
Neste domingo (2), o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, se tornou palco para os indies e nerds que cresceram na década de noventa celebrar um momento único: o da banda norte-americana Weezer tocando na íntegra o seu tão adorado e autointitulado álbum de estreia, lançado em 1994 e apelidado de “blue album”.
O disco, que na capa apresenta os quatro integrantes parados despretensiosamente na frente de um fundo azul, influenciou gerações de bandas independentes (inclusive, nacionais – Marcelo Camelo, dos Los Hermanos, por exemplo, já disse que é um de seus discos preferidos) e muitas outras que moldaram o pré-emo. Até a cantora pop Olívia Rodrigo é fã da banda. Durante seu show no festival Lollapalooza desse ano, em Chicago, ela chamou a banda ao palco para tocar “Buddy Holly”, o maior hit do álbum.
Voltando ao Ibirapuera e ao festival Índigo (no qual teve, além de Weezer, apresentações dos ingleses Bloc Party, dos escoceses Mogwai, da espanhola Judeline e da japonesa Otoboke Beaver), o grupo liderado pelo tímido vocalista e guitarrista Rivers Cuomo trouxe uma ajuda de peso: o baterista Josh Freese (ex-Foo Fighters) para ocupar as baquetas enquanto o baterista original Patrick Wilson adicionou uma 3ª guitarra e violão ao show, tornando as execuções das músicas mais fieis às gravações do disco.
No entanto, para os fãs que esperavam que o “blue album” iria ser tocado exatamente como é no disco, faixa após faixa, veio uma surpresa: o grupo foi alternando as canções do álbum como “My Name is Jonas”, “No One Else”, “Undone – The Sweater Song” e “Say It Ain’t So” com outros hits da carreira, como “Dope Nose”, “Hash Pipe”, “Island The Sun” e “Beverly Hills”. Teve até espaço para lados-b como “You Gave Your Love to Me Softly” e “I Just Threw Out the Love of My Dreams”, que estão em alta no TikTok. Esse modelo de setlist deixou o show menos previsível e mais interessante.
Em sua terceira passagem pelo Brasil, o Weezer se mostrou mais conciso e à vontade perante o público brasileiro. Rivers, que não é de se comunicar muito, estava descontraído e até errou ao dizer “Bom dia” em português, sendo corrigido pelo público na sequência, pois o show aconteceu à noite.
Ao final, os indies, roqueiros, nerds, pais e filhos saíram felizes da vida do Parque Ibirapuera. Foi um momento em que somente a música importava e a nostalgia, com aquela lembrança de tempos mais simples, inocentes e esperançosos, bateu forte.
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