Entrevistamos 3030 sobre novo disco “Tropicalia” e inspirações

3030
Reprodução

O trio 3030 disponibilizou no último dia 10 o disco “Tropicalia”, que marca o 10º trabalho de estúdio do grupo. Com 11 faixas, o álbum conta com participações de artistas como Big Mountain, Lary, Rodrigo Cartier, entre outros.

A Nação da Música conversou com Rod sobre o processo de produção do novo disco, as colaborações, a participação no Encontro das Tribos e a inspiração para a capa do trabalho.

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Entrevista por Marina Moia.

——————————— Leia a íntegra:

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Obrigada por falarem com a gente. “Tropicalia” está no ar e imagino que as expectativas estavam lá no alto! Como está sendo pra vocês finalmente colocar essa criação no mundo pra todos ouvirem?
Rod: Está sendo muito gratificante, foi um disco que a gente se desafiou bastante. Quando lança é que conseguimos ter realmente a percepção de como ficou o trabalho e vendo a reação dos fãs, a galera gostando, deixa a gente muito feliz.

É um disco bem repleto de participações especiais, que vão desde Big Mountain à Lary a Bhaskar. Como foi o processo de escolher todos esses nomes para participarem do álbum?
Rod: Foi natural, acontecendo com o tempo. A Lary foi por acaso, Big Mountain a gente estava indo pra LA e fizemos o contato com eles lá, mas nada estava certo que ia pro “Tropicalia”, fomos decidindo depois.

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Em “Tropicalia”, só duas faixas estão sem participações. Como funciona o processo de criação e produção de vocês?
Rod: Normalmente nosso processo de criação começa com o beat. O LK faz as produções da maioria das músicas e a gente escreve. Algumas vezes o Bruninho compõe, traz no violão e a gente faz.

O novo álbum marca também o 10º lançamento da carreira do 3030 e gostaria de saber quais as principais diferenças e semelhanças que vocês conseguem enxergar entre “Tropicalia” e os primeiros discos da carreira da banda.
Rod: No início a gente pegava mais influência dos Estados Unidos e a partir de um momento a gente se voltou só para o Brasil. Para cada geração de fãs do 3030, raiz é uma coisa. Tem gente que acha que raiz é 2010 quando teve o “Universo Adverso” com a influência do rap americano e tem gente que acha que nossa raiz é o acústico. Então nesse disco a gente volta pra raiz lá de traz, dos nossos mixtapes, com a influência e os beats dos raps gringos mas com a nossa cara, com o violão e o que a gente trouxe pro rap nacional.

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Apesar de vocês terem músicas que pregam a positividade e amor, tem espaço também pra letras mais críticas, como já é clássico do rap. A situação atual política e social no nosso país inspirou vocês neste trabalho específico? Como?
Rod: Nesse trabalho a gente se inspirou na tropicália original em 67/68 com o Caetano, com o Gil. Naquela época eles passavam por uma ditadura, e por mais que a gente viva numa democracia, hoje a opressão, o pensamento extremista, um presidente radical lembram muito uma ditadura. Naquela época Tropicalia veio como uma fuga para passar pela censura e falar disso tudo de uma forma mais romântica e por mais que esse seja nosso disco com mais faixas românticas, isso nada mais é do que um reflexo da nossa carreira inteira criticando e tentando achar soluções.

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Chega um momento desse que você fica até um pouco descrente e pensa “esse disco vai ser mais focado no amor mesmo e o amor é a resposta pra tudo e vamos nessa”. Não adianta só ficar criticando, às vezes falar de amor é a melhor forma de revolução.

O que levou vocês a se inspirarem na famosa capa dos Beatles para a capa do próprio álbum?
Rod: Quando a gente pensou em Tropicalia, vimos que a inspiração da capa do disco que eles fizeram em ‘Tropicalia ou Panis et Circencis’ usou como referência a capa do Sgt. Pepper’s. A gente pensou também em usar essa referência da capa dos Beatles até porque achamos uma capa muito emblemática e maneira.

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Vocês participaram do Festival Encontro das Tribos recentemente. Como foi?
Rod: Foi mó satisfação ter participado mais uma vez desse festival, a gente acha que o 3030 tem tudo a ver como esse o Encontro das Tribos porque temos essa mistura de ritmos e sons na nossa própria música e é a ideia principal do festival. Para nós é sempre uma satisfação participar do Encontro das Tribos e dessa vez não foi diferente. Foi muito bom esse show, acho que foi até a melhor participação que a gente fez até hoje.

Agora que o álbum já está pronto para todos ouvirem, quais os planos da 3030 daqui pra frente?
Rod: A gente vai lançar clipes do CD “Tropicalia”, estamos pensando em fazer alguns acústicos e já estamos pensando no próximo projeto, mas o foco agora é o lançamento de “Tropicalia”.

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Gostariam de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Rod: Aí, Nação da Música, tamo junto, obrigada sempre pelo apoio e espero que tenham gostado do disco de “Tropicalia”. É nois!

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Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.