Estamos aqui essa semana para falar sobre a carreira de uma das maiores artistas mainstream da atualidade: Beyoncé. Como de costume nesta coluna, iremos analisar os álbuns da cantora de maneira a verificar se o primeiro single de cada álbum dela se relaciona com todo o álbum ou não. Vamos direto ao ponto!
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Dangerously in Love (2003)
O primeiro álbum da cantora que possui o famoso single intitulado “Crazy in Love”, um dos maiores hits da carreira da cantora, chegou ao público em 2003 e não poderia ter sido melhor apresentado. O faixa de abertura dos trabalhos possui uma vivacidade e poder que trazem Beyoncé a um lugar no mundo da música estabilizando-a como a potente, tanto artisticamente quanto vocalmente, cantora que ela é. Os singles que se sucedem (“Baby Boy”, “Me, Myself & I” e “Naughty Girl”) são todos uma extensão do trabalho iniciado por “Crazy in Love”. Podemos dizer que a canção apresenta muito bem não só o álbum, como a carreira solo da cantora que já vinha do sucesso no Destiny’s Child, girlband da qual fazia parte.
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B’Day (2006)
“Déjà Vu” é o single de abertura do segundo álbum da cantora que chega ao mercado se inclinando um pouco mais para o pop sem deixar de lado o R&B e o soul explorados no álbum anterior. O disco possui uma linguagem pouco coesa, apesar de ser recheado de hits memoráveis na carreira da cantora, então pode-se dizer que o primeiro single não é a expressão completa do trabalho. O singles que seguem, sendo eles “Ring The Alarm”, “Irreplaceable”, “Beautiful Liar”, “Get Me Bodied” e “Green Light” são todos peças de um quebra cabeça que é o álbum. Foi um álbum feito para obter sucesso comercial e cumpriu seu papel com maestria.
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I Am… Sasha Fierce (2008)
O terceiro disco da cantora traz justamente a discussão que havia sido iniciada no álbum anterior: existe uma Beyoncé voltada para o comercial, disposta a dominar as pistas de dança como figura de uma mulher poderosa e existe a Beyoncé que possui uma voz incrível capaz de canalizar todas suas emoções através de suas pregas vocais. Desta forma, temos dois singles de abertura do trabalho: “Single Ladies (Put A Ring On It)” e “If I Were A Boy”, ambas são meticulosamente pensadas ao introduzir os CD’s aos quais fazem parte, uma vez que a cantora decidiu dividir seu álbum entre essas duas personalidades. Temos em sequência, os também simultâneos singles “Diva” e “Halo” que continuam o legado dos dois primeiros e auxiliam na amarra da ideia exposta pela cantora. “Ego”, “Sweet Dreams”, “Broken-Hearted Girl”, “Video Phone” e “Why Don’t You Love Me” encerram a divulgação do álbum e confirmam que Beyoncé estava trilhando seu caminho da maneira correta.
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4 (2011)
Chegamos ao quarto álbum da cantora, o mais diferente até então. Beyoncé abandona a fórmula de sucesso convencional e lança um álbum que foge um pouco a sua zona de conforto. “Run The World (Girls)” é o primeiro single e, certamente, a faixa mais comercial do mesmo. Devido a essa característica, o single não consegue descrever a totalidade do álbum, tamanha complexidade do material, se comparado ao que Beyoncé já havia lançado. “Best Thing I Never Had”, segundo single, tenta revisitar a era “B’Day” porém não atinge o mesmo efeito dos singles da época. “Countdown” e “Party” restabelecem a imagem de Beyoncé de uma forma um pouco mais urban e um pouco menos pop. “Love on Top”, “End of Time” e “I Was Here” encerram a era afastando Beyoncé ainda mais do cenário pop e a levando em direção do que seria um game-changer em sua carreira.
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Beyoncé (2013)
O seu quinto álbum de estúdio, o auto-intitulado “BEYONCÉ”, foi um divisor de águas na carreira da cantora. Lançado de surpresa, o projeto foi um álbum visual, pois tinha um clipe para cada faixa do álbum. A artista repetiu o conceito de singles simultâneos lançando “Drunk in Love” que tem parceria com JAY Z e “XO”. A primeira faixa é um urban voltado para o hip hop e a segunda tem uma vibe mais voltada para o pop versando com o R&B. Ambas são ótimas escolhas para introduzir o álbum que depois teve “Partition”, “Pretty Hurts” e “Flawless” como singles.
Lemonade (2016)
Eis que chegamos ao maior álbum lançado pela cantora no sentido de conteúdo, contexto e conceito. Apresentado pela politizada “Formation”, o álbum é um chamado de atenção para causas raciais além de tratar de questões de seu casamento como a infidelidade de seu marido, JAY Z. Lançado no primeiro semestre de 2016, o material chegou ao público junto de um documentário onde as faixas se intercalavam com discursos da cantoras e um visual bastante conceitual que culminava nos clipes das 12 faixas. Os singles sucessores “Sorry”, “Hold Up”, “Freedom” e “All Night” trazem as diversas facetas do álbum à conhecimento do público. Não é o tipo de álbum que se possa ser definido ou decifrado pelos singles, mas sim que seja ouvido como uma obra seguindo seu roteiro e seu conjunto. Quando achamos que Beyoncé já chegou em seu limite, ela se reinventa e traz ainda mais impacto cultural para a indústria da música. Qual será seu próximo passo?
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