Primeira das atrações internacionais no último dia do The Town, Kim Petras subiu ao Palco Skyline na noite deste domingo (10) como uma das atrações mais distintas do festival por trazer a onda do hyperpop europeu.
Com uma apresentação marcada por batidas intensas e tipicamente eletrônicas, a cantora deu início ao show com “Alone”, lead single de seu último álbum “Feed The Beast” e que leva a parceria de Nicki Minaj.
Inteiramente vestida de vermelho, assim como seus dançarinos que apareciam esporadicamente nas músicas da setlist, Kim Petras dividiu seu show em momentos mais mainstream e momentos mais nichados, como a sequência que trouxe quase que todas as faixas de seu EP “Slut Pop”, compostas por letras mais “proibidonas” sobre sexo – vide o momento em que ela simulou um chicote com uma peça de roupa.
Desde o momento em que subiu ao palco do The Town, Kim Petras esbanjava carisma e uma notória felicidade por estar se apresentando em solo brasileiro. Divertindo-se com as caras e bocas que fazia durante as coreografias e interpretações de suas músicas, a artista alemã mostrou ainda toda a potência de sua voz e seu incrível alcance para notas altas, apesar da presença do autotune no microfone.
Além de trazer faixas de seu último álbum, como “Hit It From The Back”, Kim ainda revistou alguns dos sucessos mais antigos de sua carreira, desde seu primeiro single “I Don’t Want It All”, até “Can’t Do Better”, reconhecida por parte do público por integrar a trilha sonora de “O Verão Que Mudou a Minha Vida”, série da Prime Video.
Fazendo a alegria dos fãs com a sequência das antigas “Do Me” e “Icy”, Kim Petras encerrou seu show alternando da divertida “Coconuts” (uma música sobre peitos, como antecipou a própria), para o tom mais sombrio e viral de “Unholy”, sua parceria com Sam Smith que rendeu o Grammy de Melhor Performance de Duo/Grupo Pop neste ano.
Mesmo com seu jeito delicado e as constantes declarações de amor a São Paulo, é fato que Kim Petras não foi a melhor escolha para compor o line-up do The Town. Por mais que a cantora esteja em constante ascensão e seja uma artista totalmente entregue nos palcos, o público do festival ainda é massivo demais para o eletropop e os sintetizadores da cantora que, talvez se encaixasse melhor e fosse melhor apreciada em festivais como o Primavera Sound.
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