Entrevista Exclusiva: Diego Miranda apresenta o Riocore e fala sobre o futuro do projeto

Riocore

Após o fim do Scracho, o vocalista Diego Miranda se juntou ao Rodrigo Costa (Forfun), Thiago Pedalino (Ramirez) e Faucom (Dibob) para criar o Riocore All Stars, descrito pelos membros como um projeto celebrativo, apresentando músicas de diferentes bandas cariocas do início dos anos 2000.

Na última sexta-feira (22), a Nação da Música conversou com o Diego para conhecer melhor o projeto, que nos contou como ele surgiu, qual a resposta do público nos shows e até quando as apresentações devem rolar.

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Perguntas: Rafael Strabelli / Entrevista: Felipe Santana

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—————————————————————————————— Leia a íntegra

Vamos voltar há uns meses atrás. Quando vocês anunciaram o término do Scracho, você já pensava em criar um projeto novo?!

Não cara, nem um pouco. Na real, o fim do Scracho foi uma oportunidade – da pra encarar desse jeito – pra cada um como pessoa, etc. e tal. E eu encarei a oportunidade como um momento pra tirar férias dessa situação de 13 anos ininterruptos de estrada. E o Caio não, o Caio ta quase gravando um disco, mas eu particularmente… O Caio vai lançar um disco né? Eu particularmente ia tirar férias e ai os moleques falaram: “pô, vamo fazer um show e tal, da festa aqui no Rio, tem a Summer Night” que foi meio que um lugar que ficou marcado la no passado desse suposto Riocore. E aí o Cara, que ia fazer a Summer Night, falou: “pô, monta uma banda”, a galera tudo se conhece aqui no Rio. Aí a gente montou a banda, fez o show aqui no Rio, de bobeira assim, e foi maneirasso.

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E obviamente, não só a galera começou a pedir na internet pra ter esses shows em outros lugares, como a gente também achou maneiro aquela noite de celebrar – entrou a galera do Dibob, entrou o Caio, entrou muita gente no palco, o moleque do Asterisco Zero. E ai a gente ficou com vontade de repetir essa parada, ai fizemos o Hangar, que foi maneiro pra caramba obviamente, fizemos Natal e fizemos Belo Horizonte. E foi maneiro pra caralho em todos os lugares. Ai a galera ta fazendo alguns shows mas meio que sem muita pretensão, e a gente acha que vai até o meio do ano, porque depois do meio do ano já tem outros projetos de outras pessoas querendo entrar, e a gente vai parar. Então esse projeto é meio celebrativo, a gente se reúne, faz alguns shows e para, aí a galera vai fazer outra parada. Acredito que assim, não ha motivos pra daqui um/dois anos a galera falar: “pô, vamo fazer mais uns 5/6 shows?”, e ai faz mais dez. Mas é um projeto nessa pegada, tá irado, maneirsasso.

Logo de cara, como foi a reação do público, e como estão sendo os shows que vocês estão fazendo?!

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Então, foram 4 shows que eu falei né? Rio, Natal, Belo Horizonte e São Paulo – é, foram 4 shows. A galera que vai já sabe que vai chegar pra ouvir aquelas músicas, então em todos os lugares foi muito maneiro, é interessante ver das bandas – até agora a gente realmente só toca música das bandas do Rio, o que é uma pena porque da vontade de tocar um Strike, da vontade de tocar um Fresno, da vontade de tocar umas paradas que não são do Rio também, lá das antigas. Mas até o projeto é o Riocore All Stars, a gente pegou as bandas do Rio.

Ai por exemplo, em Belo Horizonte, a galera pirou nas músicas do Ramirez – não só nas do Ramires mas porra, as do Ramirez, “Matriz” que é mó musicão… E a galera vai se emocionando! Asterisco Zero, que é uma banda aqui do Rio, é muito maneiro porque a gente fica falando “pô, sera que a galera vai conhecer?”, e até agora nos 4 shows nego subiu no palco pra cantar, sacou? A galera já vai sabendo que vai pegar umas músicas das antigas dessas bandas que fizeram parte daquele cenário lá de atras. Então a reação vem sendo muito maneira, bem maneira.

Como é pra você tocar músicas de bandas que vocês são amigos?! Que antes você acompanhava no canto do palco o show, esperando pra entrar com o Scracho, mas que hoje você está tocando as músicas deles.

É muito natural, além de ser um privilégio, que a gente aprendeu a admirar todas as bandas aqui do Rio, e da cena na verdade, a gente admira muito essas bandas. Eu admiro muito Forfun, muito Dibob, muito Ramirez e todas as bandas que eu citei antes. E ao mesmo tempo que é um prazer – pô, é um prazer ta ali acompanhando o Rodrigo nas músicas do Forfun, igualmente o Faucom nas músicas do Dibob, o Thiago e tal – além de ser um prazer também é um pouco natural, porque durante todos esses anos o Dedeco já fez show no lugar do Gabriel, o Gesta já tocou na banda de não sei quem, a Dedé já tocou no Dibob. As coisas já eram meio assim, eu invadia o palco dos shows do Forfun todo dia, todo show que a gente… Enfim, tem “Lado Bê“, que é uma música do Scracho que deixa isso bem claro. Então é isso, é um prazer e é natural também, é um prazer natural.

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No setlist tem algumas músicas que não são tanto do Scracho, quanto do Forfun, Ramirez e Dibob. Mas também do Emoponto, Asterisco Zero e Darvin. Vocês chegaram a cogitar regravar algumas dessas faixas das três bandas para promover o projeto?!

Na verdade não. Regravar, chegar la e tocar, fazer um cover daquilo acho que não tem muito sentido. De repente se fosse pra fazer uma coisa nesse sentido seria talvez um registro visual, porque tocar música pela música – eu até já brinquei, fazer tipo um RioCore Dub Allstars, que seria regravar essa músicas naquela pegada daquela da banda da Jamaica sabe? Easy Dub Allstars [Easy Star All Stars], que pegam CDs históricos… Tem uns CDs muito bons do Pink Floyd, do Beatles, do Michael Jackson, que valem a pena ouvir essas caras tocando. Eles fazem uma versão Dub, bem dubzão mesmo de clássicos. Fazer algo nessa onda, porque tocar a música como a gente ta tocando, a gente só ta tocando pior do que as bandas já tocavam, pior do que eu digo, você entende o que eu to querendo dizer, diferente.

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Mas então, a diferença ta mais nos shows, então eu acho que regravar do nosso jeito pra ficar igual ou um pouquinho diferente do que as bandas já fizeram eu acho que não. O que a gente tem vontade é de ir mudando o setlist, a gente tem várias outras músicas de outras bandas que a gente já quer tocar no show, trocar daqui a pouco. Provavelmente na segunda temporada desse projeto a gente vai ter que mudar todo o setlist, e é gostoso porque tem música pra caramba, banda pra caramba também, tem Hill Valleys, a gente já pensou em tocar e não tocamos ainda… Carbona a gente já pensou em tocar e não tocou… Tem algumas coisas ainda. Tem o Catch Side, pô, tem muita coisa. Se para pra pensar, tem muita parada pra tocar.

E será que a gente pode esperar então um registro visual disso? Vocês têm planejado algo assim?

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Eu acho que agora só… Tipo no Hangar uma galera filmou e colocou no YouTube, e tá la, toscão, mas daquele jeito de… imagem do Hangar mas tá o show inteiro, da pra sacar a onda. Eu não garanto nada o que vai sair da minha guitarra ali mas… É maneiro, os shows tem sido bem legais só que um registro visual profi agora, eu acho que nego não ta nessa pegada ainda, e não sei qual vai ser. Mas acho que esses vídeos de YouTube por enquanto tão dando uma noção e tal, mas assim, vamo ver né? Esse projeto tem tudo pra ser um projeto meio… Aqueles projetos paralelos sem pretensão da galera. E se ele caminhar assim, tem tudo pra ter mais show pra daqui um ano, mais show pra daqui não sei o que, mas a gente vai vendo. Acho que agora… Bom, eu não to pensando muito nisso não. Se tiver também, nego quiser fazer, eu to dentro sacou?

E você tem algum projeto novo em mente, com músicas autorais?!

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No momento eu não to planejando nada não. Eu to curtindo as férias que o Scracho me deu um pouco mas… nem to curtindo né? Quer dizer, eu continuei fazendo shows e tal. Vou dar uma parada. Eu tenho músicas, pedaços de músicas, coisas assim, em algum momento, alguma hora, bater a vontade de expressar eu vou fazer. Mas por enquanto eu to sem pensar muito nisso, respeitando esse momento pós-Scracho. O Scracho sim é a minha banda sacou? O RioCore é uma parada que a gente ta fazendo de bobeira, e depois disso se eu quiser me expressar solo eu vou me expressar solo, se eu quiser montar uma banda pra me expressar eu vou fazer. O que eu garanto é que não vou parar de fazer música nunca, então por enquanto to tocando uns covers, e mais pra frente a gente vê o que eu vou fazer, e o futuro a Deus pertence.

Tá só curtindo o agora né?

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É isso, é exatamente. Não to pensando muito nisso no momento não, mas em algum momento vai vir alguma coisa com certeza.

Pra finalizar: Vocês já fizeram algumas apresentações, inclusive passaram por aqui por São Paulo e fizeram um show bem agitado, e agora vão seguir para Fortaleza, Maceió e Recife. Quer deixar um recado pra galera que já foi ao show de vocês, e também pra aqueles que ainda acompanharão vocês?!

Pra galera  que foi nos shows que a gente fez eu agradeço, foi maneiro pra caralho – eu tenho certeza que todo mundo achou isso. Obrigado por terem ido aos shows e participado dessas quatro festas com a gente. E a galera que não foi perdeu. E a galera do Nordeste, que é Recife, Maceió e Fortaleza, chega junto, dá uma alongada antes que tem energia pra caralho, o show é 1 2 3 4 o show inteiro sacou? E cola lá, esses três shows no Nordeste, cola junto. E vão ter mais shows ai, a gente vai se pronunciar em algum momento oficialmente, apesar de que esses pronunciamentos oficiais são coisas que não tão… Enfim, em algum momento a gente vai falar pra galera: “vai até julho, até agosto”, mas também não significa que em dezembro nego não vai falar “vamo fazer um show”. Então a gente ta deixando rolar, mas é um projeto bem despretensioso.

Então tem esses três shows no Nordeste, a gente já ta com mais uma data pra fazer no Rio – que a gente não divulgou ainda. Ai a gente ta afim de ir em alguns lugares que a galera ta querendo, que é Porto Alegre, Curitiba acabou não rolando mas a gente quer que role. Tem algumas paradas assim pra rolar, passar em alguns lugares, ai a gente para um pouquinho, daqui a pouco volta, sei lá, parada de bobeira. Mas colem nos shows no nordeste, e fiquem de olho que quando a gente pintar ai na cidade por agora, vai ser maneiro pra caramba. E é isso!

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