Foi no ano de 2005 que os amigos Scott Staton, Dave Lang, Chris Petersen e Ghosty Boy, da banda Current Swell, lançavam o seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “So I Say”. Direto do Canadá, uma banda se iniciava com raízes no surf, mistura de violões, guitarra havaiana, gaita, bateria, baixo e vocais.
A banda retorna ao Brasil com seu quinto álbum, e a Nação da Música bateu um papo com Dave Lang em uma entrevista exclusiva onde comenta sobre “Ulysses”, os desafios no novo álbum, a vinda para o Brasil, e os planos para o próximo ano.
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Confira a entrevista na íntegra feita por Andressa Oliveira e Gabriel Simas.
Nação da Música: Recentemente vocês lançaram o quinto álbum de estúdio da banda, intitulado “Ulysses”. Como foi lançar um trabalho novo depois de 3 anos sem novidades?
Dave Lang: É muito bom estar de volta porque no nosso último álbum, nós entramos pra uma gravadora, então tudo mudou… Nós o relançamos, fizemos algumas coisas internacionais, fomos pra a Europa, tivemos muito mais trabalho, então é maravilhoso estar de volta depois de todo esse tempo, com um material novo.
Nação da Música: Em uma entrevista, vocês comentaram que sempre tentam fazer algo diferente nos novos discos. Qual foi o desafio desse? Se pudesse destacar uma diferença em “Ulysses” para os outros álbuns, qual seria?
Dave Lang: Essa é uma boa pergunta… nós esperamos tanto nesses últimos 3 anos que fizemos 35 músicas e depois precisávamos tentar encaixá-la em um álbum. O Nathan Sabatino, que é um produtor incrível, nos ajudou muito. A gente tinha cada um sua visão sobre as músicas e ele ajudou a agrupá-las e a fazer sair algo mais concreto, fora que ele trouxe alguns tons e parte interessantes. Ficamos felizes com o resultado.
Nação da Música: A próxima parada da turnê da banda é no Brasil, país no qual vocês já estiveram antes. Qual a sensação de voltar para cá? O que vocês esperam da nova turnê aqui?
Dave Lang: Ainda vamos tocar em alguns festivais antes de chegar no Brasil, e eu lembro bem da última vez que fomos, mas só conhecemos o Rio de Janeiro e São Paulo. Dessa vez vamos para mais lugares, e é maravilhoso estar no Brasil. A gente sempre conhece fãs brasileiros pelo mundo, eles estão em todos os cantos. Eu estou animado para comer churrasco e tomar minhas cervejas favoritas do Brasil, e teremos bastante tempo. Vamos tirar duas semanas de férias aí depois dos shows. Minha mulher está indo comigo!
Nação da Música: Vocês começaram fazendo vídeos na internet. O que mudou nesses anos?
Dave Lang: Agora sem dúvida temos muito mais pressão em cima da gente. Nós somos um pouco preguiçosos. A gravadora quer correr pra gravar o single e o clipe, e nós somos mais lentos. Mas a gente tem um empresário que nos filtra de tudo o que a gravadora quer, ele só nos passa o que realmente precisamos saber. Focamos na arte, e ele nos negócios, pra não afetar a nossa visão como artistas.
Nação da Música: Vocês, inclusive, ganharam o 1º lugar no Vancouver’s Peak Performance Project abriram shows para os Beach Boys. Muita coisa mudou na carreira?
Dave Lang: Nossa música reflete onde estamos como pessoas. O primeiro álbum mostra nossa adolescência. Sem dinheiro, tem charme jovem, algo como 21 anos de idade, conflitos com polícia, drogas, álcool, festas, mulheres. Era com isso que nos importávamos na época. Com o tempo você começa a pensar nas pessoas da sua vida, na sua família e nossa música reflete isso.
Nação da Música: Como foi o processo de composição desse novo álbum? Alguma faixa preferida em especial?
Dave Lang: Bad News, ou Who Is With Us, ou One Day I’ll be Rich.
Nação da Música: Se pudesse descrever “Ulysses” em uma palavra, qual seria?
Dave Lang: Viagem.
Nação da Música: Quais são os planos para o fim desse ano e 2015?
Dave Lang: Em outubro faremos as maiores casas de shows que já fizemos no Canadá, e estamos bem animados. Devemos fazer uma turnê pelos Estados Unidos em novembro e alguns shows bem grandes em Vancouver pra encerrar o ano. Acabamos de voltar da Inglaterra e tem tudo acontecido tão rápido que eu desejo que a gente pare um pouco no ano que vem pra descansar. Mas estou animado para o Brasil.
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