Em entrevista, Billy Corgan fala sobre sua carreira e acredita que seus fãs estão desaparecendo

Na última terça-feira (09), Billy Corgan deu entrevista ao The Wall Street Journal. Com o novo álbum “Monuments To An Elegy” oficialmente lançado e a última fase deste ciclo musical do Smashing Pumpkins, “Teargarden By Kaleidyscope”, esperado para o ano que vem, Billy Corgan está mirando o fim. Durante a entrevista, ele disse: “O próximo álbum é como o fim, fim, fim. A forma banal de dizer é que eu estou acima do rock & roll. O que é estranho, porque rock & roll está ficando para trás em mim.”

O frontman do Smashing Pumpkins falou sobre sua carreira e o desafio de conciliar o seu legado no que diz respeito à sua marca sobre música e cultura e também como músico ainda está trabalhando em novo material: “No pop, você tem esse ciclo estranho onde você tem que ter constantemente uma consciência pesada do passado, e isso te põe mais pra baixo do que te levanta. Eu acho que eu estou finalmente em um lugar onde eu estou abandonando toda a bagagem. Eu não sinto que eu tenho que tocar algumas músicas, mas eu também não me recuso a tocá-las.”

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Corgan também se mostrou pessimista em relação a alguns pontos dos Pumpkins, principalmente no que diz respeito aos fãs. Ele acredita que eles parecem estar desaparecendo, apesar de muitos dos atuais shows da banda terem os ingressos esgotados quase imediatamente. Corgan diz que o número de fãs que realmente querem imergir em suas obras está diminuindo, ao notar o baixo feedback e acessos online tidos nos últimos anos. Para ele, esse declínio em nítido contraste com a maneira como o Smasghing Pumpkins dos anos 90 tem sido reexaminado, graças, em parte, ao conjunto recente de box sets que acompanham as reedições de “Adore” and “Mellon Collie and the Infinite Sadness”.

“Com a posse do que eu tenho, e o trabalho e as reedições se acumulando, não vai ter que ser uma espécie de ajuste de contas comigo na cultura, porque eu simplesmente não vou embora. Você sabe o que eu quero dizer? Quando você olha para a minha geração, eu saio do lado mais fraco da conversa sobre as pessoas que realmente sobreviveram, prosperaram e continuaram. A minha posição como artista basicamente não mudou em um mundo onde o mesmo Pavement começou a fazer reunion tours. Todas as pessoas que caminhavam ao redor estufando o peito sobre a palavra integridade? Muitas dessas pessoas já se foram há muito tempo”.

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Júlia Canedo
Júlia Canedo
Júlia Canedo: Estudante de jornalismo na cidade louca que é o Rio de Janeiro. Curte festinhas, futebol, cerveja, não é referência comportamental pra ninguém e gosta de dar pitaco em tudo. Apaixonada por música, do funk ao punk rock, pretende seguir a carreira de fã por muito tempo. Escreve pro Nação da Música, passa o seu tempo no twitter e ainda sofre por não ter conseguido ir à um show do Oasis.