Entrevistamos Ego Kill Talent sobre “The Dance Between Extremes”

Ego Kill Talent
Foto: @RafaelStrabelli / Nação da Música.

Na semana passada, no dia 19 de março, a banda Ego Kill Talent divulgou o novo disco de estúdio “The Dance Between Extremes”. O trabalho foi lançado em formato de EPs, sendo três no total.

“The Dance Between Extremes” foi registrado na Califórnia, no estúdio 606 da banda Foo Fighters. A Nação da Música conversou com o integrante Raphael Miranda sobre o último EP da trilogia, a experiência de gravar no 606 e também sobre a produção audiovisual do trabalho.

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Entrevista por Marina Moia.

—————————– Leia a íntegra:
Como estão as expectativas para o lançamento da última parte de “The Dance Between Extremes”? Como é ver o disco como um todo sendo lançado ao público?
Raphael: As expectativas são as melhores dentro do possível, pensando na atual conjuntura que o planeta se encontra agora na pandemia. A gente sabe que a melhor maneira de lançar e promover um disco é fazendo turnê e estamos impossibilitados de fazer isso agora. Então estamos tendo que adaptar a maneira de lançar o disco.

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Estamos bem animados, é um trabalho que temos muito orgulho e queremos muito que as pessoas escutem. Estar lançando ele por agora, depois de dois anos, é indescritível, já que o disco deveria ter sido lançado em maio de 2020 e por conta de tudo que aconteceu, tivemos que jogar pra frente. É como se estivesse nascendo um filho depois de dois anos na barriga, estamos bem orgulhosos.

Como foi a experiência de gravar no estúdio 606, dos Foo Fighters?
Raphael: A experiência de gravar no 606 é quase que indescritível. Lembro da primeira vez que entramos no estúdio, logo na entrada demos de cara com discos de platina, ouro e diamante do Nirvana e Foo Fighters nas paredes. É tudo muito inspirador.

Pudemos usar a mesa de som que era do Sound City, cheia de história e com muitos nomes que passaram por ali, como Foo Fighters, Metallica, Slayer, Paul McCartney, todos gravaram naquela mesa. Eles foram muito gentis de deixar a gente usar boa parte do equipamento. A energia do lugar era incrível, todo mundo que trabalhava no estúdio nos tratou muito bem. Nós ficamos 30 dias, fomos a banda que ficou mais tempo gravando lá, além do Foo Fighters. Foi maravilhoso.

Quais são as maiores diferenças/semelhanças entre “The Dance Between Extremes” e o disco homônimo de estreia?
Raphael: As maiores diferenças são basicamente na sonoridade e no amadurecimento das canções. Nós gravamos no 606 com equipamentos e salas diferentes, isso tudo contribui. O que mais pesou foram os anos que passamos juntos, tocando, compondo e conversando, tudo isso influencia muito. Acredito que as músicas desse disco estão mais fluidas que as do primeiro, tem uma elaboração maior, são mais acessíveis em termos sonoros e ao mesmo tempo, tem mais características do primeiro. Ele é mais pesado e mais pop, é um disco mais completo.

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O último EP da tríade traz uma imersão no imaginário do álbum como um todo, com as histórias fictícias desenvolvidas pela banda. Como surgiu a ideia de propor essa imersão e como foi o processo criativo audiovisual?
Raphael: Sempre achamos que esse disco conta uma história, a ordem das músicas tem um porquê. No momento em que começamos a fazer os vídeos, procuramos uma maneira dos vídeos conversarem entre si. A maneira que encontramos foi a criação dos personagens.

No clipe de “NOW!” tem o personagem com o rosto espelhado, é uma alusão a alguém negativo e agressivo. Começa com o Jonathan sendo arrastado, olha pra esse cara e se vê nele. Esse personagem aparece novamente no clipe de “Lifeporn”, que também tem um personagem que aparece no clipe de “Diamonds and Landmines”.

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Então vem o clipe de “The Call”, que surge o enredo de Tommy, um atleta frustrado que não pode mais competir e abandonou a filha, que é Grace, personagem do clipe de “Deliverance”. Procuramos amarrar o disco e as músicas com esses personagens, que partiram muito do Jonathan, ele é muito bom na criação de personagens e enredos.

No ano passado, vocês realizaram a turnê virtual “Live On A Flat Screen”. Como foi a experiência? Pretendem fazer uma segunda turnê virtual no futuro?
Raphael: O “Live On A Flat Screen” foi bem legal de fazer. Ele foi bem cansativo, pois fizemos tudo em 2 dias, mas foi maravilhoso. Estávamos sentindo muita falta de tocar e achávamos que a melhor maneira de apresentar a banda era ao vivo. Procuramos levar um ao vivo pra casa das pessoas, a maneira que encontramos foi através do estúdio, captamos tudo ao vivo e foi maravilhoso. Deu pra matar um pouco a saudade de tocar e pretendemos, com certeza, produzir mais conteúdos ao vivo, ainda mais agora com o disco novo.

Agora que todas as partes do disco foram lançadas, o que podem esperar da Ego Kill Talent daqui para frente?
Raphael: Agora que o disco foi lançado, esperamos promover ele da maneira que planejamos, que é fazendo turnê. Tínhamos muitas coisas legais marcadas para 2020, a turnê com Metallica e Greta Van Fleet, na qual íamos lançar o primeiro single do disco durante a turnê, depois íamos pro México, EUA, tocar em diversos festivais e entrar em turnê com System of a Down na Europa, onde íamos lançar o disco, mas tudo isso foi jogado pra frente. Muitas coisas foram remarcadas, mas estamos com essa expectativa de poder realizar isso e lançar o disco da maneira que tem que ser.

Enquanto a turnê não vem, temos planejado muitas coisas, fazendo música que nem loucos, estamos com bastante material para que, eventualmente, quando acabar o ciclo desse disco, já cairmos no próximo, mas a expectativa é fazer turnê e promover esse disco.

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Gostariam de deixar um recado aos fãs do Ego Kill Talent e leitores da Nação da Música?
Raphael: Meu recado pros leitores é um clichê nos tempos de hoje: usem máscara, lavem as mãos e não se aglomerem. Aproveitem que tem bastante música agora pra ouvir em casa, ouçam o nosso disco. Espero que vocês gostem e se cuidem!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.