Quando o Foo Fighters foi anunciado como primeira atração do The Town no final de 2022, o coração dos fãs brasileiros voltou a bater feliz após o período de luto pela morte de Taylor Hawkins em março, faltando dois dias para a banda se apresentar no Lollapalooza Brasil.
Com cerca de 100 mil pessoas diante do Palco Skyline, a noite deste sábado (09) ficou marcada na primeira edição do The Town com o que foi, seguramente, o maior show do festival. Começando pontualmente às 23h (horário de Brasília), com o riff inconfundível de guitarra de “All My Life”, acompanhado pelas potências das vozes de Dave Grohl e do coro do público.
Não era apenas o público que estava eufórico pela volta do Foo Fighters em solo brasileiro; era nítido o quanto Dave Grohl estava também extasiado diante do público, ficando até mesmo sem reação por um momento com a força das milhares de vozes que respondiam aos versos “tell who you are” de “The Pretender”.
Em ritmo frenético, não apenas por conta da energia de “No Son Of Mine”, todos os integrantes do Foo Fighters estavam totalmente dedicados a entregar o melhor em excelência musical ao mesmo tempo que se divertiam ao tocar brevemente os riffs de “Paranoid”, do Black Sabbath, e “Enter Sandman”, do Metallica.
Mantendo a empolgação do público em “Learn To Fly”, “Rescued” (debut single do último álbum “But Here We Are”) e “Walk”, o vocalista do Foo Fighters reiterou que, apesar desta não ser a primeira vez da banda em São Paulo, sempre é um prazer cantar com o público da capital paulista, seguindo com “Times Like These” e “Breakout”.
Em meio ao alto clima gerado em “Run”, Dave Grohl apresentou cada um dos integrantes da banda que, respectivamente, mostraram não apenas seu talento musical para as composições Foo Fighters, mas também para as músicas de outras bandas, como Beastie Boys, Ramones, Devo e Nine Inch Nails. “Eu não faço solos, já tenho atenção o suficiente. Mas que tal vocês fazerem um solo?”, convidou o vocalista ao público numa versão mais acústica de “My Hero” (até o último refrão, que ganhou a entrada de toda a banda).
Medindo o amor ensandecido que os brasileiros sentem pelo Foo Fighters, a banda presenciou coros e aplausos ininterruptos que se sucederam ao longo de “This Is a Call”, “The Sky is a Neighborhood”, “Shame Shame” e “Generator”, o público talvez tenha dado à banda uma maior noção da ansiedade e felicidade por vê-los com as milhares de lanternas iluminadas em “These Days”.
“Essa próxima música nós vamos tocar toda noite pelo resto das nossas vidas porque essa era a música favorita do Taylor Hawkins. Cantem bem alto para ele”, introduziu Dave Grohl ao dar início a uma performance estendida de “Aurora”, apontando as mãos para o céu enquanto o público gritava o nome do ex-baterista condecorando os anos que integrou e ajudou a construir a história do Foo Fighters.
Passada a emoção e comprovado o fascínio inabalável do público, após “The Glass” Dave Grohl teve a certeza com “Monkey Wrench” de que o público brasileiro estava mais do que disposto a continuar curtindo a apresentação, que chegava a quase 2 horas. “Eu gosto muito desse lugar”, constatou o artista seguido de um coro eufórico em “Best of You”, desde os primeiros versos até os repetidos “ohh ohh” que representam a comunhão proposta na faixa.
“Estamos muito felizes que vocês todos vieram aqui hoje para cantarmos todas essas músicas juntos. É uma honra pra nós ser a última banda dessa noite. Não queremos ir embora e dizer adeus, então essa é sobre não dizer adeus”. A introdução feita por Dave Grohl a “Everlong”, que encerrou as quase 2h30 de show, traz uma síntese bastante certeira sobre o que foi, sem dúvidas, o maior show da primeira edição do The Town. Indiscutivelmente, o Foo Fighters e sua enorme fan base brasileira foram quem melhor justificaram a definição do festival ser “o maior de música, cultura e arte de São Paulo”.
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