Entrevistamos Mariana Volker sobre Festival FARO e disco “Órbita”

mariana volker
Foto: Julia Assis

Nesta sexta-feira (18), a cantora Mariana Volker se apresenta no último dia do Festival FARO, que está em sua sétima edição e reuniu nomes como Anderson Primo, Caio Prado, Caru, entre outros.

A Nação da Música conversou com Mariana Volker sobre o que podemos esperar da performance no evento, o disco “Órbita” e também sobre os videoclipes da carreira. A performance da Mariana no Festival Faro 2020 acontece a partir das 20 horas no canal do Papo de Música.

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Entrevista por Marina Moia

————————————– Leia a íntegra:
Oi, Mariana! Obrigada por falar com a Nação da Música! Primeiro de tudo, vamos falar sobre o Festival FARO. Sua participação está chegando e gostaria de saber como você se sente ao participar de um evento desses? E o que os fãs podem esperar da sua apresentação?
Mariana: Estou muito feliz de participar do Festival FARO 2020. Fiquei muito feliz de ter sido escolhida pela votação popular para participar. Foram dias insanos, mas que valeram muito a pena e to muito animada porque afinal de contas, a gente tá passando por uma pandemia onde estamos só nas lives e está será a primeira vez depois de tanto tempo que eu vou tocar com mais alguém, em um estúdio – claro, com toda segurança. Mas eu estou muito feliz de poder levar as músicas e o disco que eu lancei no começo do ano, o “Órbita”, e também música nova, a “Devagarinho” com os Gilsons, então enfim acho que será bem legal!

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Recentemente, você lançou “Devagarinho” em parceria com Gilsons e eles até apresentaram a faixa no Coala Festival, com Gilberto Gil. Como foi fazer essa colaboração com eles? E também, como foi assistir ao grande Gilberto Gil cantando a sua composição?
Mariana: “Devagarinho” foi um presente este ano, esta parceria maravilhosa que rolou com os Gilsons, que deu muita liga e foi muito gostoso de poder fazer essa música, ver ela nascer e gravar, fazer clipe, mesmo em quarentena que faz tudo parecer estar a flor da pele, então foi uma parceria que deu muito certo eu estou muito feliz com este lançamento. Vem um clipe novo em breve e foi lindo ver os meninos no Coala, tocando com Gilberto Gil, fiquei muito emocionada de ver o Gil cantando a minha música, a minha família ficou muito emocionada, foram várias ligações, todo mundo muito feliz. Eu, inclusive, escrevi para os meninos que me senti presenteada com esse momento, não só por mim, a minha emoção de ver aquilo, mas também de ver a comoção que foi para a minha família, então foi um presente muito grande, foi demais, fiquei bem paralisada e até gravei para registrar esse momento pra sempre (risos).

O seu primeiro disco solo, “Órbita” foi lançado oficialmente no final do ano passado. Pode nos contar sobre o processo criativo do álbum?
Mariana: Então, “Órbita” foi lançado em novembro de 2019 mas a gente só conseguiu fazer os show de lançamento em janeiro deste ano e íamos começar a circular com esses shows, mas por conta da pandemia os planos tiveram que mudar um pouco. Mas ele é um disco muito importante na minha vida, não apenas na minha carreira, porque ele fala de um momento muito louco da minha vida, e muito difícil, em que eu tive que pegar a minha vida que virou um quadro em branco e pintar tudo de novo. Eu não sabia onde eu estava, para onde ia, inclusive, “Labirinto” abre o disco com esta frase “Não sei mais onde estou, de onde eu vim, pra onde eu vou, não sei como fugir do labirinto que eu sou”, que simboliza muito o momento em que eu estava.

Então, o “Órbita” fala sobre estar perdido mas ele também fala sobre se encontrar, sobre assumir as suas dores, então o processo criativo dele na verdade foi o que eu vivi ali e aí resultou nesse disco, não rolou o momento em que eu parei e disse “agora vou fazer um disco, sobre isso”, quando eu vi eu tinha um disco na mão. Isso pra mim foi diferente do que às vezes a gente faz, a vida me deu um disco por conta do furacão que eu passei, por isso ele é tão importante, ele mostra tanta a minha vulnerabilidade ali crua e muito intimista, como é o caso de “Montes Claros” e “Cheia de Dobras”, mas ele também mostra o meu lado muito visceral e intenso, como “Calcula-me” e “Um Grito”.

É um disco que mostra esses dois polos da minha personalidade, que tiveram ali muito à flor da pele neste momento em que eu passei, acho que o disco conta bem essa história. E também lançamos alguns clipes de singles como “Mais Amor” e “Montes Claros”, é um disco que ainda vai reverberar bastante na minha vida.

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Todos os seus videoclipes são bem marcantes e muito bonitos, com estética distinta. Como você decide como cada vídeo vai ser? Já tem uma ideia enquanto prepara a canção ou isso vem só bem depois?
Mariana: Primeiramente, muito obrigada pelos elogios aos clipes! Então, o processo de decisão dos clipes varia muito, não tem um caminho que a gente percorra sempre da mesma forma. “Gigantesca” quando eu fiz a música eu tinha muita vontade de ter crianças no clipe, desde o começo foi a ideia inicial, até por isso que chamei a Letícia Pires para dirigir, que é uma grande amiga e uma diretora hiper talentosa e eu sabia que ela dirigia criança como ninguém, então foi a pessoa que eu quis conversar na hora e ela super comprou barulho. Ela então acabou fazendo mais dois clipes também: “Mais Amor”, que a gente foi muito pela pegada da própria música e de tudo que já vínhamos construindo nos nossos shows, porque é ela quem também dirige os meus shows, e foi uma construção ali à quatro mãos. A gente pensou em muitas coisas, trouxemos pessoas bacanas para também compartilhar ideias, como o Tepe (Rafael Tepedino) que foi o diretor de arte, Andressa Pontes que fez a beleza, o Malcolm Freitas que também fez a direção de corpo e de movimento.

E, por exemplo, “Montes Claros” a gente tinha uma ideia inicial e depois a Letícia veio com essa ideia super bacana da câmera ali, direta na cara. Então é isso, às vezes quando a gente faz uma música ela mesmo já te dá uma ideia, que podem ou não funcionar, por isso sempre acho válido você dividir as ideias que você tem de um clipe com alguém de sua confiança, algum diretor, alguma pessoa da criação que tenha esse olhar também até pra trazer novas ideia ou para opinar se aquilo pode funcionar ou não, enfim, às vezes a gente pira um pouco com coisas que não vão dar certo ou ideia absurdamente caras que sendo um artista independente às vezes a gente precisa resolver as coisas de uma forma mais prática e às vezes com pouquíssimos orçamento e recursos. Mas é bem divertido fazer clipe!

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O que podemos esperar de Mariana Volker nos próximos meses? Lançamentos? Lives?
Mariana: Para os próximos meses, temos novidades! Vai vir um lançamento aí em novembro, ainda não posso falar do que, mas é uma coisa super legal. Também estou correndo atrás para regravar uma canção de uma artista fenomenal, também não vou dizer qual é a música, mas estou correndo atrás para fazer essa releitura! E, para o ano que vem, já estou com algumas coisas em pensamento, já planejando aqui para poder levar mais músicas, fazer mais coisas legais, mais clipes e artes botar a mão na massa porque é disso que eu gosto.

Independente do que for acontecer, em termos de casas de show se vão ou não abrir, mesmo assim a gente tem que continuar fazendo arte, se o formato foi virtual, que seja, se for presencial com menos pessoas, que também seja, o importante é a gente estar fazendo, produzindo, acho que isso é muito saudável para a nossa cabeça, esta pandemia está muito difícil.

E também estou pensando sim em uma live minha, um pouquinho mais elaborada, com uma estrutura melhor, com convidados, tenho muita essa vontade de fazer aqui no meu jardim, recebendo as pessoas, com toda segurança possível! Seria lindo!

Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Mariana: E o meu recado para os leitores da Nação da Música é: escutem bastante música, consumam bastante arte, leem livros, troquem ideias mesmo distante, porque só a arte que dá sentido pra vida. Convido também todo mundo a ouvir o meu disco “Órbita” que está disponível em todas as plataformas digitais, a ver meus clipes que estão todos no Youtube, a escutar “Devagarinho” este último lançamento delicioso em parceria com os Gilsons e também a me acompanharem aí nas redes (@marianavolker) que em breve vem muita coisa bacana! E hoje, sexta-feira (18), tem show no Festival FARO 2020, acompanhe lá no canal Papo de Música, a partir das 20h.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.