Entrevista: The Rasmus fala sobre novo álbum e vinda ao Brasil

The Rasmus
Foto: Anders Thessing

A banda The Rasmus teve uma rápida passagem pelo Brasil para divulgar o próximo álbum da carreira “Dark Matters” no último final de semana. Mas os fãs que não tiveram a oportunidade de encontrar os caras podem ficar sossegados: eles prometem voltar em breve!

Pelo menos é o que revelou o vocalista Lauri Ylönen durante um bate-papo com a Nação da Música. Além de adiantar um pouco sobre o nono disco da carreira – que deve ser lançado no dia 6 de outubro -, ele abriu o coração sobre suas inspirações pessoais para o trabalho e outros assuntos que você confere a seguir.

Entrevista feita por Maria Victoria Pera Mazza.

————————————————————————————————————— Leia a íntegra

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Depois de lançar tantos álbuns, como você analisaria a evolução musical do The Rasmus com esse nono disco “Dark Matters”?
Lauri Ylönen: Bom, então vamos começar desde o começo, lá em 1994 quando iniciamos a banda. Nós éramos uma banda escolar, sabe? Fizemos nosso primeiro show em uma festa de final de ano da nossa escola e os assuntos que abordávamos naquele tempo eram relacionados a isso o que vivíamos: colégio, andar de skate, namoradas. E isso era real para mim naquele tempo e é razão que a música tem sido a verdadeira história por trás de todas as canções. É como escrever um diário da minha vida, se eu tinha alguma experiência diferente, se eu me sentia mal com alguma coisa iria escrever sobre aquilo. Então, se eu olhar para trás agora depois desses nove álbuns é realmente como um diário da minha vida, como se cada música fosse um capítulo do que já aconteceu comigo.

E com o novo álbum isso não é diferente, são cinco anos entre ele e o último disco lançado. Esses últimos cinco anos foram de muitas experiências em minha vida. Entrei em turnê, aprendi algumas coisas, me divorciei de minha esposa depois de tantos anos juntos, me mudei para outro país e estou morando em Los Angeles agora. São mudanças significativas… Deixar o meu país de origem, sabe? Enfim, todas essas coisas foram grandes para mim e eu, com certeza, quero continuar escrevendo músicas sobre isso.

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Você falou um pouco sobre as inspirações para esse trabalho e eu li também que ele tinha um pouco de tristeza, algo mais melódico e obscuro em sua composição. Que outras coisas você diria que influenciaram esse álbum ou ele é totalmente sobre essas experiências?
Lauri: Sim, tem essas coisas que aconteceram comigo e que presenciei, então diria que tem mesmo essa parte obscura e dolorosa no caminho. Mas em minhas letras há sempre um pouco de esperança. Tem sempre uma luz no fim do túnel (risos). Acredito que, quando você tem que abrir mão de algo, quando algo chega ao fim, existe sempre um novo começo, eu acredito nisso. A vida tem que continuar e você tem que se levantar, ser corajoso e seguir em frente.

Bom, The Rasmus fez uma passagem promocional agora em setembro no Brasil e vocês já estiveram aqui antes. Como foi voltar para o nosso país?
Lauri: Maravilhoso! Nós estávamos na Cidade do México e chegamos no dia 24 (de setembro), foram três dias para promover o nosso álbum em São Paulo. Nós fizemos um meet and greet muito legal com os fãs, fizemos também uma sessão especial para escutar o disco, tiramos fotos, conversamos e foi uma noite muito agradável. Deu até para festejarmos depois em um restaurante da cidade.

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E como é pra vocês ter esse contato tão próximo com os fãs brasileiros além das redes sociais? Nem sempre é fácil para ele conhecer seus ídolos, nem todo mundo tem a oportunidade e vocês fizeram de forma gratuita…
Lauri: É muito bom ver os nossos fãs brasileiros depois de onze anos. Sim, são onze anos desde que tocamos aqui a última vez – faz muito tempo! Nós tentaremos voltar o mais rápido possível para um show em maio do próximo ano. Nós amamos voltar e queremos ter a chance de vir ao Brasil todos os anos a partir de agora. Temos muitos fãs aqui, é um país lindo para fazer uma turnê. Ótima receptibilidade, muita gente legal e uma cultura especial que apreciamos muito. Esperamos fazer isso mais vezes.

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Depois de mais de vinte anos de estrada, qual você considera ter sido o maior desafio da banda até agora? Porque a gente vê uma dominância cultural musicalmente falando de bandas e artistas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Vindo da Finlândia, acredita ser mais difícil se consolidar no cenário?
Lauri: Acho que sim. É muito especial e importante que uma banda da Finlândia, como você disse, se tornar tão popular mundialmente. É um país pequeno que fica no norte da Escandinávia… e, olha, não sei qual é a razão para tudo isso. Mas eu sei que sempre que fazemos algo damos 200% de nós mesmos. Sempre confiamos, sabe? Tipo “somos os melhores do mundo” (risos) e gostamos de mostrar ao mundo tudo o que temos para mostrar, nosso poder e nossa coragem. Também acho que, como começamos ainda jovens, inocentes, nós éramos confiantes demais – e esse é um grande poder se você souber como usá-lo.

Claro que nós tivemos tempos difíceis, já pensamos em acabar com a banda… Nem sempre está tudo ótimo. Então, tirando esses momentos, nós seguimos em frente, e em frente, e em frente, escrevemos músicas novas e tentamos superar os dias ruins. Acredito que temos que ser persistentes, não desistir e continuar fazendo o que gostamos. E, claro, sempre tentar ser melhor.

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Poderia deixar um recado para os fãs do The Rasmus que curtem Nação da Música?
Lauri: Sinto muito por ter demorado onze anos para voltar a visitar esse lindo país, mas nós tentaremos nos redimir com uma turnê no próximo ano, provavelmente em maio. Obrigado por tudo.

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Avatar de Maria Mazza
Formada em jornalismo, considera a música uma de suas melhores amigas e poderia facilmente viver em todos os festivais. Bandas preferidas? McFLY e Queens of the Stone Age.