Metric comprime hits em show que demora a contagiar no Primavera Sound SP

Metric
Foto: Divulgação

Debaixo de um sol intenso, com sensação térmica próxima de 40°C, havia certa aglomeração diante do Palco Barcelona para assistir ao show da banda Metric na tarde deste sábado (02), primeiro dia do Primavera Sound São Paulo.

Inicialmente, o grupo canadense liderado por Emily Haines voltaria ao Brasil após um período de 15 anos para integrar apenas a programação do Primavera na Cidade, que dispõe de shows extras na semana que antecede o final de semana do festival. Mas, por conta do cancelamento do trio MUNA, a banda foi escalada para ocupar um dos palcos principais no Autódromo de Interlagos.

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Com o instrumental intenso que mescla elementos do rock alternativo com o experimentalismo, o Metric abriu sua apresentação com “Gold Guns Girls”, seguida por “Dark Saturday”, equilibrando a demanda por hits mais antigos e mais novos.

Concentrados principalmente em oferecer uma grande performance musical para o público, tornando o conjunto de guitarras pesadas com sintetizadores ainda mais contagiante no ao vivo, Emily Haines não deixou de mostrar simpatia ao falar com o público, como no momento em que perguntou se eles “preferiam ser os Beatles ou os Rolling Stones”, fazendo com que a recepção de “Gimme Sympathy” fosse ainda mais calorosa.

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Por mais que o forte calor do sol tenha sido um agravante na energia do público, à medida que o show foi acontecendo e passando pelas diferentes eras do Metric, os presentes no espaço do Palco Barcelona foram aos poucos se deixando contagiar, em especial pelas músicas mais antigas, como “Help I’m Alive” e “Combat Baby”, esta última fazendo jus à turnê que celebra os 20 anos de “Old World Underground, Where Are You Now?”, primeiro álbum da banda.

Inevitavelmente, um dos ápices do show foi a performance de “Black Sheep”, single que integra a trilha sonora do filme “Scott Pilgrim Contra o Mundo”. Reconhecida imediatamente já na longa introdução feita pelos pratos de bateria e o efeito de guitarras desconectadas, essa foi talvez uma das músicas mais ovacionadas do setlist do Metric.

Sem interações muito extensas com o público além de gestos e caminhadas de uma ponta à outra do palco, mas mantendo a alegria por estar se apresentando no festival, Emily Haines pegou o gancho na última música do show “Breathing Underwater” para destrinchar o refrão na mensagem motivacional de que fazemos o que bem entendemos em nossas vidas, sendo reforçada ainda num coro extra cantado apenas pelo público.

Mesmo que a escavação do Metric para ocupar a grade do Primavera Sound tenha sido um acerto da curadoria, a curta apresentação da banda pode ter sido insuficiente para cativar o público como deveria; ainda mais considerando como a performance no Primavera na Cidade ofereceu o dobro de músicas, e sem a presença de um sol escaldante.

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi