Albert Hammond Jr, guitarrista do The Strokes, também atua solo e está se preparando para sua apresentação no Brasil, durante o Lollapalooza, na cidade de São Paulo. Recentemente, nós da Nação da Música conversamos com o artista que falou um pouco sobre o atual momento de sua carreira, apresentação no Brasil e o artista que gostaria de fazer uma colaboração.
Perguntas por: Andressa de Oliveira.
Entrevista por: Giovani Franchi / Veronica Stodolnik
————————————————————— Leia na íntegra:
NM: Seu novo álbum foi lançado em julho de 2015, o “Momentary Masters” . Entre ele e “¿Cómo Te Llama?” houve um grande intervalo. Você estava trabalhando durante esse tempo ou foi algum outro motivo foi o responsável por essa demora?
Albert Hammond Jr: Sim, eu gravei dois álbuns para o Strokes, um EP e também fui para uma clínica de reabilitação. Eu sinto que fiz bastante coisas.
NM: Mesmo quando estava no The Strokes você já pensava em gravar um disco solo? Sempre foi um desejo seu ou surgiu com o tempo?
Albert Hammond Jr: Eu nunca pensei desse jeito porque eu cresci apaixonado com a ideia de fazer o que faço. Então só aconteceu que eu conheci o pessoal do Strokes e banda deu certo, e quando surgiu a oportunidade [da carreira solo], eu fiquei animado em tentar. Eu acho que também demorei um pouco para amadurecer, e não tinha me descoberto ainda até pouco tempo. Parece que agora eu sinto que esse último álbum e o próximo que estou trabalhando eu me encontrei muito mais do que quando eu era mais novo. Mas eu ainda estou tocando no Strokes, nós ainda somos uma banda. Mas é difícil porque em minha mente eu sei que cresci querendo fazer isso. Eu entendo que a mídia tenha uma visão diferente já que fiquei famoso de outro jeito. Então sempre perguntam “como você se sente em fazer isso?”, e me sinto como num sonho, porque é o que eu sempre quis fazer.
NM: Falando sobre a banda, como está a sua situação com os Strokes? Há uma possibilidade de um novo álbum junto com eles?
Albert Hammond Jr: Sempre me perguntam isso, e o problema é: eu sou um quinto do Strokes, e como eu comecei a trabalhar solo e faço muitas entrevistas, parece que eu me tornei o porta-voz da banda, e eu não me sinto muito bem em fazer isso. Mas eles estão indo para o estúdio escrever por uma semana enquanto eu estou indo para a Austrália. Acompanhando a banda pela mídia pode parecer que é só isso, mas vendo como um todo, nós estamos fazendo shows, e temos um plano. Eu achei que isso era óbvio, mas as pessoas continuam se perguntando. Mas sim, esse é o plano, eu só não sei o que e quando vai acontecer.
NM: “Momentary Masters” parece ter um pouco mais de ritmo do que os seus outros álbuns solos lançados. Foi sua intenção seguir nessa direção positiva ou as músicas apenas surgiram?
Albert Hammond Jr: Eu acho que musicalmente é muito mais divertido escrever um álbum que é legal e “dançante”. Então eu acho que isso não estava tão presente nas minhas outras músicas. E até agora é a mesma coisa. Minhas músicas têm um pouco dessa coisa otimista e alegre, mas liricamente eu posso usar os dois. É divertido. Eu ainda não estou pronto para fazer músicas lentas e sombrias.
NM: Quais são as suas influências nessa nova fase da sua vida e carreira? O que podemos esperar para esse ano de 2016?
Albert Hammond Jr: Eu estou tentando gravar meu quarto álbum logo, espero que em abril ou maio. Estou terminando de fazer uma turnê para esse álbum. Então é difícil porque nessa altura do campeonato não dá para saber o que vai acontecer. Eu queria fazer uns festivais de verão, e estou torcendo para dar certo. É complicado dizer no momento.
NM: No meio de 2015 você já falava sobre querer se apresentar no Brasil. Agora qual a expectativa para a sua apresentação no Lollapalooza? O que o público pode esperar?
Albert Hammond Jr: Eles nunca viram uma apresentação minha, então isso é algo emocionante para mim. E sabe, eu tenho 3 álbuns e um EP, então eles podem esperar um ótimo show de rock e várias músicas desses trabalhos. E eu estava tão animado de poder me apresentar aí, porque nunca tive a chance e tive uma grande ajuda para que isso acontecesse então eu me sinto muito sortudo que isso aconteceu.
NM: A edição de 2016 do Lollapalooza Brasil está cheia de grandes nomes: Mumford & Sons, Florence + The Machine e Noel Gallagher. Se pudesse fazer alguma colaboração no palco do festival, que artista/banda seria escolhido e por que?
Albert Hammond Jr.: Não é a minha coisa favorita para fazer. Seria muito legal assisti-los, mas seria estranho pensar em quem gostaria de te chamar, sabe? Então eu não sei.
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NM: E se você pudesse convidar alguém, quem você convidaria?
Albert Hammond Jr.: Eu acharia legal ter o Eminem fazendo rap em alguma música. Eu tenho algumas partes de músicas que eu simplesmente ficaria sentado e deixaria que ele fizesse uma participação nelas. Eu sempre pensei que eu tinha algumas coisas legais que as pessoas poderiam fazer um rap, com certeza.
NM: Quer deixar alguma mensagem para os fãs brasileiros?
Albert Hammond Jr.: Sim, eu mal posso esperar para estar em seu país! Eu só vou passar por uma cidade, São Paulo, mas mesmo assim. Espero ansioso por ver os seus rostos amigáveis e sua comida maravilhosa.
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