Rise Against faz espetáculo hardcore de alto nível no Punk Is Coming! de SP

Rise Against
Foto: Reprodução/Instagram

Marcando o início das apresentações da noite de sábado (8) no Allianz Parque, a banda americana Rise Against trouxe o toque necessário de hardcore ao evento Punk Is Coming, que reuniu diferentes bandas para o show do Offspring em São Paulo.

Apesar da última passagem da banda pelo Brasil ser recente – eles foram uma das últimas atrações do primeiro dia do Lollapalooza 2023 – nem por isso o retorno do Rise Against foi menos empolgante. Prova disso foi a vasta quantidade de rodas punks que se formaram logo nos primeiros acordes de “Re-Education (Through Labor)”, assim como os pulos e gritos com punhos cerrados e mãos para o alto do público em resposta à animação pedida pelo vocalista Tim McIlrath.

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Por mais que este fosse o primeiro show do Rise Against de muitos dos presentes no Allianz Parque, os fãs deixaram evidente a devoção à banda, mostrando a mesma euforia nas músicas mais recentes, como “The Violence” (do álbum “Wolves”, de 2017), até as mais antigas, como “Give It All” (do disco de 2004, “Siren Song Of The Counter Culture”).

Um dos pontos mais interessantes da obra do Rise Against se dá pela sua versatilidade aplicada à essência do hardcore melódico, com diferentes variações do ritmo numa mesma música. A exemplo disso, a versão ao vivo de “Help Is On The Way” foi acompanhada em todas as suas nuances pelas palmas quase em ritmo de condolências do público. “Essa não é a nossa primeira vez aqui e sabemos que vocês podem ser ainda mais barulhentos do que isso. Aqui vai a música que é o verdadeiro motivo de termos voltado para cá”, introduziu o vocalista antes da performance de “The Good Left Undone”, um dos maiores hits da banda que, assim como a anterior, ressalta sua grande qualidade musical.

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Usando a letra de “Satellite” para reafirmar o retorno ao Brasil (após tantos pedidos dos fãs), Tim McIlrath aproveitou o gancho da última vinda para tocar pela primeira vez no país a nova música do Rise Against, “Nod”, lançada em janeiro deste ano após um intervalo de 3 anos sem inéditas da banda. Diante do engajamento inigualável dos brasileiros com o trabalho de seus ídolos, o público mostrou que também segue os valores de respeito e solidariedade propagados pelos membros da banda, chamando a atenção dos artistas para que o corpo de bombeiros socorresse uma mulher que desmaiou no meio da multidão. 

As trocas do público com o Rise Against mostraram-se imediatas a todo o momento e cada comando feito por Tim McIlrath ao longo do show: desde os berros em complemento ao contagiante refrão de “Ready To Fall” até a abertura de (ainda mais) rodas punk para dançar a melódica “Prayer Of The Refugee”. Tal cenário, por mais contraditório que possa parecer, criou o clima perfeito para o único momento acústico do show, em que McIlrath ficou sozinho no palco com um violão para cantar “Swing Life Away” sob um estádio completamente iluminado por lanternas de celulares.

Com o fim do pequeno “respiro” e próximo do encerramento do show, a energia hardcore foi retomada com o retorno do restante da banda ao palco e as distorções de guitarra que marcam o início da enérgica “Make It Stop (September’s Children)”, acompanhada do coro do público. “2025, que época doida para se estar vivo e aqui com vocês. Obrigado por serem os nossos salvadores”, o agradecimento final feito por Tim McIlrath fez com que a performance de “Savior” e seus solos de guitarra estendidos levasse o público ao completo estado de êxtase, que, provavelmente, só será sanado agora com uma turnê solo do Rise Against no país.

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Natália Barão
Natália Barão
Jornalista, apaixonada por música, escorpiana, meio bossa nova e rock'n'roll com aquele je ne sais quoi