Quarto dia de The Town surpreende pelas vozes potentes dos atos internacionais e energia inigualável dos atos nacionais

Mariah Carey
Foto: Divulgação

A edição de 2025 do The Town chegou ao fim no último domingo (14) e eu, Guil Anacleto, vim aqui contar pra vocês como foi a minha experiência no sábado (13) no festival que aconteceu no Autódromo de Interlagos, na capital paulista.

Sobre a estrutura do espaço, é realmente incrível ver os avanços que os festivais que acontecem no Autódromo tem tido: a qualidade do banheiro, dos pontos de hidratação, lixeiras e tudo mais deixaram o evento bastante confortável para quem estava disposto a curtir. Saídas de emergência, bombeiros distribuindo água na grade, dentre outras coisas, chamaram atenção pela organização. Destaque especial para o “Expresso The Town” que desembarcava na estação Cidade Dutra, próximos da entrada do evento, facilitando as chegadas e partidas.

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Numa noite que teve de MC Livinho a Lionel Richie nas figuras masculinas, eu gostaria de focar a minha análise nas figuras femininas que dominaram a noite: três mulheres e uma drag queen.

A começar pela Jessie J, a cantora enfrentou problemas de saúde há cerca de 4 meses precisando se submeter a uma cirurgia na mama, tendo sido liberada pela sua equipe médica a fazer um show apenas acústico, entregou um evento como ninguém com vocais no ponto, afinação afiada e tudo o que ela precisou foi de um microfone, um violonista, um terninho de paetê e um pente pra ajustar seu cabelo chanel característico. Com uma setlist cheia de hits, Jessie esbanjou carisma, conversou com o público, incentivou muito todos a continuarem a sonhar e até mesmo lançou uma música nova prometendo que, se ficasse bom, o vídeo da performance seria o lyric video da faixa que ela chamou de “H.A.P.P.Y.”.
Sem dúvidas, uma mestre no palco, pois, nas palavras de Pabllo Vittar: “com banda ou sem banda, ela é o show.”

Seguindo na sequência, tivemos Glória Groove, o melhor show da noite em termos criativos: pontual, irreverente, inventiva e cheia de conceito, a drag queen da Vila Formosa de São Paulo, entregou um show fluido, redondo e cheio de novidades. Tenho a impressão de que, pelo público do festival do dia ter ido ver headliners como Mariah e Lionel, num movimento inteligente, a cantora repaginou a maioria de suas músicas para um estilo mais jazz, blues, r&b com presença de samples e interpolações de músicas icônicas de artistas como Lauryn Hill, Arctic Monkeys, Michael Jackson e Beyoncé. De crianças até a terceira idade, não ficou ninguém parado onde eu estava enquanto ela trazia seus hits com nova roupagem e uma banda acompanhada de backings muito competentes. Há quem seja contra esse tipo de movimento em festivais… não é o meu caso.

E o que dizer de Ivete Sangalo? Seu nome, por si só já traz um peso e uma leveza que são opostos, mas ainda assim complementares: a força da energia da cantora que entrega como ninguém um show pra ficar na memória de qualquer um ao mesmo tempo vem com a leveza de se sentir íntimo dela como se ela estivesse junto com você numa comemoração de um karaokê. Ivete sabe ser anfitriã, chega no palco com presença de quem sabe que merece estar no palco principal sem perder a humildade, a alegria e a energia livre e de amor que só seus milhares de hits podem oferecer. Dona e proprietária do seu nome e da sua imagem, a energia de Ivete chega da primeira pessoa da grade até ao ser humano mais distante na multidão. O Brasil tem muito o que aprender com a cantora e o mundo muito mais.

Pra encerrar o show, tivemos a voz de toda uma geração: Mariah Carey. Extremamente pontual, a cantora – conhecida pela sua personalidade diva – não deixou a desejar e entrou no palco com um macaquinho ajustado ao corpo cheio de paetês e, com direito a mais três figurinos, entoou os maiores hits da sua carreira. Dona de vocais poderosos e de uma figura emblemática, a cantora cumpriu o que costuma se propor a fazer e entregou nostalgia e brilho, além de cantar seus dois recentes singles “Type Dangerous” e “Sugar Sweet”, parceria com Kehlani e Shenseea.

Foi uma noite marcada por shows de muitas nuances com pontualidade, figurinos icônicos, vozes marcantes, presença de palco, muito carinho pelos fãs e, pra mim que sou cantor e sonho com aquele palco, muita inspiração.

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O festival, que teve 5 dias na edição deste ano, deve voltar em sua próxima edição com dois dias a mais de curtição, energia e alegria para os fãs no autódromo de Interlagos. Preparados pro próximo line-up?

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Guil Anacleto
Guil Anacleto
Arquiteto e Urbanista por opção, cantor e amante de música por vocação. Uniu seu gosto por música e por escrita quando viu no Nação da Música a oportunidade de fundir ambos. Não fica sem um bom livro, um celular e um fone de ouvido. Amante de séries, televisão, reality shows, gastronomia, viagens e tenta sempre usar isso a seu favor para estar reunido com família e amigos. Uma grande metamorfose ambulante reunida em um coração sonhador com um toque de humor indispensável.