os pingos que caiam do céu.

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Ao todo, foram 40 canções escolhidas a dedo (22 assinadas por Caetano), daquelas que serviram de trilha sonora para a vida de grande parte dos brasileiros nas últimas cinco décadas. Teve “Filhos de Ghandi”, “Tropicália”, “Um Índio”, “Você é Linda”, “Leãozinho”, “As Canções Que Você Fez Pra Mim”, “Reconvexo”, “Vaca Profana” e muito mais. A famosa versão de Caê para “Sozinho”, música de Peninha e interpretada primeiramente por Sandra de Sá, foi um dos pontos altos da noite e cantada em uníssono pelas quase 50 mil pessoas no estádio.

O repertório ainda teve espaço para homenagear ídolos da história da música brasileira com covers de Raul Seixas (Gita), Gilberto Gil (Marginália II), Guilherme Arantes (Brincar de Viver), Gonzaguinha (Explode Coração) e Iza (Fé). E, como não poderia ser diferente, também houve um momento especial dedicado à Gal Costa, em que ambos cantaram “Baby”, eternizada na voz da “maior representante da Tropicália”, segundo enfatizou o próprio Caetano durante o show.

A turnê Caetano & Bethânia é, com certeza, um dos maiores acertos musicais nacionais de 2025, pois une duas entidades fortíssimas da nossa cultura musical em um show em que as pessoas cantam cada palavra – da primeira à última canção -, dançam, sorriem, choram, se abraçam e saem com a alma mais leve. É a afirmação de que a música brasileira é gigante e, igualmente a dos artistas internacionais, lota qualquer estádio no país.

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