O atual show de Roger Waters não é apenas um concerto de rock com visuais deslumbrantes; é uma aula de música, história, humanismo, política e, claro, de como é que se faz um verdadeiro espetáculo. Com a turnê “This Is Not a Drill”, divulgada com a última de sua carreira, o eterno integrante do Pink Floyd, que se apresentou em São Paulo no sábado (11) e domingo (12) no Allianz Parque, mostrou o quão grandioso é – como músico e como ser humano.
Nas duas horas e meia de show – com um intervalo de 20 minutos – Roger Waters exibiu mensagens de protestos nos quatro telões gigantescos do palco. Ele pediu o fim da guerra e do genocídio que está acontecendo entre Israel e a Palestina, pediu direitos humanos para os indígenas e para as pessoas trans, relembrou a 2ª Guerra Mundial mostrada pela visão de um judeu, ressaltou a indiferença racial e gritou por Marielle Franco.
Em outro momento, exibiu os rostos de vários ex-presidentes dos Estados Unidos, e também do atual, Joe Biden, os acusando de “criminosos de guerra” e apontando seus malefícios.
Musicalmente, o baixista e vocalista de 80 anos fez uma homenagem à sua antiga banda, o Pink Floyd. No setlist, dá-lhe clássicos como “Comfortably Numb”, “Another Brick in The Wall, Part 2 e 3”, “Have a Cigar”, “Wish You Were Here”, “Money”, “Us and Them”, “Eclipse”, “Brain Damage”, “Ouside The Wall” e mais. Todas intercaladas com algumas canções de sua carreira solo.
Roger Waters também recapitulou sua amizade com Syd Barret e o começo do Pink Floyd em um texto emocionante e imagens viajantes exibidas nos telões. Ainda houve interações com o público, como uma ovelha enorme que flutuou por cima das pessoas em “Sheep”, o famoso porco em “In The Flash” e as luzes coloridas que simulavam um arco-íris no estádio, em referência ao clássico álbum “The Dark Side of The Moon”, que acabara de completar quatro décadas de seu lançamento.
Uma coisa é certa: não há outro artista igual a Roger Waters, que consegue hipnotizar o público por mais de duas horas unindo música e política sem soar militante demais. Ao final, todos saem de seus concertos mais conscientes perante as malezas do mundo. E, por isso, que ele é tão essencial.
Resenha por Itaici Brunetti.
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