Entrevista: Paolo Nutini fala sobre sua vinda ao Brasil

paolo nutini

Paolo Nutini finalmente está vindo para o Brasil. Depois de quase dez anos o escocês, que já lançou 3 álbuns está trazendo sua turnê para São Paulo como a gente comentou aqui e também vai dar uma passada pela Argentina.

A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com o cantor que falou sobre sua turnê, sua evolução, influências e Amy Winehouse.

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Entrevista feita por Nathali Lima e perguntas de Andressa de Oliveira e Nathali Lima.

————————————————————————————————————— Leia a íntegra

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– Nós estamos muito animados para esse show. Nós estamos esperando há 10 anos…

Eu também, eu também. Eu tenho trabalhado muito nisso. Eu tenho um novo show que eu estou trabalhando e eu só vou apresentar lá, então estou bem curioso, mas também estou animado. Eu nunca fui ao Brasil, em outras turnês, nem na América do Sul. Então eu espero que seja o começo e não o fim.

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– É uma pena que você só vem para São Paulo. Eu espero que você possa voltar e ir por toda a América do Sul. Não só no Brasil, mas em países diferentes.

Na verdade, nós vamos acabar a turnê no Brasil. A gente vai ter uma pequena passagem, acho que começa no México, e depois Chile, algumas outras cidades, Argentina e então o Brasil. E eu espero que eu continue do Brasil para outros lugares e que eu fique talvez um mês na América do Sul para explorar.

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– Isso é bem legal…

Esse é o plano, mas você sabe…é algo que eu espero fazer. Porque é algo que, mesmo antes de ter a confirmação que faríamos os shows, é algo que eu queria ter certeza de fazer que é conhecer um pouco da cultura, sabe? É isso que eu quero de experiência. Eu mal posso esperar. Estou muito animado!

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– Isso é muito legal. Você tem diferentes influências de diferentes culturas, mas também diferentes tipos de músicas nos seus álbuns…

Sim.

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– Como essa evolução veio? E eu não falo só da evolução como um amadurecimento, mas como você mudou tanto de álbum para álbum. Você acha que suas viagens, idade e conhecer novas pessoas influenciou isso? Como você se sente sobre sua música ter mudado tanto com o passar dos anos?

Uhm, eu não sei…Eu já fiz bastante essa pergunta ao longo do tempo. Mas o engraçado é que…no final da última turnê as pessoas vinham me perguntar “por que as músicas mudaram tanto?”. Mas eu não acho que elas mudaram tanto assim…

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– É, as vezes até as mesmas canções mudam…

Muitas das músicas que fazemos do “Caustic love”, nós temos tocado muito. Algumas a gente só aprende e as músicas do segundo álbum, são um pouco diferentes de como foram gravadas. Eu não sei. Eu acho que uma música é uma música e eu acho que quando alguém apresenta sua canção ou quando eu canto a música de alguém, é fácil apresentar de um outro jeito. E eu acho que essa é a ideia principal. São 8 anos, sabe? Em 8 anos as ideias mudam. É claro que você pode ouvir algo e ser influenciado por isso, é assim com a música. Eu converso com pessoas, e isso muda o jeito que eu performo. Então, a música, realmente me impacta. Acho que música é uma das coisas que mais me consome na vida. Sempre foi uma das formas que eu posso me comunicar. É como se tivesse uma esponja no meu corpo que suga a música mais do que qualquer coisa, entende?

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– Você acha que os lugares que você foi e fez turnê influenciam sua música também?

Eu definitivamente vejo que as pessoas que conheci me influenciaram bastante, mais do que os lugares. Mas, alguns lugares, eu acho, alguns lugares tem tradições típicas. Não dá para generalizar ninguém, mas você pode associar algumas atitudes com alguns lugares e isso pode ser porque o clima é muito frio ou porque é muito quente, sabe? E eu acho, tão óbvio, quando eu digo isso sobre as pessoas…talvez seja o reflexo do país, mas é por isso que é importante conhecer, conhecer o país, eu sou da Escócia, sabe? E o Brasil é bem exótico. Você encontra bastante paixão e tudo é bem real. E o que me deixa muito animado sobre o Brasil, é que tem muitos ângulos, muitas formas, muita profundidade. E a música é muito intensa. Eu lembro de quando estava no Ensino Médio e eu ia na biblioteca, e sem motivo eu costumava escolher alguns discos, e eu nem sabia quem eles eram e um deles era do Gilberto Gil e eu acho que eram músicas feitas nos anos 70. Um dos álbuns era chamado “Refazenda” e o outro era Expresso ou algo do tipo

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– 2222?

Expresso 2222! E eu costumava ouvi-los. Eu também escutava algo como Sergio Mendes…

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– Eu espero que você tenha tempo para explorar a música brasileira enquanto você estiver aqui, porque tem muita coisa para ver e ouvir…

Bom, eu espero encontrar algumas coisas quando eu estiver no Brasil. Talvez eu encontre alguém que me leve para conferir isso. Quando eu vou a lugares, quando eu estou fora, uma das maiores luxúrias que eu faço é perguntar, sabe? Seria bem legal se alguém me desse uma mão.

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– Amy Winehouse foi uma amiga sua e ela era música sobre música brasileira e latina, no geral. Ela deixou alguma coisa de referência ou ela te marcou de alguma forma?

– Nós cantamos nos mesmos shows, festivais, coisas do tipo. Tivemos algumas conversas…Eu tinha 16 anos e fiz abertura de um show dela, muito antes do meu primeiro álbum. Mas ela deixou uma marca em muitas pessoas, acho que em todos. Músicas como “Back To Black” e “Love Is A Losing Game” não vão ser descartáveis. Eu acho que ela foi muito importante.

Eu preciso mandar um salve para dois dos meus brasileiros favoritos, Moon e Bá, Fábio Moon e Gabriel Bá, os artistas, sabe? Eu sou muito fã de Graphic Novels e eles são dois dos meus favoritos. Eu os conheço e sou louco pelas suas coisas. Teve uma espécie de influência no meu último álbum. Eu estava lendo naquele momento e eu não sei como tudo passou muito rápido e de um jeito estranho tirou um pouco da ansiedade da realidade do que eu estava fazendo, e acabou me acalmando e dando um pouco de espaço na minha cabeça. Muito amor por eles.

– Como eu só tenho mais uma pergunta eu vou te fazer uma pergunta desafiadora: Já pensou em colocar um jeitinho brasileiro no seu setlist?

Wow, eu não sei. O que as pessoas querem ver? Eles querem me ver tentando alguma coisa ou fazendo o que eu faço? Essa é uma questão difícil de decidir, mas talvez.

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Metade campograndense, metade paulistana, jornalista e apaixonada por música. Escreve para o Nação da Música desde 2012, estuda música desde pequena, é obcecada por reality shows musicais, odeia atender telefone, mas não vive sem seu celular. Seriados, livros e comida também não podem faltar em sua vida.