
Na noite de 08 de maio, uma quinta-feira, o Estádio Olímpico Nilton Santos (o popular Engenhão) foi palco de uma das apresentações mais aguardadas do ano: o retorno do System of a Down ao Rio de Janeiro.
Quase uma década após a última passagem pelo Brasil, durante o Rock in Rio 2015 e a turnê “Wake Up the Souls”, a banda armênio-americana formada por Serj Tankian, Daron Malakian, Shavo Odadjian e John Dolmayan voltou com força total na gira “WAKE UP!” e reforçou a posição como uma das mais emblemáticas e provocativas bandas do nu-metal.
A noite começou com a banda brasileira Ego Kill Talent, que entregou um set enérgico com músicas como “We Move as One”, “Lifeporn” e “Last Ride”. O grupo aqueceu o público com a mistura de rock alternativo e hard rock. A apresentação foi marcada por uma surpresa inusitada: o baterista do SOAD, John Dolmayan, apareceu no palco e, em um momento descontraído, “roubou” um dos pratos da bateria da banda de abertura.
Às 21h30, o System of a Down subiu ao palco ao som do instrumental de “One Flew Over the Cuckoo’s Nest”. Em seguida, eles apresentaram uma sequência de clássicos que incluiu “X”, “Suite-Pee”, “Prison Song” e “Aerials”. O setlist foi extenso e variado, abrangendo toda a carreira da banda, com destaque para faixas como “Chop Suey!”, “Toxicity”, “B.Y.O.B.” e “Sugar”. Durante a execução de “Toxicity”, um dos pontos altos da noite, a plateia formou diversas rodas punk com vários sinalizadores de cores vermelha e verde nas pistas comum e premium.
A produção do evento foi impecável. O som estava cristalino, permitindo que cada instrumento e vocal fossem ouvidos com clareza. Em certos momentos, a potência sonora era tão intensa que a vibração das músicas podia ser sentida fisicamente pelo público. O jogo de luzes sincronizado com as músicas adicionou uma camada extra de imersão, com flashes e efeitos visuais que complementavam a energia do espetáculo.
A organização do evento também merece elogios. Bebedouros estavam estrategicamente posicionados na pista, e houve distribuição gratuita de água para o público, uma medida essencial para o conforto e segurança dos fãs. As arquibancadas estavam completamente lotadas e, em diversos momentos, o público acendia luzes, criando um efeito visual que remetia à bandeira da Armênia, país de origem dos membros da banda.
Fiel à sua tradição de engajamento político, o System of a Down mostrou mensagens provocativas ao longo da execução das músicas. Frases como “paz adiada indefinidamente” e “sofrimento humano: agora em 4K!!” foram projetadas nos telões.
O show no Estádio Olímpico Nilton Santos foi mais do que uma apresentação musical; foi uma experiência sensorial completa que combinou música, espetáculo e conscientização política e social. Com uma produção de alto nível e um público inflamado, o System of a Down mostrou por que segue sendo referência no rock.
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