Disco do dia #102: Dashboard Confessional – “The Swiss Army Romance”

O disco seguinte na minha semana aqui é o primeiro lançado pelo Dashboard Confessional. “The Swiss Army Romance” chegou às lojas em novembro de 2000 e, apesar de não ser o disco de maior popularidade do projeto, é um dos mais emblemáticos. Não só por ser o primeiro, mas por mostrar o talento de Chris Carrabba muito além do que ele já havia mostrado em sua carreira, como vocalista do Further Seems Forever.

O Dashboard Confessional mudou sua sonoridade ao longo de sua carreira, um reflexo óbvio da cabeça multitalentosa de Carrabba, que jamais se ateve a um estilo musical específico e ficou repetindo uma fórmula incansavelmente. “The Swiss Army Romance” traz o Daschboard em sua essência. Letras sentimentais e o ritmo acústico eram perfeitos para aclamar qualquer drama adolescente do início do século. Como a primeira estrofe de “The Sharp Hint of New Tears” define bem o nome da banda, “On the way home, this car hears my confessions”. Agora, Chris não se confessava mais com o painel de seu carro e, sim, com seus ouvintes.

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Melhor Música: Difícil escolher a melhor música de “The Swiss Army Romance”. O álbum é um dos mais importantes para o, então não tão popular, movimento emo. “Screaming Infidelities” é a faixa de abertura, música de trabalho e uma das melhores e mais marcantes do registro, é um síntese do que você estará pra ouvir no restante do disco. A canção que dá nome ao álbum também merece um destaque especial.

Ponto Forte: Como eu já citei no texto, esse é um álbum visceral. Dentro da discografia do Dashboard Confessional, os primeiros trabalhos chamam atenção pela honestidade e simplicidade. E isso fica muito evidente em “The Swiss Army Romance”. As composições são simples, portanto é fácil assemelhar-se com qualquer uma das temáticas lidadas por Chris.

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Ponto Fraco: Tempo. O disco é extremamente curto, tem pouco mais de 30 minutos em sua versão mais popular, que conta com 3 canções bônus. Para alguns é tempo suficiente, mas a atmosfera gerada pelo disco faz com que esse meio-minuto passe voando, e a viagem confessional ao lado de Carrabba passe num piscar de olhos.

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Avatar de Vicente Pardo
Vicente Pardo: Editor do Nação da Música desde 2012, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas em 2014. A música sempre foi sua paixão e não consegue viver sem ela. É viciado em procurar artistas novos e não consegue se manter ouvindo a mesma coisa por muito tempo. Também é um apaixonado por séries de TV e cultura pop.