A Carol Biazin lançou seu novo single “Garota Infernal” no dia 27 de janeiro, com um clipe que explora seu lado mais sensual. A música foi o primeiro lançamento após o seu último álbum “Beijo de Judas”, que contou com participações especiais de Luísa Sonza, Gloria Groove e Dilsinho.
A Nação da Música conversou com a jovem cantora sobre a música, o videoclipe e como foi a experiência de gravar seu primeiro DVD ao vivo com uma equipe composta toda por mulheres.
Entrevista por Mariana Rossi.
————————————— Leia a íntegra:
Oi Carol, obrigada por falar com o Nação da Música! Queria conversar um pouco sobre a sua música nova “Garota Infernal” que está fazendo muito sucesso. O clipe já está com quase 1 milhão de visualizações, não? Essa semana chega!
Carol Biazin: Tá quase, falta um pouquinho. Queria que chegasse hoje ainda, vou falar para a galera fazer o rolê e chegar hoje!
A música apresenta algumas sonoridades diferentes e extensões da sua voz. Como surgiu a ideia de explorar coisas diferentes, você já tinha essa vontade antes?
Carol Biazin: Sim, eu estava ouvindo muito Doja Cat e Nathy Peluso, que é uma cantora argentina. Elas usam muito o trap nas melodias, além da produção. Eu tirei muita inspiração dessas duas artistas, estava viciada e sempre acabamos sendo influenciados de alguma forma. Tive a ideia de fazer “Garota Infernal” com essas métricas nem tanto cantadas, mas ao mesmo tempo misturando o que eu já tinha costume de fazer, que é colocar bastante melodia e camadas de voz. Também tentei trazer um pouco mais de marra na letra, pegando como inspiração Doja Cat, marrentíssima nas letras dela (risos). Quis trazer isso até porque estou passando por uma fase de estar super confiante comigo mesma, então acabei refletindo muito isso na letra também.
Aproveitando para comentar sobre a letra, ela fala de um relacionamento aberto “E eu não sou de ninguém / Tu não é de ninguém / Beijando a tua boca na boca de outro alguém”. Pode nos contar um pouco mais sobre a história da música? Você escreveu sozinha?
Carol Biazin: Sim, escrevi sozinha, mas não é autobiográfica. Eu recebi um convite para escrever para um reality show de pegação e escrevi “Garota Infernal”. Acabou não dando certo para o programa, mas eu amei a música e falei ‘Cara, eu preciso lançar! A galera que lute para entender’ (risos). Ainda bem que deu certo! Recebi o convite da Amazon Music para patrocinar o clipe e uma coisa casou com a outra. Era a única música que eu tinha basicamente pronta e aí escolhemos ela para lançar!
Que bom que não deu certo o reality então, né? Acho que deu mais certo assim (risos).
Carol Biazin: Que bom (risos)! Nós fizemos um clipe incrível e eu amei muito! A galera está curtindo bastante essa nova era da Carol.
Com esse lançamento, você foi a primeira artista brasileira a ter apoio da Amazon Music, através do projeto Ecoando. Como está sendo esse incentivo para você? Está sentindo que conseguiu alcançar mais pessoas?
Carol Biazin: Com certeza. Principalmente na parte de gravação de clipe, porque me deram total liberdade para criar o que eu quisesse. Não teve intervenção nenhuma deles no sentido criativo. Esse é o objetivo da Amazon, jogar você para o mundo e falar ‘acreditamos em você’. Dá um gás, porque é uma plataforma gigante, então ter eles me apoiando é muito positivo. Só tenho a agradecer, principalmente pela liberdade criativa. E gravar clipe é um perrengue, geralmente tem que cortar verba. Então, ter a galera apoiando nesse sentido com certeza dá um alívio no coração.
O clipe também chegou com tudo e é cheio de sensualidade e beijos. Foi você que teve a ideia do conceito?
Carol Biazin: Foi sim, eu bolei o roteiro principal da menina se intoxicar e de ter esse alter ego meio de demônia e infernal. Assim que eu terminei de escrever a música eu anotei as ideias em um bloco de notas. Peguei cada parte da letra e falei ‘essa parte tem que ser assim, essa assim…’. Depois, tive uma reunião com o diretor e ele, junto com a equipe, disse o que era possível e fizemos juntos.
O vídeo é cheio de beijos e, durante uma entrevista aqui para o Nação da Música, você havia comentado que tinha vergonha de beijar em público. Como foi gravar vários beijos dessa vez?
Carol Biazin: Ainda tenho muita vergonha (risos). Mas foi muito tranquilo, gravação de clipe é muito ‘vai, grava, vai…’. Não dá nem tempo de pensar direito. Principalmente a cena com todos aqueles beijos. Se não me engano, gravamos 3 segundos cada um, é o corte que está lá! Já tinha passado o horário da locação e ainda faltava essa cena. Inventamos a cena na hora e acabou ficando daquele jeito, eu gostei também!
Antes de “Garota Infernal” você teve o último lançamento do álbum “Beijo de Judas” com “Raio-X”. A música tem a participação do Dilsinho, você já escreveu ela pensando em uma parceria?
Carol Biazin: Essa música acabou ficando por último por questões estratégicas, até porque lançamos muitas parcerias dentro do álbum. Quando terminei de escrever já pensei nele. Falei com meu empresário, mas na época não conseguimos contato direto. Depois, eu ainda queria muito lançar um feat, mas a música já estava até subida nas plataformas, só estava escondida. Perguntei se dava para mudar mesmo assim e falaram que era possível. Logo meu empresário me ligou falando que conversou com o empresário do Dilsinho e que ele pirou e queria fazer, mas queria me conhecer antes. Fui pro Rio, nos conhecemos e surgiu o feat! Conseguimos substituir a música nas plataformas e deu super certo, encerramos o álbum com chave de ouro. Era para ser ele mesmo, foi muito boa a sensação de ouvir ele cantando.
Então a versão original nunca vai ser lançada?
Carol Biazin: Não sei, eu posso até liberar, mas eu já fiz muitas apresentações ao vivo e a galera até tem o gostinho de como fica na minha voz. Não sei se faria muito sentido subir isso agora, entendeu?
Você já tem outras parcerias engatadas para logo ou por enquanto apenas desejos?
Carol Biazin: Até tenho algumas parcerias meio engatadas. Duas pessoas eu falo que estão me enrolando muito já (risos), uma delas é o Vitor Kley e a outra é a Priscila Alcântara. Gente, alguém fala para ela me responder no WhatsApp? Nem isso, no Direct, porque ainda não tenho o Whats dela. Na verdade, ela foi cobrada em um podcast e agora eu falo isso toda hora. Ela falou ‘Não, mas tá na mão dela. Ela tem que me mandar um Whats’. E o pessoal me cobra, mas eu já mandei ‘Me passa teu Whats, pelo amor de Deus’ (risos). Nunca mais deu, agora tá assim. Mas acho que esse ano vai rolar!
Você pensa em trabalhar com artistas de outros gêneros? Algo inusitado?
Carol Biazin: Eu sempre gosto de fazer essas coisas, tenho muita vontade de colaborar com alguém do trap, principalmente alguma mulher. Acho que é uma cena que tem muito potencial para ser gigante. Já está sendo muito grande no Rio e São Paulo, mas eu falo principalmente sobre a cena das mulheres no trap. Tem muita gente foda, se deixar eu faço com todo mundo (risos). Eu amo fazer feat, agrega demais e eu acho essa troca mágica.
Em “Beijo de Judas” você acabou lançando algumas faixas secretas para poder trabalhar melhor cada música. Isso vai influenciar de alguma forma seus lançamentos futuros? Tipo lançar mais singles antes de um álbum?
Carol Biazin: Com certeza! Esse ano a ideia é lançar vários singles. Eu não prometi álbum porque sei que se eu prometer, vou ter que cumprir. Até então, não estou com a ideia de fazer um disco, mas, se surgir, vou fazer. Até porque sei como é trabalhoso fazer um álbum e eu já teria que ter começado. Com certeza o formato que usamos vai influenciar nos próximos lançamentos, é muito difícil lançar tudo de uma vez. Esse formato de apagar as faixas deu um respiro, sabe? Talvez eu não teria conseguido lançar nem metade dos singles. Das 10 músicas, acho que só 3 não foram trabalhadas como single, ajudou muito. Com certeza vou repetir a estratégia de apagar faixas, na minha opinião foi incrível. A galera teve tempo de entender o que era.
Acho que valoriza muito porque sempre aparecem muitos fãs que gostam mais daquelas que não foram single.
Carol Biazin: Exatamente! Agora vocês terão que ouvir todas (risos).
No final do ano passado você gravou o seu primeiro DVD ao vivo. Sem dúvidas foi uma noite muito especial e teve participações incríveis. Como foi a experiência para você?
Carol Biazin: Foi o melhor dia da minha vida! Eu estava esperando que a galera estivesse animada, porque era um show que já estávamos esperando há muito tempo. Desde que lançamos “Beijo de Judas” ainda não tínhamos tocado ele ainda, então estávamos com expectativa, mas a galera superou muito. Lembro que falei ‘Gente, não consigo me ouvir, vocês estão cantando muito mais alto que eu. Continuem assim, depois vejo como está a minha voz’. E realmente, não me ouvi nada! A galera cobria o som da bateria, parecia um campo de futebol e lembro que eu não queria sair.
Acho que foram mais de 3h de gravação, porque tivemos que repetir algumas músicas, e quando acabou parecia que foram 30 segundos. Se eu pudesse repetir a noite eu repetia, mas aí não teria o mesmo significado. Amei muito! O DVD está ficando lindo e nosso objetivo é lançar no final de março, vai sair tudo junto para a galera ter a experiência do show.
Essa coisa de ter que repetir música para a gravação, os fãs adoram, né?
Carol Biazin: Nossa, sim! A Luísa (Sonza) participou do DVD e cantou duas músicas comigo. Ela quis cantar “Raio-X” além de “Tentação”. Na hora que a Luísa entrou, juro que fiquei levemente com uma danificação no ouvido, foi muito louco. Eu sentia o chão tremer! A galera surtou muito em “Raio-X”, acho que é uma das minhas partes favoritas e estou louca para ver. Se não me engano, gravamos umas 4 vezes essa e 3 “Tentação”, então ela ficou 7 músicas em cima do palco. A galera odiou (risos) deve ter sido horrível para eles.
A sua equipe de produção foi composta por mulheres e isso é muito legal, é muito bom ver as mulheres sendo valorizadas nessa indústria. Quão importante foi para você realizar isso?
Carol Biazin: Era uma coisa que eu queria há muito tempo, mesmo antes de lançar músicas autorais já queria ter uma banda só de mulheres. Começamos a fazer isso dentro da pandemia quando lançamos “Metade”, uma música do EP “Sem Filtro”. Convidei só mulheres para tocar e produzir, apenas o Marcelinho que mixou. Me deu muita vontade de fazer isso ao vivo, só que na pandemia não tivemos oportunidade de tocar além das lives. Quando surgiu esse primeiro show, já sabíamos que seria uma banda feminina, foram 8 mulheres. A produção foi com a Vivian, que é produtora musical. Quando eu e meu empresário estávamos prospectando esse show, falamos que tínhamos que registrar isso de alguma forma, porque a nossa ideia não era apenas uma banda de mulheres, mas toda a equipe. Já sabíamos que seria gigante, eu nunca tinha visto um evento desse tamanho apenas com mulheres, sempre vejo pouquíssimas e vários homens.
Chamamos a equipe da Malu e ela já conhecia várias que trabalhavam com câmera e tal. Ela montou a equipe dela junto com a Pamela Herrera, que bolou todo o palco. Ela fez já palco para Sandy & Júnior, para você ver como é foda! Eu falei ‘Não sou Sandy & Júnior e não tenho esse dinheiro todo, mas me ajuda, por favor’ (risos). Ficamos extremamente eufóricos no final do show, chorei muito porque eu sei quanto deu trabalho. Mas foi muito leve, principalmente porque eram só mulheres. Minha ideia é levar elas para a estrada. Óbvio que hoje, na realidade das viagens, sabemos que sai caro. Às vezes precisamos pegar gente da própria cidade que tocamos, então nem sempre conseguimos encontrar.
Poxa Carol, adorei conversar com você! Muito obrigada por falar com o Nação da Música, quer deixar um recado para nossos leitores?
Carol Biazin: Obrigada você! Primeiro, muito obrigada pela entrevista, amei muito. Segundo, espero que vocês estejam gostando de “Garota Infernal” a ponto de ouvir e assistir muito o vídeo, isso me ajuda demais. Obrigada a todos que me acompanham, é nóis! Beijo.
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