Entrevista: Lucy Rose fala sobre indústria musical, novo álbum e Brasil

Lucy Rose
Foto: Reprodução/Facebook

A cantora Lucy Rose passou por momentos inesquecíveis no Brasil: sua primeira passagem pelo país no ano passado contou com a ajuda dos fãs para agendarem o local da apresentação e ceder um sofá para que ela pudesse dormir.

Agora, ela volta com a “Cinema Tour” para um show único em São Paulo, marcado para 9 de maio, com direito a apresentação de seu novo documentário. Lucy também se prepara para o lançamento do terceiro álbum, “Something’s Changing”, no dia 14 de julho e contou para a Nação da Música suas expectativas e sua admiração pelos fãs brasileiros.

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Entrevista feita por Maria Victoria Pera Mazza

————————————————————————————————————— Leia a íntegra

Você está de volta ao Brasil! Animada para se apresentar? O que os fãs podem esperar deste show?
Lucy Rose: Sim, estou muito animada! Os brasileiros sempre comentam em qualquer coisa que eu posto “por favor, venha para o Brasil”, então é bom estar de volta. O show será bastante animado, estaremos apresentando o documentário e espero que seja divertido para todos.

Na primeira vez em que você esteve em nosso país, teve uma grande ajuda dos fãs. Essa experiência mudou sua relação com eles e até mesmo com a música?
Lucy Rose: Sim, definitivamente mudou muito minha perspectiva e me fez perceber que não existem pessoas melhores para estarem em meu show do que os meus fãs, porque eles se importam muito. São pessoas que querem cuidar de você, principalmente quando está morando com eles Tivemos uma experiência incrível porque eles fizeram de tudo para que a gente se divertisse. Nos levaram para conhecer lugares legais e pontos das cidades. Acredito que isso mudou a nossa relação para amigos, não são apenas fãs. E é ótimo saber que tenho pessoas em outra parte do mundo que fariam essas coisas por mim.

Você tocou em uma lavanderia e isso é bastante inusitado. Já se apresentou em outros lugares diferentes assim?
Lucy Rose: Acho que essa foi a coisa mais inusitada que eu já fiz. Foi uma experiência que eu nunca vou esquecer. Como eu cheguei a comentar no documentário, não sabia que eu tinha tantos fãs assim no Brasil. Falei que ia tocar naquele local e, de repente, várias pessoas estavam lá cantando a minha música, então, com certeza foi a experiência mais inesquecível de minha vida. Tudo foi uma loucura, mas acredito que ir para qualquer lugar fora do Reino Unido, tão longe de casa, e ver as pessoas cantando as minhas músicas é algo louco e incrível.

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Seu novo álbum, “Something’s Changing” será lançado em breve. O que ele tem de diferente e especial pra você dos outros dois discos?
Lucy Rose: Acredito que este álbum me represente muito mais. E não apenas quem eu sou hoje, mas olhando para trás também. Ele é o que mais tem comprometimento com quem eu sempre fui enquanto artista. Acho que nunca admiti que eu tinha um lado mais country, eu tinha vergonha de assumir isso. Ser indie ou pop é mais aceitável do que ser country. Então, ele é diferente porque representa quem eu sou e que faz com que eu me sinta mais confortável dentro de minha própria pele.

Por falar em música, é você quem compõe grande parte de tudo o que vai para os seus discos. Como funciona o seu processo criativo? E o que faz quando possui algum bloqueio na hora de compor?
Lucy Rose: Quando eu tenho algum bloqueio, simplesmente não tento fazer nada (risos). Tento não forçar a escrever. Isso é algo que, na minha opinião, tem que ser natural. Em relação ao processo em si, sinto dificuldade em apontar o que realmente me inspira. São diversos fatos que acabam contribuindo para aquela música. Recentemente, minhas viagens têm me inspirado, assim como as pessoas que fazem coisas maravilhosas com suas vidas ou passam por momentos difíceis e continuam tentando.

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E como é ser uma mulher na indústria da música?
Lucy Rose: É bom, mas bem difícil em alguns momentos. Às vezes acredito que se eu fosse um homem, talvez eu fosse mais respeitada. Tem dias que eu penso em fazer algo ou dou algum palpite musical para um homem, eles não gostam. É algo como “uma garota querendo dizer o que eles devem fazer”. Tem suas dificuldades, mas acredito que as coisas estão melhorando e as pessoas estão prestando mais atenção nisso. Acredito que, quanto mais eu me defender, dar minha opinião e apontar quando algo não está certo, as coisas vão ficando melhores.

Poderia deixar um recado para os seus fãs que acompanham a Nação da Música?
Lucy Rose: Claro! Vocês são absolutamente maravilhosos e eu nunca vou conseguir ter agradecimentos o suficiente para todos por me apoiarem, por ouvirem a minha música e fazerem o meu sonho de viajar por todo o mundo se tornar realidade.

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Maria Mazza
Maria Mazza
Formada em jornalismo, considera a música uma de suas melhores amigas e poderia facilmente viver em todos os festivais. Bandas preferidas? McFLY e Queens of the Stone Age.