Entrevistamos Silva sobre disco “Cinco”, colaborações e mais

Silva
Foto: Reprodução / Capa

O cantor Silva divulgou em dezembro do ano passado o disco “Cinco”, que conta com participações de Anitta, Criolo e João Donato. Recentemente, em maio, ele realizou uma apresentação virtual do trabalho em Espírito Santo.

A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com Silva sobre a criação e produção de “Cinco”, as colaborações de peso do trabalho e também sobre o que vem por aí na carreira dele.

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Entrevista por Marina Moia.

—————————————– Leia a íntegra:
Em dezembro, você lançou o álbum “Cinco”, que foi mixado de maneira 100% analógica e com várias participações especiais. Como foi o processo de criação e produção desse projeto e como o status atual do mundo influenciou na sua criatividade?
Silva: Eu sempre quis fazer desta forma. Tinha esse som na cabeça desde que eu comecei a ser artista. Gosto muito deste tipo de música porque acredito que elas envelhecem bem, sabe? Vai mais perto do clássico. Comecei o álbum no comecinho da pandemia. Já tinha músicas compostas, mas comecei a produzir quando já estava rolando. Nunca gastei tanto tempo em um disco, ao todo foram 580 horas no estúdio, algo que provavelmente não seria possível em ‘tempos normais’, já que teria outros compromissos. Acho que consegui chegar nas intenções que queria pra esse momento. Confesso que é estranho não ter uma audição ou festa com as pessoas para lançar o álbum, mas não vejo a hora de ser seguro para apresentar ele ao vivo viajando o Brasil.

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Anitta, Criolo e João Donato foram seus convidados da vez neste projeto. Como foi trabalhar com cada um deles nas faixas?
Silva: Acho que as participações abrem as caixinhas de possibilidades dos discos, para flertar com outros públicos e estilos. Criolo já tinha encontrado algumas vezes. O último réveillon, passamos na mesma festa, em Salvador, e foi quando conseguimos conversar e acabei falando pra fazermos algo juntos. Quando surgiu “Soprou”, não pensei em outra pessoa, ele adorou música e ainda compôs aquela segunda parte. Com a Anitta fiquei um pouco receoso, porque nosso primeiro feat era relativamente recente, mas quando mandei ela adorou e me devolveu a voz em 5 dias. Adoro a Anitta por isso, ela é dedicada e muito profissional. Ter Donato no disco é um presente. Ele é um dos maiores artistas do mundo. Eu o chamei, porque sou muito fã e ele mudou a música toda. Era um samba mais aceleradinho, ele fez a música virar uma bossa linda. E fez os arranjos. Sempre digo que é muito chique ter o Donato no disco.

O disco rendeu também uma apresentação virtual ao vivo em maio, em Espírito Santo! Como foi o processo de performar essas músicas ao vivo, principalmente por conta do momento em que estamos vivendo, sem a possibilidade de fazer shows com público?
Silva: Foi legal porque estava com um time dos sonhos nessa live. Grande parte dos músicos foram os que gravaram o “Cinco” comigo em estúdio. Criamos uma intimidade musical muito interessante. Mas nunca vou me acostumar a tocar sem ter o calor do público ali. Só vou estar realizado mesmo quando tudo isso passar e for seguro apresentar esse disco para as pessoas presencialmente.

Durante esse período de reclusão e pandemia, o que você mais tem ouvido de bandas e artistas? Tem ouvido coisas mais antigas e que já ouvia muito antes ou descoberto sons novos?
Silva: Continuo misturando os momentos. Pesquisando muita coisa, principalmente brasileira, de outros tempos e sempre procurando coisas novas que batam. Ano passado achei o disco “Ninguém Vai Me Segurar” da Ana Mazzotti que foi relançado pela “Far Out Recordings” e fiquei ouvindo em loop. Outro mais recente que estou ouvindo muito é o álbum “Marshmallow” do The Sweet Enoughs, tô viciado nesse. Tento sempre continuar bem aberto pra tudo que chega pra mim.

Quais são os próximos planos da carreira? Tem chances de lançar mais projetos inéditos agora no segundo semestre? Mais lives? O que os fãs podem esperar?
Silva: Quero muito poder fazer uma turnê do “Cinco”, mas claro que quando isso for seguro. E estou com outros planos em mente ainda pra esse ano, mas sou come quieto rs. Espere e verás rs.

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Gostaria de mandar um recado aos leitores da Nação da Música?
Silva: Se cuidem muito e cuidem de quem vocês amam. Que a vacina e o impeachment cheguem logo e a gente possa voltar a se encontrar por aí.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.