O músico Suricato lançou recentemente em parceria com o grupo Melim a música “Astronauta”. A canção é de autoria do músico junto a Maurício Barros, do Barão Vermelho. Conversamos com o artista para entender mais sobre a gravação do single e quais os planos para o futuro.
Entrevista por Camila Gallate.
——————————————- Leia a íntegra:
Falando um pouco sobre o novo single “Astronauta”, li que você chegou a produzir várias versões até chegar à final, lançada com o Melim. Como é o seu processo de produção? Como você chega ao resultado que busca?
Suricato: Sou perfeccionista. Fiz 7 versões da mesma música até chegar no resultado que me convenceu cantar com verdade. Tenho muito respeito por quem me ouve e não consigo enganar meu senso estético. Minha busca é normalmente pelo simples, e o simples nem sempre vem de forma fácil. É um equívoco que as pessoas cometem com frequência.
A música fala um pouco sobre solidão, ela reflete algum momento vivido por você? Que mensagem você buscou passar para o público?
Suricato: É possível falar de solidão de um jeito mais leve. Foi o que tentei fazer com o arranjo. Todos nós nos sentimos solitários, é algo que a gente se acostuma com o tempo. A música não precisa bailar o que está na letra. Ela é solidão com sol no rosto.
A canção é de autoria sua e de Maurício Barros, do Barão Vermelho. Como é o processo de compor em conjunto?
Suricato: Pra mim é intimidade. Já tentei forçar na época da banda e não funcionou. Maurício é um gênio e um amigo muito querido, tem um cuidado enorme com as palavras assim como eu. Estou aberto à encontrar outros parceiros dessa geração. Componho em muita quantidade.
Qual o seu momento favorito para o lançamento de um novo single? A composição, gravação…?
Suricato: O mais bonito foi ver a química que a canção nos proporcionou. Parecemos uma banda só no single e me alegrou demais a parceria. O reconhecimento tem sido incrível.
Além do Melim, com quais outros artistas você gostaria de trabalhar?
Suricato: Anavitória, Vitor Kley e Jão.
Você traz uma influência bem grande do folk no seu som. Quais outros estilos te influenciam no momento de compor?
Suricato: Para mim, as canções tem que fazer sentido no violão e voz, da maneira mais crua possível. Por isso me identifico com o folk, nenhum outro estilo me invade na hora de compor. Talvez o blues.
Falando um pouco sobre a sua carreira agora, no ano passado você lançou o disco “Na Mão As Flores”. Quais são os seus projetos para este ano?
Suricato: Continuar trabalhando meu novo disco, gravar outros singles com participações especiais. Andei muito recluso, compondo, produzindo. Agora quero estar junto de quem ainda acredita na música.
Vemos hoje um novo formato de consumir a música. Os fãs estão sempre cobrando música nova, existe um certo senso de urgência. Como você enxerga esse processo?
Suricato: Para o artista menos superficial é um horror. Mas ao mesmo tempo nos permite flertar com diversos caminhos sem um comprometimento de longo prazo como um disco, por exemplo. Estou me acostumando aos poucos à essa micareta que virou a música hoje em dia.
Existe algum lugar que você gostaria muito de fazer um show e ainda não conheceu? Onde você gostaria de chegar com a sua música?
Suricato: Eu acredito que quem faz a mágica dos lugares são as pessoas. Um lugar inesquecível é certamente o lugar onde sou ouvido com carinho e me conecto com quem me ouve. Isso já basta pra mim.
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