Nação Zumbi faz ode a Chico Science com celebração de “Da Lama ao Caos” no Turá

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Foto: Juan Alves @juan_alves / Nação da Música

Marcando a transição da tarde para a noite no Turá, Nação Zumbi foi mais uma das atrações do line-up do festival neste sábado (29).

Para celebrar os 30 anos do álbum “Da Lama ao Caos”, composto pelo ex-líder da banda Chico Science, o show foi montado para tocar o disco na íntegra. Assim como na versão de estúdio, a introdução a uma das obras mais importantes da história da música brasileira foi marcada pela forte percussão de “Monólogo Ao Pé do Ouvido”, acompanhada ainda por imagens no telão de manchetes de jornal e cenas de guerra.

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Seguida pelas distorções e o experimentalismo de “Rios, Pontes e Overdrives”, o público exaltou-se com a performance de “A Cidade” e o forte impacto social da letra, especialmente pelo verso do refrão “o de cima sobe e o debaixo desce”. Saindo da esfera urbana, a banda tocou o segundo single do disco, “A Praieira”, que teve o clima psicodélico da melodia elevado pelo show de luzes.

“Tudo começou com a imagem de uma parabólica fincada na lama. E, três décadas depois, estamos aqui na seriedade da diversão”, disse o vocalista Jorge dü Peixe ao exaltar a obra proporcionada por Chico Science. Fazendo jus às palavras do vocalista da Nação Zumbi, “Samba Makossa” foi uma das faixas que mais instigou o público, contagiado pela miscelânea de ritmos e a pelo refrão “Celebrar, é assim que tem que ser / Maioral, é assim que é”.

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Seguindo a ordem das faixas, “Da Lama ao Caos” trouxe em tom de guitarras pesadas e distorcidas o conceito que Chico Science quis transmitir sobre a relação humana com o ecossistema do mangue, presente no trabalho do sociólogo Josué de Castro, “Homens e Caranguejos”. É mantendo a potência das guitarras que a energia se mistura às raízes recifenses de “Maracatu de Tiro Certeiro”, para introduzir em seguida a presença especial do cantor e compositor Maciel Salú, que soube exaltar ainda mais a cultura pernambucana com sua rabeca em “Salustiano Song”.

Após retomar o conceito de interferência da antena parabólica no mangue com “Antene-se”, a banda traz ao público de forma psicodélica a história de amor entre um pescador e uma lavadeira narrada em “Risoflora”, antes de dar continuidade à história do movimento manguebeat com a autoexplicativa “Lixo no Mangue” e seus pesados acordes de guitarra.

Encerrando a história de “Da Lama ao Caos” respectivamente com “Computadores Fazem Arte” e “Coco Dub (Afrociberdelia)”, a Nação Zumbi recebeu novamente Maciel Salú e sua rebeca no palco do Turá, consagrando a obra e a atemporalidade de Chico Science.

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi