Entrevistamos Duda Beat sobre novo disco “Te Amo Lá Fora”

DUDA BEAT
Foto: Fernando Tomaz

Em abril, a cantora Duda Beat divulgou o segundo disco da carreira, chamado “Te Amo Lá Fora”, sucessor de “Sinto Muito”, de 2018. O álbum traz para o público 11 faixas inéditas, entre elas o carro chefe “Meu Pisêro” e as colaborações com Cila do Coco e Trevo.

Nesta quarta-feira (30), Duda irá lançar o vídeo do single “Nem Um Pouquinho” e a Nação da Música teve a oportunidade de conversar com a artista sobre o novo clipe, a produção de “Te Amo Lá Fora” e também sobre os planos futuros da carreira.

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Entrevista por Marina Moia.

—————————————— Leia a íntegra:
Obrigada por falar com a Nação da Música, Duda! Recentemente, você lançou o disco “Te Amo Lá Fora”. Como tem sido para você a reação do público?
Duda Beat: Foi muito especial. As pessoas abraçaram o álbum de uma maneira muito linda, tanto que todas as músicas entraram no Top 50 do Spotify Brasil, até a faixa interlúdio. Isso me deixou muito feliz porque mostra a força que ainda tem lançar um disco. As pessoas ainda gostam de ouvir uma obra inteira, do início ao fim. Sei que singles também são importantes e eu adoro trabalhar nesse formato. Tanto que já tenho novidades previstas, só não posso contar ainda (risos). Mas adoro a ideia do disco, contar uma história maior, ir encadeando músicas e pensar no sentido que aquele conjunto traz. Me divirto no processo e estou adorando que o público continue se divertindo com “Te Amo Lá Fora”.

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Este é o seu segundo trabalho de estúdio. O que mudou na Duda Beat de “Sinto Muito” para a Duda Beat de “Te Amo Lá Fora”? Como foi o processo criativo desta vez?
Duda Beat: O tempo acho que é um fator decisivo na mudança entre a Duda de hoje, de “Te Amo Lá Fora”, e a Duda de três anos atrás, quando lancei “Sinto Muito”. Apesar de eu falar do mesmo assunto, amor, o jeito que eu encaro esse sentimento, as desilusões amorosas e o coração partido é muito diferente. Acho que agora, com a distância, estou mais madura e vejo as coisas de uma maneira mais direta, sem fantasiar ou me iludir tanto. Isso também é um impulso para dar a volta por cima, como canto em tantas das canções. É um entendimento de que se não deu certo, paciência. É bola pra frente e entender que em algum momento um amor bonito vai chegar. E chegou mesmo (risos). Em “Decisão de Te Amar”, canto sobre isso. Foi uma música que fiz para o Tomás. “Te Amo Lá Fora” traz outras tintas para falar do amor, tem a sofrência, mas também tem a volta por cima, o amor correspondido, tem um lado meu mais darkzinho, mais rancoroso (risos). Tem de tudo um pouco!

A pandemia e o estado do mundo e, principalmente, do nosso país influenciou ou afetou a sua criatividade e produtividade durante a produção deste álbum? Como?
Duda Beat: Totalmente! Não falo da pandemia nas letras, mas ela atravessa completamente meu trabalho, está impregnada na atmosfera desse disco. Prova maior disso são os clipes de “Meu Pisêro” e “Nem Um Pouquinho”, que sai nesta quarta-feira. A vibe deles é mais darkzinha, tem uma ideia de eu mergulhando em mim mesma, enfrentando meus medos, meus assombros. Isso tudo é um produto do efeito que a pandemia teve em mim e ainda tem, porque ainda estamos vivendo essa situação toda. Tenho plena consciência de que se fosse outro momento, imageticamente haveria uma diferença.

Até mesmo a questão visual está bem diferente desta vez, com tons mais sombrios e obscuros. Quão importante é para você esta parte visual, de cores, looks e fotos? Teve um papel importante na hora de criar?
Duda Beat: Para mim, a imagem é muito importante. Ela acompanha a música e acho que já mostra o que quero dizer antes mesmo de a pessoa ouvir a canção. Para mim, imagem e música precisam estar em harmonia justamente por isso. Eu tenho uma equipe que é muito aberta ao diálogo e que adora trocar para construir essa narrativa que contamos, como o meu stylist, Leandro Porto, e meu diretor criativo, Marcelo Jarosz. A gente se entende muito, eles captaram a essência desse trabalho de uma maneira muito precisa e me ajudaram a traduzir isso visualmente.

Como foi colaborar com Dona Cila do Coco e com Trevo neste disco? Como surgiram as parcerias?
Duda Beat: Foi um prazer enorme. Dona Cila do Coco é um patrimônio cultural de Recife, ela é uma referência muito grande para mim. Convidá-la para estar no álbum e na primeira música, “Tu e Eu”, é uma maneira de já mostrar as minhas raízes, de onde eu vim e que para onde eu for, levo comigo o que me compõe como artista. Já o Trevo é um artista baiano muito talentoso, que acho que as pessoas deveriam ouvir. Acredito muito na música dele, na verdade dele como artista. Já pensei que queria fazer algo com ele e quando pensamos em fazer de “Nem Um Pouquinho” um pagodão baiano com trap não tive dúvidas e o convidei para participar. Ele topou e contribuiu muito para a música. Não só para música como para o clipe.

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Aliás, você já realizou diversas parcerias na carreira. Com quem você gostaria de colaborar no futuro?
Duda Beat: Nossa, tanta gente! Eu sou uma pessoa que adora colaborar com outros artistas, que acredita muito no coletivo. Mas se é para falar de um sonho, acho que seria Lady Gaga, que eu adoro e admiro muito pela artista que ela é e por tudo que ela representa.

Agora que o disco está no mundo, o que mais podemos esperar de Duda Beat em 2021?
Duda Beat: O clipe de “Nem Um Pouquinho” está chegando e posso dizer que é completamente diferente de tudo que vocês já me viram fazer. Esse é um lançamento muito especial para mim. É um clipe que está sendo planejado desde o ano passado. Já estava em contato com o duo Alaska, que dirige o vídeo, desde agosto porque a ideia era ter gravado antes para ser lançado próximo do álbum. Mas a pandemia se agravou e o mais importante é manter todo mundo em segurança. Então, só conseguimos lançar com o disco, mas lançamos agora e estou muito animada para que o público veja essa história, que se passa em um universo paralelo, com pessoas com poderes especiais. E tem sofrência, mas tem a volta por cima também (risos). Estou muito animada.

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Como mulher, nordestina e artista independente, ver meu trabalho sendo lançado, ver as pessoas comentando e curtindo é um estímulo muito grande. Especialmente em um momento em que nossa cultura é tão maltratada, ver esse movimento de identificação das pessoas comigo e com meu trabalho, esse abraço mesmo é muito especial e me dá força para seguir adiante e fazendo o que eu acredito. Tem mais música e mais parcerias planejadas para este ano ainda (risos). Mas aí vou ter que fazer um suspense (risos). Mas podem ficar preparados porque estou cheia de ideias para trazer para vocês.

Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Duda Beat: Galera da Nação da Música, muito obrigada por sempre me apoiarem, por acompanharem meu trabalho e por esse espaço para eu falar sobre meu trabalho. Isso é fundamental para mim! Espero que vocês curtam “Nem Um Pouquinho” e continuem curtindo “Te Amo Lá Fora”.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.