City and Colour empolga fãs com show animado no RJ

City and Colour
Foto: Vanessa Heins/ Divulgação

A banda City and Colour iniciou as apresentações brasileiras do álbum “The Love Still Held Me Near” (2023), na última sexta-feira (14). O repertório do show, que aconteceu na casa de espetáculos Vivo Rio, localizada no Rio de Janeiro, também contou com canções dos trabalhos previamente lançados pelo artista, como “The Hurry and The Harm” (2013) e “If I Should Go Before You” (2015).

A última vez que a banda esteve no Brasil foi em 2016 para shows em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Posteriormente, eles foram convidados para integrar o line-up da edição 2020 do Lollapalooza Brasil, porém, devido à pandemia da COVID-19, o evento foi cancelado.

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Apesar de Dallas Green ser reconhecido como o rosto da banda, ele apresenta-se acompanhado por John Sponarski na guitarra, Matt Kelly no teclado, Erik Nielsen no baixo e Leon Power na bateria. Agora que já estabelecemos uma linha do tempo, tanto da vinda quanto da formação do City & Colour, vamos voltar a noite do dia 14 de junho de 2024.

O show estava marcado para começar às 22h e, comprometidos com a pontualidade, aos poucos os músicos apareceram e foram recepcionados por gritos, aplausos e muita empolgação do público presente. Para recepcionar os fãs, Green declarou “vamos nos emocionar, Rio”.

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“Meant To Be” foi o pontapé inicial da apresentação. A canção, assim como o álbum dessa turnê, é uma homenagem ao produtor e grande amigo de Dallas, Karl Bareham. O produtor britânico também trabalhou com a banda Alexisonfire, da qual Green faz parte, e faleceu em 2019 devido a um afogamento. Em entrevista concedida à CBC, o músico canadense desabafou:

“Eu estava lidando com o luto de um amigo que era considerado meu irmão, eu estava passando pela perda de um amor, de certa forma. Eu estava vivenciando a perda do que eu supunha ser a minha identidade.” 

Em seguida, o público ouviu “Living in Lightning”, presente no disco “A Pill for Loneliness” (2019), e “Northern Blues”, momento em que o palco foi iluminado com as cores da aurora boreal, acrescentando um ar mágico à noite. Antes de começar “Thirst”, o vocalista da banda questionou às pessoas que estavam lá quem estava usando sapatos apropriados para dançar, indicando que o ritmo estava prestes a mudar.

A esperançosa “The Love Still Held Me Near” marcou presença, fazendo todos os fãs cantar alto e se emocionar também. Em “Two Coins”, Dallas declara que “sempre foi obscuro, com uma pitada de claridade à distância” – a afirmação faz-se presente na maioria de suas composições. Entre uma música e outra era possível ouvir gritos bem-humorados dos fãs, referenciando o quanto as letras os deixam emotivos: “tem gente chorando aqui”.

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Antes de começar “We Found Each Other in the Dark”, o compositor falou que a obra é “sobre sermos gentis uns com os outros”. Além disso, ele relembrou a todos que acordamos naquele dia tentando entender “essa coisa difícil chamada vida”, então, “precisamos ser mais solidários e compreensivos uns com os outros”.

Vale pontuar que durante as praticamente duas horas de apresentação os músicos mostraram uma sincronia instrumental impecável, o que encantou todo mundo. “Weightless”, presente no disco “Little Hell” (2011). A faixa-título desse projeto também foi executada na apresentação. Contudo, enquanto esse momento não chegava, os fãs ainda ouviram “Underground”, “Astronaut” e “The Grand Optimist”.

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Dando uma pausa nas músicas composições autorais, Green apresentou a releitura de “Nutshell” do grupo Alice in Chains. Embora nunca tenha sido divulgada como single, essa é uma das obras mais populares da banda de grunge e faz parte do EP “Jar of Flies” (1994). O cover não é recente. Desde 2013, ele espalha a palavra de Mike InezSean KinneyJerry CantrellLayne Staley por aí. 

Após tocar “Little Hell”, Green desabafou um pouco sobre a fama de ser “um cara triste”, explicou que suas músicas são sobre “felicidade, esperança e a crença de existe após os momentos difíceis da vida” e finalizou o papo dedicando “Waiting…” para “todos os que entendem o que acabei de dizer e acreditam que conseguem atravessar [as fases complicadas]”.

O luto é um período vazio em que muitos se isolam, sentem-se perdidos e precisam lidar com a continuidade da vida sem uma pessoa querida; “Hard, Hard Time” é sobre isso. E, apesar de ter expressado tanta esperança na letra anterior, presente no álbum “Bring Me Your Love” (2008), 15 anos depois e diante da perda do amigo, ele declara “eu tenho muita dificuldade em acreditar que existe qualquer coisa do outro lado que possa ser melhor do que o amor que você está deixando para trás.”

No decorrer da apresentação, o músico agradeceu a presença de todos e antes de começar a tocar “Hello, I’m in Delaware”, ele declarou que não tinha palavras para expressar o quanto estava grato por todos os fãs que estavam ali. Ele também aproveitou para dedicar a obra do seu disco de estreia, intitulado “Sometimes” (2005), “a todos os que estão presentes desde o começo”. “Bow Down To Love” foi a última música executada nessa parte do show.

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Conforme a tradição, na sequência veio a pausa antes do famoso “bis”. O momento não durou muito porque logo vimos Dallas retornar ao palco sozinho. Ele tocou “Northern Wind” e “Comin’ Home / This Could Be Anywhere in the World” no violão. A banda completa retornou ao palco para encerrar a apresentação tocando “Lover Come Back” e “Sleeping Sickness”.

“The Girl”, uma das preferidas dos apreciadores da banda, ficou de fora da apresentação. O fato foi comentado com tristeza depois que a City & Colour saiu do palco. De qualquer forma, foi uma noite para todos lembrarem com muito carinho e admiração.

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Stephanie Hora
Stephanie Hora
Jornalista, apaixonada por música, livros e cultura em geral.