De La Tierra
O segundo dia da segunda parte do Rock in Rio começou com uma Cidade do Rock estranhamente esvaziada e foi assim que De La Tierra abriu as apresentações do Palco Mundo. O som feito por Andreas Kisser (Sepultura), Andrés Gimenez (A.N.I.M.A.L.), Sr. Flavio (Los Fabulosos Cadillacs) e Alex González (Maná) era pesado, já colocando uma cara de como seria o resto da noite. Contudo, até por conta do esvaziamento do local, foi um show morno e aqueles que prestavam atenção ao que acontecia no palco, curtiam timidamente em seu local. “Rostros” e “Fuera” foram algumas das faixas apresentadas e rolou até cover de “Polícia” do Titãs, um dos destaques do concerto.
Mastodon
Aqui e ali viam-se pessoas com a camisa do Mastodon pela Cidade do Rock. Mantendo o “clima pesado” estabelecido pela primeira atração, o Mastodon usou “Tread Lightly” para iniciar sua apresentação, primeira no país. A setlist seguiu com canções como “Blood and Thunder” e “The Motherload”, esta parte de seu mais recente trabalho. A troca de vocalistas durante a apresentação pareceu chamar atenção dos presentes. Já os fãs, que tinham sua pequena, mas importante representação, pareceram apreciar o que foi trazido pelo grupo. Ainda assim, além do clima, outra coisa que se manteve nesta segunda apresentação de Palco Mundo foi o estado do público. Contudo os dois grandes nomes da noite ainda estavam por vir…
Faith No More
O Faith no More subiu ao Palco Mundo de certa forma meio deslocado, considerando o ritmo das duas bandas anteriores. Vestidos de branco e com muitas flores no palco, o grupo causou um certo estranhamento aos presentes. Logo de início, o vocalista Mike Patton teve um pequeno acidente ao tentar pular na platéia; meio de repente, Mike se jogou ao público, mas errou na medida e acabou caindo. Apesar disso, Mike, que usou e abusou de seu conhecimento da língua portuguesa, deu procedimento ao show, que mesmo tendo trazido a clássica “Epic” deixou de fora grandes hits da banda.
Slipknot
A quantidade de pessoas na Cidade do Rock não aumentou muito, e apesar dos presentes terem se reunido na frente do Palco Mundo para receber o Slipknot, a locomoção pelo espaço era fácil, o que foi bem diferente no show do System of a Down, por exemplo, quando tentar um lugar melhor era tarefa impossível. O local vazio terminou por influenciar o show da banda, e mesmo que próximo ao palco muitos fãs cantassem as canções e fizessem as rodas punks, bastava se encaminhar um pouco para as laterais para perceber um público morno, de energia baixa, parecendo meio alheio a loucura que acontecia no palco. A banda em si fez um belo show, como era de se esperar; exalavam grande energia (não muito correspondida pelos expectadores), parecendo realmente animados com a volta ao festival. Corey Taylor, como sempre carismático, a todo momento chamava os presentes de “amigos” e “família” e fez até uma surpresa para o integrante Clown ao puxar “parabéns”. O setlist trouxe as clássicas “Vermillion” e “Duality”, durante as quais o público parecia mais acordado. Todavia, bastava surgir uma musica do álbum “.5: The Gray Chapter”, como “AOV” e “Sarcastrophe”, que todos voltavam a “adormecer”. Foi muita banda para pouca platéia.