Entrevistamos a cantora Laurel sobre o novo EP “Petrol Bloom”

Laurel
Foto: Lewis Vorn / Divulgação

No início de dezembro, a cantora Laurel lançou o seu novo EP, intitulado “Petrol Bloom”, nas plataformas de streaming.

Ele reúne cinco faixas, sendo que três delas já possuem clipes divulgados no YouTube: “Best I Ever Had”, “Scream Drive Faster” e o mais recente “Appetite”.

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A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com a artista britânica sobre este novo EP. Ela conta um pouco sobre como foi o trabalho, a nova experiência de trabalhar em parceria com alguém, já que ele conta com a colaboração de Chrome Sparks, e sobre a segunda parte do EP, que deve ser lançada no ano que vem.

Entrevista por Henry Zatz.

————— Leia a entrevista na íntegra:

Oi, Laurel! Tudo bem? É um prazer falar com você!
Laurel – Oi, Henry! Tudo bem e com você?

Tudo bem também, muito obrigado! Bom, gostaria de começar falando sobre Petrol Bloom que você lançou recentemente e é um EP muito bom. Como foi o processo de criação?
Laurel – Foi ótimo, na verdade. Eu tive um pouco mais de tempo para trabalhar, mais tempo do que o primeiro álbum, eu acho. Eu colaborei com alguém também pela primeira vez, o que foi uma experiência incrível. Eu nunca esperei que fosse aproveitar tanto uma colaboração, porque sempre trabalhei sozinha. Mas compartilhar essa experiência, compartilhar a música com outra pessoa, foi muito agradável. As sessões foram ainda mais agradáveis, porque nós comemos pizza, tomamos vinho e fizemos música, diferentemente de quando eu trabalho sozinha, que é bem mais sério.

O EP foi produzido junto com Chrome Sparks, certo? Como aconteceu essa colaboração? De onde surgiu o convite?
Laurel – Nós somos amigos há uns anos. Na verdade, nós nos esbarramos na rua em Nova York. Coincidentemente, o estúdio dele era na esquina e eu estava perdida, aí eu fui tomar um drink e ouvir umas músicas no estúdio e acabamos escrevendo uma das músicas do EP, que é “Best I Ever Had”, só por diversão na verdade. Aí no dia seguinte fui lá, escrevi mais uma música e então percebemos que isso poderia ser algo ainda maior.

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Pelo que eu vi nas redes sociais foram muitos comentários positivos sobre o EP. Como você se sente a respeito disso? E o que acha que mais gostaram em Petrol Bloom?
Laurel – Ah meu Deus, eu não tenho a menor ideia (risos). Obviamente, é muito bom ver uma reação tão boa, especialmente porque meu último álbum foi tão diferente deste, então não sabia como as pessoas iriam receber este disco. Então é incrível, eu me sinto mito feliz com todo o apoio que eu recebi nos últimos anos, então me sinto muito bem.

E eu ouvi Dog Violet também e dá para perceber uma diferença entre eles. O que você pode falar a respeito disso? É uma mudança de estilo? Um amadurecimento?
Laurel – Eu acho que é uma mudança de estilo. Eu estava um pouco entediada de escrever o tipo de música que eu estava escrevendo antes. As emoções são diferentes também. Quando eu estava escrevendo este novo álbum, eu prometi que faria um disco para as pessoas dançarem comigo durante a turnê. Eu tenho muita gente chorando na minha plateia, até eu choro de vez em quando, então eu queria ter músicas também que as pessoas pudessem dançar, então esse foi o motivo da mudança.

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E eu li que você se inspirou no livro de Charles Bukowvski e achei isso muito interessante de verdade. Como veio essa inspiração e como você tentou refletir a obra dele em seu disco?
Laurel – Então, eu encontrei esse livro na casa de um amigo em Los Angeles. Ele é tão impactante, e o título “Burning in Water, Drowing in Flame”, eu me apeguei tanto a ele. Eu quase nomeei o EP assim, ele foi o título do projeto por um bom tempo, na verdade. Mas o jeito que ele escreve é o jeito perfeito de escrita. Quando eu leio a poesia dele, ela conversa muito comigo. É tão literal e tem uma beleza tão grande no jeito que ele escreve. Mas na verdade teve muito a ver com o título, eu queria que meu primeiro EP fosse sobre a água e o segundo representasse o fogo. Os dois EPs tem a ver com a água e o fogo, e o contraste entre os dois.

Você comentou sobre as duas partes do EP. Como veio essa decisão de dividir o trabalho em duas partes?
Laurel – Eu acho que eu ia fazer um segundo álbum, mas com tudo que está acontecendo no mundo, eu não senti que era a melhor hora para lançar uma grande quantidade de música de uma vez. E eu vi  jeito que as pessoas estão consumindo música agora, e é muito mais consistente. Eu poderia ter lançado um álbum, mas eu precisaria esperar muito mais tempo para terminá-lo e eu queria lançar as músicas quando eu as escrevi, quando eu me senti próxima delas. Porque, como artista, tem vezes que você escreve uma canção e não lança por um ano ou dois e nesse momento, você já mudou, sua visão mudou e tem outra coisa que você gostaria que as pessoas ouvissem. Então foi a ideia de fazer com que escutassem a minha história em tempo real, em vez de ouvirem no passado.

E tem alguma previsão para lançar essa segunda parte? O que você pode nos adiantar a respeito dela?
Laurel – A segunda parte será lançada em breve, talvez no começo do ano que vem. Ela representa as emoções mais ligadas à água, contraponto o Petrol Bloom, que representa as emoções mais ligadas ao fogo. São cinco faixas, talvez seis, porque eu acabei de escrever uma nova música que eu gostaria que fizesse parte. É uma continuação da primeira parte, mas de uma outra perspectiva e com muitas canções de amor.

Na última semana você lançou o clipe para “Appetite”. O que pode fazer sobre essa música? E como foi para você gravar este vídeo?
Laurel – Essa música é sobre ter uma discussão com alguém e também sobre ter uma discussão consigo mesmo. E não entender por que continua com esse comportamento autodestrutivo. Então, isso é o que fala a canção. No vídeo, eu queria fazer algo dentro do estúdio que tivesse mais estilo e queria que tivesse uma parte de dança, então gastamos um tempo trabalhando nas coreografias. O vídeo foi no último minuto, então nós apenas demos sequência com ele, então não trabalhamos num grande conceito por trás dele antes de começar a gravar.

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E, encontrou muitos desafios durante a produção?
Laurel – Eu acho que tiveram alguns desafios. Por exemplo, aprender a trabalhar com alguém, em vez de trabalhar sozinha. Isso foi uma experiência muito diferente. Além disso, muitos dos sons eram novos para mim. E no começo eu não amei o som do álbum, mas só porque era algo novo, eu acho que quando você ouve algo novo, imediatamente você não acha que gostou, você fica confuso. Depois de certo tempo, você percebe o quanto amou e se acostuma com o som. Isso é difícil de explicar, mas acho que foi um desafio em algumas áreas. Aprender a mudar meu estilo e estar aberta para mudá-lo.

Você disse que pretende lançar a segunda parte para o próximo ano. Além disso, já tem outros planos? Pretende retomar com shows?
Laurel – Sim, eu adoraria voltar a fazer turnês novamente. No entanto, ainda não temos nada agendado, porque, honestamente, não sei onde todos nós estaremos no próximo ano. Além disso, eu preciso escrever meu próximo álbum também.

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Estamos chegando ao fim aqui. Você gostaria de deixar um recado para seus fãs e para os leitores do nosso site?
Laurel – Muito  obrigado por ouvirem e espalharem a minha música em todo o mundo. Eu fico muito animada de saber que as pessoas no Brasil estão ouvindo, eu estou muito feliz com isso! Então muito obrigado e continuem ouvindo, porque quero ir ao Brasil algum dia.

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