Dizem que uma peça pode mudar o jogo para melhor. E é verdade. No caso do Slipknot, essa peça se chama Eloy Casagrande, o brasileiro que, atualmente, ocupa o cargo de baterista da banda e, que, os fãs tupiniquins puderam presenciar ao vivo neste sábado (19), na primeira noite do Knotfest Brasil, em São Paulo.
Um dos maiores representantes do new metal e dono de um dos shows mais enérgicos e insanos do gênero, vinha caindo na mesmice nos últimos anos. Os recentes álbuns do Slipknot, “The End, So Far”, de 2022, e “We Are Not Your Kind”, de 2019, mostraram uma banda que não conseguia mais inovar e pecava em se repetir. O mesmo valia para as apresentações ao vivo que, por mais bem executadas, não traziam mais o frescor e paixão de antes.
Foi, então, que as cadeiras (no caso, os bancos dos bateristas) rodaram no mundo do metal e Eloy Casagrande, que estava no Sepultura, assumiu as baquetas do grupo gringo, dando uma nova empolgação aos fãs dos mascarados e vitalidade renovada aos integrantes. Foi o sangue novo que fez a diferença.
Com a nova formação, o Slipknot saiu em turnê mundial e chegou ao Brasil neste fim de semana encabeçando o Knotfest Brasil (o seu próprio festival) em duas noites seguidas. Na primeira, o grupo que tem à frente o vocalista Corey Taylor mostrou empolgação e muito ânimo pelo momento em que estão vivendo. Eloy trouxe mais energia para as músicas, o que, naturalmente, exige mais dos músicos ao seu redor nas apresentações.
O brasileiro, jogando em casa, foi uma das atrações do show. Nos intervalos das músicas, os fãs gritavam por seu nome e o instrumentista aparecia no telão a todo momento – às vezes com um câmera focada nele por longos segundos – o que, convenhamos, não acontece frequentemente com bateristas. Eloy foi, com certeza, o astro da noite. E, como diz o meme, para os fãs brasucas de metal, a sua entrada no Slipknot foi similar à sensação de ganhar uma Copa do Mundo. Ou seja, o show foi o momento de celebração.
Ratos no escuro
O primeiro dia do Knotfest Brasil ainda contou com apresentações de nomes como Mudvayne, Amon Amarth, Meshuggah, Dragonforce, Krisiun, Ratos de Porão, Eskröta e mais.
As bandas brasileiras foram colocadas no Maggot Stage, um palco pequeno localizado ao lado do gigantesco Knotstage, onde os grupos internacionais tocavam. No entanto, uma situação desagradável ocorreu durante o concerto do Ratos de Porão: devido a problemas técnicos, a banda realizou seu show sem iluminação nenhuma, totalmente no escuro. No breu.
“Só porque a gente é punk devemos tocar no escuro?”, disse o vocalista João Gordo em tom de ironia. O baixista Juninho, visivelmente incomodado com o ocorrido, pedia ao microfone: “Acende uma lanterna aqui, pelo menos, que não dá para enxergar nada”. O pedido foi atendido e o show continuou. Enquanto isso, no palco principal, bem ao lado, a iluminação permanecia intacta para preparação do Slipknot.
No Instagram, Gordo explicou indignado: “Deu ‘tilt’ na iluminação do Slipknot e zerou a programação, sobrando para a gente, mas mandamos a nossa brasa como se estivéssemos em um clubinho de 100 pessoas em qualquer lugar do mundo”. Depois, em protesto, e sempre bem-humorado, postou uma imagem preta. Na legenda, escreveu: “Ratos de Porão no palco do Knotfest Brasil.”
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