Aproveitando o momento de comemoração dos 15 anos de banda, o Maneva lançou o EP “Cabeça De Folha” com uma proposta diferente, através de uma série inédita de animação, com seis episódios que foram ao ar em único vídeo no dia 9 de janeiro, umas das faixas inclusive, conta a participação de Vitor Kley.
Para saber um pouco mais sobre a fase da banda e o novo EP, nós conversamos com o Tales de Polli (vocalista), Fernando Gato (baixista) Felipe Souza (guitarrista)e Fabinho (baterista).
Entrevista por Camila Gallate.
——————————————- Leia a íntegra:
O novo EP, “O Cabeça de Folha”, vem junto à celebração dos 15 anos de banda. O que vocês trazem consigo dessa trajetória?
Tales de Polli: Uma história linda, cheia de sonhos e, claro, muita batalha. Somos amigos, mas construímos uma família de verdade. Queremos deixar um legado. Nosso desejo é colecionar canções que sejam para sempre, que façam parte da vida de muitas pessoas.
Olhando ainda um pouco para o passado até aqui, qual a maior conquista da banda e o que vocês ainda tem como objetivo?
Fernando Gato: Conquistamos tantas coisas bacanas! Chegamos a lugares onde nem imaginávamos. Colecionamos álbuns memoráveis, fizemos nossa primeira turnê internacional, recebemos disco de ouro… Enfim, o céu é o limite!
O novo EP conta uma história e é dividido em capítulos. Como surgiu a ideia de produzir neste formato? Qual a mensagem que vocês buscam contar nesta história?
Diego: Quando começamos a criar O Cabeça de Folha, não pensamos no ineditismo, ou seja, que éramos os primeiros artistas brasileiros a lançar um EP em série de animação. A ideia fluiu, aconteceu. Depois, as músicas, que são a trilha sonora do projeto! A mensagem do Cabeça de Folha é que todos nós passamos por um processo de transformação para evoluir, que isso faz parte da vida de todos nós. Que toda escolha tem um preço, mas que precisamos optar sempre pela nossa felicidade
Os capítulos mostram um personagem cheio de dúvidas e vendo-se forçado a fazer escolhas difíceis. Ele reflete alguma dificuldade vivida por vocês?
Felipe Souza: Não apenas por nós, mas por todas as pessoas. Nossas vidas são assim, cheias de escolhas, de caminhos diferentes. O que você opta hoje, trará consequências amanhã. Será que realmente estamos preparados pra isso?
Muitos artistas acreditam que é mais fácil compor em momentos difíceis, quase como uma terapia. Como é o processo de produção do Maneva? Acreditam que os momentos mais difíceis acabam sendo também mais poéticos?
Tales de Polli: Todos os momentos pessoais do compositor podem gerar boas canções. A diferença é que existem as inspirações e aquelas histórias que realmente queremos contar. O Cabeça de Folha, por exemplo, foi um caso de composições que nasceram pra dar vida a uma série de animação”.
E como foi a gravação do EP? Quais os momentos mais divertidos do trabalho?
Tales de Polli: Foi um trabalho delicioso, rico sem sentimentos, alma e verdade. Ver um projeto tão ousado, que demorou tanto tempo sair do papel, é bem gratificante. Sentir O Cabeça de Folha ganhando vida foi demais mesmo”.
Além dos capítulos, o EP também conta com ilustrações exclusivas. Como a arte complementa a mensagem que vocês buscam passar?
Fabinho: Neste projeto, as ilustrações nasceram para dar vida ao roteiro que já existia. Só depois veio a trilha sonora. Embora sejam linguagens diferentes, o desafio foi falarem entre si.
O Vitor Kley fez uma participação especial em “Nós do Bonfim”. Como foi gravar com o artista?
Tales de Polli: Vitor é muito talentoso e era uma vontade nossa proporcionar aos nossos fãs esse feat. Ele representa muito bem esse novo movimento da música e, claro, foi uma honra, um prazer muito grande tê-lo conosco.”
Que outros músicos que vocês gostariam de fazer uma parceria?
Tales de Polli: Milton Nascimento, Djavan e Zé Ramalho são artistas que admiramos muito e, claro, sonhamos com um dueto.
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