Disco do dia #103: My Chemical Romance – “Three Cheers For Sweet Revenge”

Fica muito complicado introduzir e falar algo de maneira simples sobre “Three Cheers For Sweet Revenge”, o segundo disco da carreira do My Chemical Romance. Lançado em 2004, o álbum foi concebido em um contexto em que a banda não sabia o que a esperava. Talvez essa atmosfera “despretensiosa” tenha sido importantíssima para os resultados alcançados pelo trabalho.

Despretensão em certa forma, porque tal termo não se faz presente no dicionário do My Chemical Romance e, principalmente na vida do vocalista Gerard Way. Pela primeira vez o MCR tinha a qualidade de produção que precisava para dar a Way as ferramentas necessárias para canalizar o seu talento. Por essas e outras é impossível lembrar aquele contexto histórico musical e não associar ele ao “Three Cheers For Sweet Revenge”.

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Melhor Música: Sem querer ser clichê, mas não podemos deixar de falar em “Helena”. O maior hit da carreira do My Chemical Romance, uma das mais marcantes músicas da fase “emo” e, obviamente, single mais marcante do disco. Outro single que também é impecável é “The Ghost Of You”, que conta com um complemento perfeito com o seu videoclipe. Porém, como falamos de um texto pessoal, minha música favorita de “Three Cheers For Sweet Revenge” é “I Never Told You What I Do For a Living”, faixa que encerra o material e é tão grandiosa quanto o single popular que abre o audição.

Ponto Forte: O impacto histórico de “Three Cheers For Sweet Revenge” já conta muitos pontos positivos para o disco. Mas ele vai muito além disso, as razões pela qual o material alcançou tamanha importância são importantes. O disco traz a essência de toda a teatralidade do My Chemical Romance, refletindo principalmente a personalidade de Gerard Way. Podemos afirmar que, talvez, o grande trabalho na concepção de Way tenha sido o álbum seguinte, “The Black Parade”, construído de forma conceitual. Porém, o planejamento de um disco que conta uma história sempre se fez presente e, em parte, “Revenge” tem esta ideia. Apesar de não cumpri-la de forma completa, o disco tem uma atmosfera perfeita, que se casa de maneira única com o visual da banda e a proposta de seus integrantes.

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Ponto Fraco: O grande ponto fraco de “Three Cheers For Sweet Revenge” seja, talvez, a sua maior conquista. A popularidade do My Chemical Romance cresceu de forma astronômica durante a o período em que o disco estava sendo divulgado. Em pouco tempo o MCR passou de banda independente com potencial para um dos maiores nomes da música mundial. Isso acaba por estereotipar o grupo, que acaba sendo sempre associado ao seu disco de maior popularidade. Mas nada que estrague o magistral trabalho artístico apresentado.

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Avatar de Vicente Pardo
Vicente Pardo: Editor do Nação da Música desde 2012, formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas em 2014. A música sempre foi sua paixão e não consegue viver sem ela. É viciado em procurar artistas novos e não consegue se manter ouvindo a mesma coisa por muito tempo. Também é um apaixonado por séries de TV e cultura pop.